quinta-feira, 23 de outubro de 2008

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~ Dificil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer.

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WEB NOVELAS!!!
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NOME: “Prazer Proibido”
AUTORA: Carole Mortimer!!

CAPÍTULO III

Chris: Não pode ser! — exclamou Christopher, olhando de novo para ela.
Dulce: Mas sou. — Havia um sorriso amargo nos lábios dela.
Chris: Você, então, é a garota que ficou com ele apenas até o casamento ser consumado? A garota que todos disseram que tinha casado apenas para conseguir o acordo do divórcio?
Os lábios de Dulce não paravam de tremer.
Dulce: Isso mesmo.
Chris: Não acredito! Está apenas inventando tudo isso. Que está procurando fazer? Causar sensação?
Dulce: Estou dizendo a verdade, Christopher!
Chris: Não! Aquela moça não pode ser você! Você não é nada assim.
Ela lhe deu um sorriso.
Dulce: Você é a segunda pessoa que acha que eu não seria capaz de fazer isso. Fico agradecida por isso.
Chris: A segunda pessoa?
Dulce: Anahí também sempre acreditou em mim.
Chris: Então, realmente foi casada com Mike Espinoza?
Dulce: Fui, sim.
Chris: Meu Deus!
Dulce: Agora entende por que não quero que me vejam com você? O que você faz e o que diz é sempre notícia. Se a imprensa nos visse juntos não sossegaria enquanto não sou­besse tudo a meu respeito. Então o caso com Michael ficaria em evidência de novo e eu não iria aguentar tudo outra vez. E também não faria bem nenhum para você.
Chris: Se é a viúva de Mike, por que trabalha?
Dulce: Não esqueça que Mike morreu num acidente de automóvel quatro meses depois do casamento. Não houve tempo para o divórcio nem para ficar com todo aquele dinheiro que a imprensa diz que reclamei. Pelo testamento dele, todo o dinheiro ficou para seus pais. Recebi apenas uma pequena quantia; é o sufi­ciente para viver sem trabalhar, mas não é uma fortuna.
Chris: Ainda não posso acreditar em tudo isso!
Dulce: Não pode acreditar que eu tenha sido casada com Mike ou que tenha feito tudo o que disseram que fiz?
Chris: Em nada disso. Encontrei Michael Espinoza algumas ve­zes; ele era uma criança mimada e tinha todos os vícios. — Continuou com desprezo na voz: — Você não poderia ter se casado com alguém como ele!
Dulce: Mas casei! E paguei por isso um milhão de vezes. — Notou que estavam voltando à cidade. — Onde vamos agora?
Chris: Para meu apartamento — ele disse, firme. — Preci­samos conversar sobre isso e vamos fazê-lo em particular.
Dulce olhou para o relógio e disse:
Dulce: Não posso. Tenho que voltar para a agência. Minha hora de almoço está terminando.
Chris: Diga que ficou doente.
Dulce: O sr. Walters saberia que é mentira.
Chris: Então, perca o emprego. Acabou de me dizer que tem o suficiente para viver sem trabalhar.
Ela respondeu, muito séria:
Dulce: Tenho o dinheiro, mas gosto de trabalhar e de estar com outras pessoas. Compreendo que o que acabei de contar foi um choque para você, mas não gostaria de vê-lo envolvido no meu passado escandaloso. Tentei evitar isso, mas você não aceitou a sugestão. O melhor agora é me deixar no meu trabalho e esquecer que um dia nos conhecemos e que tivemos esta conversa.
Chris: Vamos esquecer coisa nenhuma! — As mãos dele aper­tavam o volante com tanta força que os nós de seus dedos ficaram brancos. — Vamos conversar sobre isso, exatamente como eu disse.
Dulce: Não. — Ela recusou, firme. — Não posso falar sobre isso com ninguém. E você não deve se envolver comigo.
Chris: Eu mesmo decido sobre isso, depois de conversarmos.
Dulce engoliu em seco e falou:
Dulce: Tem muita força em suas decisões, Christopher, mas nada pode mudar o meu passado.
Chris: Decidirei sobre o seu passado depois que souber mais a respeito dele. E se não vai falar sobre isso agora, falaremos hoje à noite, no jantar.
Dulce: Já lhe disse. Não é bom que o vejam comigo, Christopher.
Chris: Se a faz mais feliz não ser vista comigo, jantaremos em meu apartamento — Christopher disse, determinado a fazer como queria.
Não era nada disso que Dulce queria e começou a tremer.
Chris: Não se preocupe, minha querida e fria Dulce. Meu empregado estará lá para nos fazer companhia.
Dulce: Conversar sobre o assunto não vai adiantar nada — Dulce tentou explicar.
Chris: Talvez assim eu possa compreender melhor.
Dulce: A mãe de Michael me chamou de caça-dotes, é isso o que quer tentar compreender?
Chris: Gostaria de saber mais detalhes sobre o assunto. Só isso. Você vem, hoje à noite, Dulce?
Dulce: Posso conversar sobre o caso, mas prometa que depois não vai mais pensar sobre tudo isso, vai tentar esquecer que me conheceu. Está bem?
Chris: Não vou prometer nada. Vamos apenas conversar.
Dulce: Muito bem, Christopher. Vou jantar com você e então fala­remos sobre o caso todo.
Naquele momento chegaram à agência de turismo e Dulce se despediu.
Dulce: Até mais tarde, Christopher.
Chris: Passo às oito horas para pegá-la.
Dulce: Estarei pronta.
Dulce desceu do carro e entrou na agência. Como havia imaginado, as meninas estavam todas alvoroçadas para sa­ber se ela tinha mesmo saído com Christopher Uckermann. Dulce negou, não querendo que ninguém soubesse da verdade. Sabia como as notícias corriam velozes, ainda mais quando estavam relacionadas com pessoas importantes como Christopher Uckermann
Katy: Realmente parecia ser ele — disse Katy, não muito convencida do contrário.
Sue: Acho que não era — disse Sue. — Christopher Uckermann parece ser mais moço.
Sally: Não vem ao caso se é parecido ou não; o fato é que você nunca nos contou que tinha um namorado tão bonito! — Com essa frase, Sally pôs um fim à discussão. — Há muito tempo são namorados, Dulce?
Dulce: Não. Na verdade só saímos duas ou três vezes. Mas vou vê-lo de novo, hoje à noite.
Sally: Você é uma moça de sorte! — comentou Sally. Mas Dulce não achava que tinha tanta sorte assim; na ver­dade, já estava quase arrependida de ter concordado em ir.
Terminado o dia de trabalho, Dulce foi para casa e encontrou Anahí, que ficou surpresa ao saber que ela ia jantar com Christopher.
Dulce: O pior de tudo — disse Dulce — é que ele quer que eu conte todo o caso de Michael e não sei se vou conseguir falar a respeito.
Anahí: Você ainda não se sente à vontade para conversar sobre seu casamento, Dulce? Afinal, já faz tanto tempo!
Dulce: Acho que nunca vou me sentir bem.
A pessoa que mais sabia sobre o casamento frustrado de Dulce era Anahí. Mas mesmo ela não sabia de tudo. Nunca Dulce se abrira tanto, a ponto de contar todos os detalhes.
Anahí: Pretende contar tudo a Christopher? — Anahí perguntou.
Dulce: Nunca consigo me controlar quando estou com ele e acabo falando até o que não quero. Mas não consigo falar com ninguém a respeito de Michael.
Anahí: Já falou bastante com ele e isso é um grande passo Talvez agora consiga pôr tudo para fora.
Dulce: O problema é que Christopher é muito conhecido e pertence ao mundo do teatro e do cinema. Está muito em evidência e eu não aguentaria ter repórteres de novo atrás de mim.
Anahí: Vale a pena qualquer sacrifício só para estar com ele, Dulce. — Anahí parecia muito sincera ao dizer isso.
Dulce: Não sei, não. Ele é muito dominador.
Anahí: Talvez por isso mesmo ele seja o homem que você precisa.
Dulce: Não preciso de homem nenhum. Principalmente dele. Anahí, ele parece ser o mesmo tipo de homem que Michael era!
Anahí: Você deve estar brincando, Dulce! São completamente diferentes. Christopher é um homem maduro, que sabe o que quer. Michael era um meninão mimado que a toda hora procurava socorro com a mãe.
Dulce: Engraçado, Christopher falou quase a mesma coisa que você a respeito de Michael.
Anahí: Por quê? Christopher o conheceu? — Anahí estava surpresa.
Dulce: Esteve algumas vezes com ele. — Dulce fez uma pausa, suspirou e continuou: — Fiquei tão cega pelo charme de Michael que acabei arruinando a minha vida.
Anahí: Isso não significa que não possa refazê-la com alguém que a faça feliz.
Dulce: Alguém como Christopher?
Anahí: Por que não?
Dulce: Porque tenho certeza de que Christopher não é a pessoa certa. Aliás, Anahí, por favor, quando ele chegar diga que mudei de idéia e que não vou mais jantar com ele.
Anahí: E acha que ele vai aceitar essa decisão?
Dulce: Então... então diga qualquer coisa; que fiquei doente. Que saí, o que quiser, mas por favor dê um jeito de ele ir embora. — Dulce parecia desesperada.
Anahí: Acho que não vai adiantar nada. Mesmo que eu dissesse que você tinha mudado de país, ele era bem capaz de ir correndo atrás.
Dulce: Anahí por favor dê um jeito; acho que vou me trancar no quarto.
Anahí: Vou fazer o possível, mas não me culpe se ele arrombar a porta do quarto.
Dulce ficou assustada ao pensar em tal possibilidade. Mas ele não chegaria a tal extremo! Quando Christopher queria uma coisa geralmente a conseguia. Mas daí até arrombar uma porta... era bem diferente!

Pouco antes das oito horas Dulce subiu e trancou-se no quarto; às oito em ponto ouviu a campainha e em seguida o som de conversa. De repente, tudo ficou em silêncio de novo. Christopher devia ter ido embora.
— Dulce?
Levou um susto ao ouvir a voz dele do outro lado da porta. Notou que ele forçava o trinco, para ver se abria.
Chris: Dulce, sei que está aí. Saia, para podermos conversar.
Ela ficou quieta, achando que, se não respondesse, pro­vavelmente ele iria embora.
Chris: Dulce, se não abrir vou arrombar a porta — ele disse, em tom ameaçador.
Dulce ficou tão assustada que não sabia o que fazer.
Chris: Abra, Dulce, ou não tem coragem de me enfrentar?
Resolveu mostrar que tinha coragem de sobra. Devagarinho abriu a porta e olhou firme para ele. Como Christopher estava atraen­te, de camisa branca, calça preta e um lindo casaco branco também! Era difícil resistir a um homem tão atraente! Calmamente ela saiu e se dirigiu para a sala; Christopher seguiu-a.
Chris: Anahí, gostaria de falar com Dulce a sós; você nos dá licença? — Christopher perguntou, muito delicado.
Anahí: Claro, e veja se consegue pôr um pouco de juízo na cabeça de minha prima. Ela é muito teimosa.
Dulce sentou no sofá e Christopher veio para o lado dela.
Chris: Agora me diga o que aconteceu e por que resolveu mudar de idéia sobre o nosso jantar.

CONTINUA...

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NOME: “Reino dos Sonhos”
AUTORA: Judith McNaght!!

CAPÍTULO 13

Christopher se achava de pé diante da janela do dormitório pequeno, mas bem ventilado que tinha sido sua cela desde que fora conduzido, duas semanas antes, à Torre de Londres, a residência do Henrique. Com expressão impassível contemplava os telhados de Londres, com as pernas separadas e firmemente assentadas no chão. Mantinha as mãos nas costas, mas agora não estavam amarradas, e não estiveram mais desde aquele primeiro dia em que sua fúria contra Dulce Merrick, e contra sua própria ingenuidade, privaram-no temporalmente da capacidade de reação. Se permitiu que o imobilizassem foi parte para evitar que seus homens perdessem a vida lutando por ele, e em parte porque nesse momento nada mais lhe importava.
Naquela mesma noite, entretanto, sua fúria tinha aparecido, dando um passo para uma perigosa serenidade. Quando Christopher terminou de jantar Graverley ordenou que voltassem a lhe amarrar os braços, encontrou-se repentinamente no chão, com a tira de couro ao redor do pescoço e o rosto do prisioneiro a poucos centímetros do dele.
Chris: Se tentarem me amarar de novo - sussurrou Christopher com fúria contida, - cortarei-lhe o pescoço logo depois de terminar de falar com o rei Henrique.
Temeroso e surpreso ao mesmo tempo, Graverley falou:
Graverley: Depois que terminem de falar com o rei... estará a caminho da masmorra.
Sem pensar duas vezes, Christopher esticou a mão e o sutil giro de seu braço cortou o ar do seu adversário. Não se deu conta do que fazia até que o rosto de sua vítima começou a mudar de cor. Só então o soltou com um empurrão depreciativo. Graverley ficou de pé com esforço, os olhos soltando faíscas de ódio, mas não ordenou aos homens de Henrique que detivessem o conde e o amarassem. Nesse momento Christopher percebeu que Graverley tinha compreendido que sua vida corria perigo se abusasse deliberadamente dos direitos que correspondiam ao nobre favorito de Henrique.
Agora, entretanto, depois de esperar durante duas semanas que o rei o convocasse a sua presença, Christopher começava a se perguntar se Henrique não estaria completamente de acordo com seu conselheiro. Do lugar que ocupava diante da janela contemplou a escura noite cujo ar estava impregnado dos habituais aromas ruins de Londres, procedentes dos esgotos, os lixos e excrementos, e tratou de encontrar uma razão que explicasse a atitude evidentemente relapsa do rei em vê-lo e falar com ele a respeito das razões pelas quais tinha sido encarcerado.
Conhecia Henrique há doze anos; tinha lutado a seu lado em Bosworth Field, e nesse mesmo campo de batalha tinha assistido a sua proclamação e coroação como rei. Em reconhecimento a suas façanhas durante essa batalha, Henrique o nomeou cavalheiro nesse mesmo dia, apesar de Christopher só ter dezessete anos de idade. Esse foi, de fato, o primeiro ato oficial de Henrique como rei. Nos anos que seguiram sua confiança em Christopher e sua dependência dele aumentaram no mesmo ritmo que sua desconfiança para com os outros nobres.
O Lobo Negro liderava suas batalhas por ele e em cada uma de suas vitórias permitia que Henrique obtivesse concessões dos inimigos da Inglaterra e de seus inimigos pessoais, sem necessidade de derramamento de sangue. Como conseqüência disso, para Christopher ele tinha concedido quatorze propriedades e riquezas suficientes para transformá-lo em um dos homens mais poderosos da Inglaterra. Igualmente importante era o fato de que Henrique confiasse nele o suficiente para lhe permitir fortificar seu castelo de Claymore e manter um exército particular. Depois da generosidade do Henrique, entretanto, existia uma estratégia já que o Lobo Negro constituía uma ameaça para todos os inimigos do rei, e freqüentemente a simples visão de seu estandarte bastava para esmagar a hostilidade, antes que esta tivesse oportunidade de florescer e se transformasse em oposição aberta.
Além de confiança e gratidão, Henrique também tinha concedido a Christopher o privilégio de expor livremente seus pensamentos, sem a interferência de Graverley e os outros membros da Câmara da Estrela. E isso era precisamente o que mais preocupava Christopher, durante esse prolongado período em que o rei se negava a lhe conceder uma audiência para que ele pudesse se defender, o que indicava que com Henrique já não existia mais o tipo de relação que tinham desfrutado no passado. Tampouco previa o resultado da entrevista, quando esta acontecesse fosse bom.
O som de uma chave na fechadura fez com que Christopher voltasse o olhar para a porta, mas suas esperanças se desmoronaram ao comprovar que só se tratava do guarda que lhe trazia o jantar.
-Hoje têm cordeiro, milorde - disse o guarda, em resposta ao mudo olhar interrogativo de Christopher.
Chris: Pelos deuses! - exclamou.
-Tampouco eu gosto de cordeiro, milorde - assentiu o guarda, embora soubesse muito bem que a comida não tinha nada a ver com a explosão de aborrecimento do Lobo Negro. Depois de deixar a bandeja sobre a mesa, o homem se endireitou, com uma atitude respeitosa. Confinado ou não, o Lobo Negro continuava sendo um homem perigoso e, o que era muito mais importante, um grande herói para todo aquele que se considerasse um verdadeiro homem. - Deseja alguma outra coisa milorde?
Chris: Notícias! - respondeu Christopher.
Sua expressão foi tão dura, tão ameaçadora, que o guarda retrocedeu um passo antes de assentir obedientemente. O Lobo sempre pedia notícias, embora Por Deus o fizesse de modo amável. Essa noite, entretanto, o guarda se sentia feliz de poder compartilhar alguma fofoca, embora soubesse muito bem que não era precisamente o que o Lobo queria escutar.
-Correm notícias, milorde. Embora não sejam mais que falatórios.
Chris: Do que se trata? - perguntou Christopher com interesse.
-Dizem que ontem à noite o rei chamou seu irmão a sua presença.
Chris: Meu irmão está aqui, em Londres?
-Chegou ontem - respondeu o guarda, - e exigiu vê-lo ameaçou sitiar este lugar se não permitisse.
Christopher teve a sensação de que aquilo era um mau presságio.
Chris: Onde ele está agora?
O guarda assinalou para cima com um dedo.
-Um piso mais acima, e umas poucas habitações mais para o oeste, por isso ouvi. Prenderam-no.
Christopher sacudiu a cabeça com expressão de desgosto e deixou escapar um profundo suspiro. A chegada de Poncho era extremamente imprudente. Quando Henrique se zangava, o melhor era se afastar de seu caminho até que conseguisse controlar seu temperamento.
Chris: Obrigado... - disse Christopher, que tentou lembrar o nome do guarda.
-Larraby, mi... - O guarda se deteve na metade da frase e os dois voltaram à cabeça para a porta, que nesse momento se abria. No vão apareceu Graverley.
Graverley: Nosso soberano me pediu que o leve diante da sua presença - informou com um sorriso maligno.
Uma sensação de alívio, mesclada com preocupação pela sorte de Poncho, apoderou-se de Christopher, que passou rapidamente diante de Graverley, afastando-o para o lado com um empurrão.
Chris: Onde está o rei? - perguntou o conde.
Graverley: No salão do trono.
Christopher, que conhecia bem a Torre porque tinha sido convidado várias vezes, deixou que Graverley o seguisse e tratou de manter o passo, enquanto ele percorria a grandes passadas o longo corredor, descerão dois andares pelas escadas e depois cruzaram uma série de câmaras.
Ao passar pela galeria, seguido de perto por sua escolta, observou que todos se voltavam para olhá-lo. A julgar pelo desprezo que observou em muitos dos rostos, todos estavam inteirados de que já não contava com as graças do Henrique.
Lorde e Lady Ellington, vestidos com trajes de cortesãos, inclinaram-se diante de Christopher, a quem não passou despercebida a estranha expressão de seus rostos. Estava acostumado a despertar na corte temor e certa desconfiança; essa noite, entretanto, teria jurado que todos escondiam sorrisos de regozijo, e descobriu que preferia muito mais as expressões de desconfiança que os sorrisos irônicos.
Graverley lhe ofereceu em tom de ironia uma explicação para aqueles estranhos olhares.
Graverley: Todos acharam muito interessantes que Lady Dulce conseguisse fugir das garras do terrível Lobo Negro.
Christopher apertou os punhos com força e apressou o passo, mas Graverley fez o mesmo para manter-se ao seu lado.
Graverley: O mesmo aconteceu com a história da teimosia de nosso famoso herói com uma feia mulher escocesa que fugiu - prosseguiu o conselheiro, com ironia, - levando consigo as valiosas jóias que lhe deu, em vez de se casar com ele.
Christopher se deteve de repente e girou para trás, com a intenção de esmurrar o odioso Graverley, mas atrás dele os lacaios de libre já abriam as portas de acesso ao salão do trono. Conteve-se ao pensar no futuro do Poncho, assim como no seu próprio, consciente de que sua situação não melhoraria se assassinasse o principal conselheiro do rei. Christopher se voltou de novo e passou pelas portas que os lacaios mantinham abertas.
Henrique estava sentado no lado extremo mais afastado do salão. Usava as vestimentas formais e, evidentemente impaciente, agitava com os dedos sobre os braços da poltrona do trono.
Henrique: Nos deixe! - ordenou a Graverley. Depois dirigiu um olhar frio e distante a Christopher. O silêncio que seguiu a amável saudação deste não era um pressagio nada bom para o resultado da entrevista. Depois de um silêncio que pareceu eterno, Christopher disse com gélida amabilidade:
Chris: Entendi que desejava falar comigo, majestade.
Henrique: Silêncio! - respondeu-lhe Henrique, furioso. - Falará quando lhe der permissão. - Mas uma vez quebrada a barreira do silêncio, o rei já não pôde conter a fúria e suas palavras surgiram. - Graverley afirma que seus homens se atreveram a levantar suas armas contra os meus. Acusa-lhe, além disso, de ter desobedecido deliberadamente minhas ordens colocando obstáculos em seus esforços em liberar as mulheres do clã Merrick. O que diz diante desta acusação de traição, Christopher Westmoreland? - Antes que Christopher tivesse a oportunidade de responder, o encolerizado monarca ficou de pé e continuou: - Aprovou o seqüestro das mulheres Merrick, um ato que se transformou em assunto de Estado e que ameaça a paz de meu reino. Uma vez feito, permitiu que duas mulheres escocesas, escapassem de suas garras, transformando um assunto de Estado em uma brincadeira que agora toda a Inglaterra comenta. O que diz em sua defesa? - perguntou. - E então? - rugiu de novo sem tomar fôlego. - E então?
Chris: De que acusação deseja que me defenda primeiro, majestade? - replicou Christopher com cortesia. - Da acusação de traição? Ou das demais, que são uma estupidez?
A incredulidade, a cólera e um matiz de resistente regozijo fizeram que Henrique exclamasse:
Henrique: Cachorro arrogante! Poderia ordenar que lhe açoitassem e que lhe pendurassem!
Chris: Com certeza - disse Christopher em tom sereno. - Mas peço que antes me condene por que delito. Tomei reféns em muitas ocasiões nos últimos anos, e mais de uma vez elogiou meus procedimentos como o meio mais pacífico de conseguir uma vitória. Quando tomamos prisioneiras às mulheres do clã Merrick não tinha nenhuma razão para supor que, de repente, tinha decidido procurar a paz com Jacob, muito menos quando acabávamos de derrotá-lo em Cornualles. Antes de partir para Cornualles, falei com você neste mesmo salão e estava de acordo que assim que os escoceses estivessem bastante submetidos para me permitir abandonar o campo de batalha, seria colocado um comando de um exército de paz perto da fronteira da Escócia e seria em Hardin, onde nossa fortaleza seria bem visível para o inimigo. Naquele momento, ambos acordamos muito claramente que logo...
Henrique: Sim, sim - interrompeu-o Henrique, zangado, sem o menor desejo de voltar a escutar o que o conde tinha a intenção de lhe dizer a seguir. - Me explique o que aconteceu no salão do castelo de Hardin - ordenou-lhe irritado, pois não estava disposto a admitir diante de Christopher que prender as duas reféns tinha sido uma decisão correta. - Graverley afirma que seus homens tentaram atacar os meus, seguindo suas ordens quando ele mandou detê-lo. Não duvido que sua versão seja muito diferente da sua. - Fez uma careta, e acrescentou: - Detesta-lhe, como sabe.
Christopher fez pouco caso do último comentário e replicou com uma lógica serena e irrefutável.
Chris: Meus homens superavam os seus em uma proporção de dois a um. Se tivesse atacado nenhum deles teria sobrevivido para me conduzir até aqui detido. E, entretanto, todos eles retornaram sem um arranhão.
Henrique: Isso é exatamente o que indicou Jordeaux no conselho particular, quando Graverley nos contou a história - disse Henrique com um breve gesto de assentimento, mais aliviado.
Chris: Jordeaux? - repetiu Christopher. - Não sabia que tivesse um aliado na pessoa de Jordeaux.
Henrique: Não têm. Ele também lhe detesta, mas se aborrece ainda mais com Graverley porque deseja ocupar seu cargo, não o seu, que sabe que não pode alcançar. - Depois de uma pausa, acrescentou com expressão sombria: - Me encontro totalmente rodeado de homens cuja engenhosidade só se vê superado por sua malícia e ambição.
Christopher ficou rígido diante daquele insulto involuntário.
Chris: Não está totalmente rodeado por tais homens, majestade - disse friamente.
Como não estava com ânimos para aceitar que aquilo era certo, embora soubesse que as palavras do conde não faziam mais que expor a realidade, o rei suspirou com irritação e lhe fez gestos de que se aproximasse da mesa sobre a qual havia uma bandeja com várias taças engastadas com jóias e uma jarra de vinho. No mais parecido com um gesto conciliador que estava disposto a conceder dado seu estado de ânimo, o rei pediu:
Henrique: Nos sirva algo para beber. - Esfregou as articulações das mãos, e acrescentou com expressão ausente: - Detesto este lugar no inverno. A umidade faz com que as articulações doam incessantemente. Se não fosse pela tempestade que caiu, estaria agora em uma casa quente no campo.
Christopher fez o que ele lhe pediu, estendeu a primeira taça de vinho ao rei, encheu depois outra para si e retornou ao pé dos degraus que conduziam ao estrado do trono. Ali aguardou em silêncio, enquanto bebia a espera que Henrique abandonasse suas melancólicas reflexões.

CONTINUA...

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ESPECIAL!!!
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NOME DO LIVRO: “Crepúsculo”
AUTORA: Stephenie Meyer!!

Epílogo: Uma Ocasião

Edward me ajudou a entrar no carro dele, sendo muito cuidadoso com os detalhes de seda e chiffon, as flores que ele colocou nos meus cachos estilosamente elaborados, e o grande gesso na minha perna. Ele ignorou a expressão de raiva da minha boca.Depois que ele me ajeitou, ele foi para o banco do motorista e saímos pelo caminho longo e estreito."Em que ponto você pretende me dizer exatamente onde estamos indo?", eu perguntei fazendo beicinho. Eu odiava surpresas. E ele sabia disso."Eu estou chocado que você ainda não tenha descoberto". Ele jogou um sorriso de zombaria na minha direção, e a minha respiração ficou presa na garganta. Será que um dia eu ia me acostumar á perfeição dele?"Eu mencionei que você está muito bonito, não mencionei?", eu verifiquei."Sim", ele sorriu largamente de novo. Eu nunca havia visto ele vestido de preto antes, e, com o contraste na pela pálida dele, a sua beleza era absolutamente surreal. Isso eu não podia negar, até o fato de que ele estava usando um smoking estava me deixando nervosa.Não tão nervosa quanto o meu vestido, ou o sapato. Só um sapato, já que o meu pé estava seguramente preso no gesso. Mas o salto agulha, preso apenas pelos laços de fita de cetim, certamente não iam me ajudar quando eu tentasse me movimentar."Eu não vou mais voltar se Alice continuar me tratando como a Barbie porquinho-da-índia quando eu vier". Eu estorqui.
Eu passei a melhor parte do dia presa no banheiro estonteantemente grande de Alice, eu fui uma vítima desamparada enquanto ela brincava de cabeleireira e maquiadora. Quando eu tentava escapar ou reclamava, ela me lembrava que não tinha memórias de como era ser humana, e me pedia para não atrapalhar a sua vigorosa diversão. Então ela me vestiu com um vestido ridículo - azul escuro, cheio de detalhes e sem os ombros, com uma etiqueta francesa que eu não consegui ler - um vestido que combinava mais com uma passarela do que com Forks.Nada de bom podia sair de uma vestimenta formal, disso eu tinha certeza.
A não ser... mas eu estava com medo de colocar as minhas suspeitas em palavras, mesmo em minha própria cabeça.
Eu fui distraída pelo som do telefone tocando. Edward puxou o telefone do bolso do seu paletó, olhando brevemente no identificador de chamadas antes de atender.
"Alô, Charlie", ele disse cautelosamente.
"Charlie?", eu fiz uma careta.
Charlie tem sido... difícil desde o meu retorno á Forks. Ele compartimentou minha má experiência em duas reações. Com Carlisle ele era quase idolatradamente grato. Por outro lado, ele estava teimosamente preso á idéia de que era culpa de Edward - porque se não fosse por culpa dele eu não teria ido embora de casa em primeiro lugar. E Edward estava longe de discordar dele. Nesses dias eu estava tendo regras que nunca tive antes: Toque de recolher... horários de visita.
Alguma coisa que Charlie disse fez os olhos de Edward crescer de descrença, e então um grande sorriso apareceu no rosto dele.
"Você está brincando!", ele deu uma risada.
"O que é?", eu quis saber.
Ele me ignorou.
"Porque você não me deixa falar com ele?" Edward sugeriu com um prazer evidente. Ele esperou por um segundo.
"Olá, Tyler. Aqui é Edward Cullen".
A voz dele estava amigável, na superfície. Eu conhecia esse tom bem o suficiente pra ouvir a leve ponta de ameaça. O que é que Tyler estava fazendo na minha casa? A horrível verdade começou a descer sobre mim. Eu olhei novamente para o vestido inapropriado que Alice havia me forçado a usar.
"Eu lamento se houve alguma espécie de falta de comunicação, mas Bella não está disponível essa noite". O tom de Edward mudou e a ameaça ficou de repente muito mais evidente enquanto ele continuava.
"Pra falar a verdade, ela não estará disponível noite nenhuma, quando se tratar de alguém que não seja eu mesmo. Sem ofensa. Eu lamento pela sua noite". Ele não parecia lamentar nem um pouco. E então ele fechou o telefone com um estalo, um grande sorriso no rosto dele.
Meu rosto e meu pescoço estavam vermelhos de raiva.
Eu podia sentir as lágrimas induzidas pela raiva começarem a encher meus olhos.
Ele olhou pra mim surpreso.
"A última parte foi demais? Eu não pretendia te ofender".
Eu ignorei isso.
"Você está me levando para o baile!", eu gritei.
Agora era embaraçosamente óbvio. Se eu estivesse prestando um pouco de atenção, eu teria reparado a data nos cartazes que estavam decorando os prédios da escola. Mas eu nunca sonhei que ele me submeteria a isso. Será que ele não me conhecia nem um pouco?
Ele não estava esperando a força da minha reação, isso estava claro.
Ele pressionou os lábios e revirou os olhos.
"Não seja difícil, Bella".
Meus olhos foram para a janela; nós já estávamos no meio do caminho para a escola.
"Porque você está fazendo isso comigo?", eu quis saber, horrorizada.
Ele fez um gesto para o smoking.
"Sério, Bella, o que você achou que estivéssemos indo fazer?"
Eu estava mortificada. Primeiro, porque eu não vi o óbvio. E também porque minha vaga suspeita - esperança, na verdade - do porque eu estivesse me arrumando o dia inteiro, enquanto Alice me transformava numa Rainha da beleza, estavam muito distantes da realidade.
As minhas esperanças pareciam muito bobas agora.
Eu achei que havia alguma ocasião brotando. Mas baile! Essa foi a última coisa que passou pela minha cabeça.
Lágrimas de raiva rolaram pelas minhas bochechas. Eu lembrei com desânimo que estava descaracteristicamente usando rímel. Eu limpei rapidamente embaixo dos olhos pra prevenir qualquer mancha. Minha mão não estava preta quando eu a puxei; Talvez Alice soubesse que precisaria de maquiagem á prova de água.
"Isso é completamente ridículo. Porque você está chorando?", ele quis saber frustrado.
"Porque eu estou com raiva!"
"Bella", ele usou toda a força dos seus ardentes olhos dourados em mim.
"O que?", eu murmurei, distraída.
"Me distraia", ele insistiu.
Seus olhos estavam derretendo toda a minha fúria. Era impossível brigar com ele quando ele trapaceava daquele jeito. Eu desisti sem glória.
"Está bem", eu fiz beicinho, sem conseguir ser tão efetiva quanto eu esperava ser. "Eu vou quieta. Mas você vai ver. Eu sempre estou aberta á mais má sorte. Eu provavelmente vou quebrar minha outra perna. Olhe pra esse sapato! É uma armadilha!", eu levantei minha perna como evidência.
"Hmmmm", ele olhou para a minha perna por mais tempo do que o necessário. "Me lembre de agradecer Alice por essa noite".
"Ela vai estar lá?" Isso me confortou um pouquinho.
"Com Jasper, Emmett... e Rosalie", ele admitiu.
O sentimento de conforto desapareceu. Eu não fiz muito progresso com Rosalie, apesar de estar em muitos bons termos com o seu as vezes marido. Emmett gostava de me ter por perto - ele achava que as minhas reações humanas bizarras eram hilárias... ou talvez fosse só o fato de que eu caia muito que ele achava engraçado. Rosalie agia como se eu nem existisse. Enquanto eu balançava a minha cabeça pra dissipar a direção que os meus pensamentos tinham tomado, eu pensei em outra coisa.
"Charlie está nisso tudo?", eu perguntei, suspeitando de repente.
"É claro", ele sorriu, e depois gargalhou. "No entanto, aparentemente, Tyler não estava".
Eu travei meus dentes. Como Tyler podia ter se iludido tanto, eu não podia imaginar. Na escola, onde Charlie não podia nos atrapalhar, Edward e eu éramos inseparáveis - exceto por aqueles raros dias de sol.
Estávamos na escola agora; o conversível vermelho de Rosalie era notável. As nuvens estavam finas hoje, haviam alguns finos raios de sol escapando no céu á oeste.
Ele saiu e deu a volta no carro pra abrir minha porta. Ele levantou sua mão.
Eu fiquei teimosamente sentada no meu banco, com os braços cruzados, sentindo uma punção secreta de presunção.
O estacionamento estava lotado de pessoas vestidas formalmente: testemunhas. Ele não podia me remover á força do carro como já teria feito se estivéssemos sozinhos.
Ele suspirou.
"Quando alguém tenta te matar, você é corajosa como um leão - e aí, quando alguém menciona dançar...", ele balançou a cabeça.
Eu engoli seco. Dançar.
"Bella, eu não vou deixar nada te machucar - nem você mesma. Eu não vou largar de você em hora nenhuma, eu prometo".
Eu pensei nisso e de repente estava me sentindo muito melhor. Ele podia ver isso no meu rosto.
"Isso, agora", ele disse gentilmente. "Não vai ser tão ruim assim". Ele abaixou e passou um dos braços pela minha cintura. Eu segurei a outra mão dele e ele me puxou pra fora do carro.
Ele manteu o braço apertado ao meu redor, me segurando enquanto eu mancava em direção á escola.
Em Phoenix, eles fazem bailes em salões de hotéis. Esse baile era no ginásio da escola, é claro. Possivelmente era o único espaço grande o suficiente para um baile. Quando nós entramos, eu dei uma risadinha. Realmente havia balões com formatos e ornamentos de papel crepe enfeitando as paredes.
"Isso parece um filme de terror esperando pra acontecer", eu ri silenciosamente.
"Bem", ele murmurou enquanto nos aproximávamos da mesa dos ingressos - ele estava carregando a maior parte do meu peso, mas eu ainda tinha que arrastar e empurrar o meu pé para frente – “tem mais vampiros presentes do que o necessário".
Eu olhei para o espaço de dança; um espaço grande havia se aberto no espaço, onde dois casais rodopiavam graciosamente. Os outros dançarinos se empurravam nos lados para dar espaço á eles - ninguém queria contrastar com o brilho deles.
Emmett e Jasper estavam intimidantes e indefectíveis em seus smokings. Alice estava arrebatadora num vestido de cetim preto com detalhes geométricos que abriam triângulos na sua pele branca da cor da neve. E Rosalie estava... bem, Rosalie. Ela estava além da imaginação. Seu vívido vestido vermelho era aberto nas costas, apertado na panturrilha onde se abria um detalhe flutuante, com um decote que ia do seu pescoço até a cintura. Eu senti pena de todas as garotas presentes, eu mesma incluída.
"Você quer que vá fechar as portas pra que você possa massacrar os moradores da cidade sem levantar suspeita?", eu sussurrei conspirando.
"E onde é que você se encaixa nesse esquema?", ele olhou pra mim.
"Oh, eu estou com os vampiros, é claro".
Ele sorriu com relutância.
"Qualquer coisa pra se mandar do baile".
"Qualquer coisa".
Ele comprou nossos ingressos, e então me virou na direção da pista de dança. Eu me agarrei nele e levantei meu pé.
"Eu tenho a noite inteira", ele avisou.
Eventualmente ele me arrastou pra onde a família dele estava rodopiando elegantemente - em um estilo que não se adequava nem um pouco á música que estava tocando agora. Eu observei horrorizada.
"Edward", minha garganta estava tão seca que eu quase não consegui sussurrar. "Eu honestamente não posso dançar!", eu podia sentir o pânico borbulhando no meu peito.
"Não se preocupe, boba", ele sussurrou de volta. "Eu posso". Ele colocou meus braços ao redor do pescoço dele e me levantou pra colocar os pés dele embaixo dos meus.
E então estávamos rodopiando também.
"Eu me sinto como se tivesse cinco anos de idade", eu sorri depois de alguns minutos de rodopio sem esforços.
"Você parece ter cinco anos", ele murmurou, me puxando mais pra perto por um segundo, assim meus pés ficaram á alguns centímetros do chão por alguns segundos.
Alice encontrou meu olhar numa volta e sorriu me encorajando - eu sorri de volta. Eu estava surpresa de perceber que eu realmente estava aproveitando... um pouco.
"Ok, isso não é inteiramente ruim", eu admiti.
Mas Edward estava olhando na direção das portas, e o rosto dele aparentava raiva.
"O que foi?", eu me perguntei em voz alta.
Eu segui o olhar dele, desorientada pelos rodopios, mas eu finalmente vi o que estava incomodando ele. Jacob Black, não de smoking, mas com uma camisa de mangas longas e de gravata, seu cabelo puxado pra trás no seu rabo de cavalo de sempre, estava atravessando a pista em nossa direção.
Depois do primeiro choque do reconhecimento, eu não pude deixar de me sentir mal por Jacob. Ele estava claramente desconfortável - dolorosamente desconfortável.
O rosto dele estava pedindo desculpas enquanto seus olhos encontravam os meus.
Edward rosnou bem baixinho.
"Se comporte" eu soprei.
A voz de Edward estava severa.
"Ele quer conversar com você".
Jacob chegou até nós nessa hora, a vergonha e as desculpas ainda mais evidentes no rosto dele.
"Ei, Bella, eu estava esperando que você estivesse aqui". Jacob soou como se ele estivesse esperando exatamente o contrário. Mas o sorriso dele estava tão cálido como sempre.
"Oi, Jacob", eu sorri de volta. "E aí?"
"Eu posso atrapalhar?", ele pediu tentadoramente, olhando pra Edward pela primeira vez. Eu estava chocada de ver que Jacob nem precisou olhar pra cima. Ele já deve ter crescido uns cinco centímetros desde a primeira vez que eu vi ele.
O rosto de Edward estava composto, sua expressão vazia. A única resposta dele foi me colocar cuidadosamente nos meus próprios pés, e dar um passo pra trás.
"Obrigado", Jacob disse amigavelmente.
Edward só balançou a cabeça, olhando pra mim atentamente antes de se virar e ir embora. Jacob colocou as mãos na minha cintura, e eu coloquei as minhas mãos nos ombros dele.
"Nossa, Jake, qual é a sua altura agora?"
Ele estava presumido.
"Um e oitenta e quatro".
Nós não estávamos realmente dançando - minha perna tornava isso impossível. Ao invés disso ele se movimentava estranhamente de um lado pra o outro sem movermos os pés. Estava tudo bem; o súbito crescimento tinha o deixado parecendo meio desequilibrado e desordenado, ele provavelmente não era um dançarino melhor que eu.
"Então, como é que você veio parar aqui hoje?", eu perguntei realmente curiosa.
Levando em conta a reação de Edward, eu já podia advinhar.
"Você acredita que meu pai me pagou vinte pratas pra que eu viesse ao seu baile?", ele admitiu, um pouco envergonhado.
"Sim, eu acredito", eu murmurei. "Bem, pelo menos eu espero que você aproveite, pelo menos. Já viu algo que você gostasse?", eu caçoei, balançando a cabeça na direção de um grupo de garotas alinhadas na parede com os enfeites.
"Sim", ele suspirou. "Mas ela está acompanhada".
Ele olhou pra baixo pra me olhar nos olhos só por um segundo - então nós dois desviamos o olhar, envergonhados.
"Aliás, você está muito bonita", ele acrescentou, timidamente.
"Umm, obrigada. Então, porque Billy te pagou pra vir até aqui?" eu perguntei rapidamente, apesar de já saber a resposta.

CONTINUA... (Próximo Poste Último Capítulo)

Agradecimentos:

Amanda, Ana, Aninha, Bibinha, Clarinha, Dulce Amargo, Fe, Fernanda, Ila, Júlia, Leeh, Lia, Naty e todos presentes... Obrigada, Amo Vcs!

Bibinha, hauhauha, tudo bem amiga, acho que qualquer Debora com h ou sem h é você mesmo, hauhauha... ain amiga credooo, mas e as webs?!? Elas ñ te lembram deles?!? Pq se é assim você vai me deixar, BUA!!! Hauhauhaua.... mas num fica assim não viu, tipo digo na deprê, ain num vale a pena... mas eu espero q você melhore viu... n~tudo bem amiga, espero q você goste da web, bom é dificil ñ gostar dakela é muito divertida, hihi... e pode cobrar sim, hihi... tah ok amiga, bjaum pra ti, e se cuida!!!

Ain meu Deus, eu tentei entrar no br hj e ainda deu, mas só que depois apareceu akela mesma página de Serviço não encontrado... aff, que raiva, mas vamos ver né, por enqto toh aqui né, e qualquer coisa se o br voltar até semana q vem eu vo repostar tudo que eu postei aqui lá, tá ok?!? AAAAHHH, VOLTOU, entrem lá gente, pelo menos aki no meu pc deu!!! Bom vo indo agora, bjaum povo, amo vcs!!!

Vocês vão me encontrar aqui ó!!!

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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

_4_

~ Dificil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer.

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WEB NOVELAS!!!
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Comunidade das WebNovelas

NOME: “Prazer Proibido”
AUTORA: Carole Mortimer!!


Ela não o olhou e continuou se afastando.
Dulce: Está se elogiando demais, sr. Uckermann.
Chris: Por que não gosta que toquem em você, Dulce?
Dulce: Nossa, como odeio você! — Olhou bem firme para ele. — Quem lhe deu o direito de vir aqui para me fazer per­guntas tão pessoais? Quem você pensa que é que pode...
Chris: Vou ser seu amante, Dulce — ele a interrompeu com voz suave.
Dulce: Você o quê?
Chris: Seu amante. É isso o que vou ser.
Dulce: Mas... mas não quero um amante. — Ela estava pálida como cera. — Por favor, pare com isso. Pare com isso. — Intimamente ela se detestava por demonstrar fraqueza. — Deixe-me em paz. Oh! Christopher, por favor, deixe-me em paz. — Suas últimas palavras saíram quase como um soluço.
Ele se levantou e ficou na frente dela.
Chris: Não posso, minha Dulce tão fria. Você conseguiu me agarrar. Se é tempo o que quer, posso lhe dar; mas você tem que me deixar vê-la, estar com você, falar com você.
Ela o encarou, mostrando nos olhos todo o medo que sentia.
Dulce: Mas por que eu? Por que tem que ser eu? Há milhares de mulheres que...
A mão dele acariciando sua face interrompeu o que ela dizia; ela se afastou novamente.
Chris: Tem que ser você. Nem eu mesmo sei explicar por quê, por isso não me pergunte. Já tentei estar com outras mulheres, mas não consigo tirar você da cabeça.
Dulce: Mas... nem ao menos gosto de você — ela falou, desesperada.
Chris: Atualmente você não gosta de homem nenhum. Suas emoções estão mortas. Gostaria de estar próximo de você quando decidir começar a viver de novo. Acha que isso é pedir demais?
Dulce: Nunca mais quero me envolver com homem algum.
Chris: Mas precisa se envolver. Precisa deixar que algum tipo de relação aconteça com você.
Dulce: Mas não... não quero nenhuma relação. — Ela o olhava, pedindo com os olhos que a compreendesse — Você não entende? Não quero isso.
Chris: Está bem; esqueça isso agora. Apenas saia comigo hoje.
Dulce: Achei que tinha dito para eu esquecer tudo.
Chris: Sair para passar o dia fora não é relação nenhuma. Mandei meu cozinheiro preparar uma cesta de piquenique quando soube que não ia ao passeio de barco conosco.
Dulce: Seu cozinheiro?
Chris: Do meu barco.
Dulce: Quer dizer que de novo deixou os seus convidados? — Ela estava espantada.
Chris: Parece que deixar meus convidados se tornou um há­bito para mim — ele sorriu, os dentes muito brancos fazendo contraste com a pele queimada.
Dulce deu um sorriso tímido e, ao ver que ele assobiava, perguntou:
Dulce: Que aconteceu?
Chris: E a primeira vez que sorri para mim. — Ela corou.
Dulce: Na última vez em que estivemos juntos você não foi lá muito agradável comigo.
Chris: Não fui mesmo. Você é completamente diferente das mulheres que já conheci e não sei muito bem como lidar com você. Não estou acostumado com mulheres que não...
Dulce: Caem por você no mesmo instante — ela completou.
Chris: Não ia dizer isso. Você não caiu por mim, Dulce? Responda com sinceridade.
Dulce: Você é muito atraente, seguro de si, muito...
Chris: Você se sente atraída por mim?
Ela mordeu os lábios, sabendo que ia despertar raiva nele.
Dulce: Não — admitiu baixinho, incapaz de olhá-lo.
Chris: Você tem que se esforçar para ser cruel com as pessoas ou isso é uma atitude natural? — ele perguntou com voz tensa.
Dulce: Desculpe, mas achei que devia ser sincera.
Chris: Como eu fui com você?
Dulce: Você foi sincero quando disse que me desejava: estou sendo sincera também quando digo que comigo não é assim. Sinto muito se isso não é o que queria ouvir.
Chris: Diabos, Dulce! Você não sente coisa nenhuma. Mas está adorando isso tudo. Está adorando ver como pode judiar de mim. Bem, não estou sentido. Estou é com uma raiva dos diabos! Vim aqui...
Dulce: Porque quer ter um caso comigo — ela terminou por ele — Mas não há nada que eu possa fazer, se não quero você. Não pode me forçar a sentir alguma coisa.
Chris: O problema com você é que não tem sentimento de espécie alguma.
Dulce deu as costas para ele.
Dulce: Ainda bem que não tenho. Eu... — Ela parou de falar quando ele a virou, decidido. — Não me beije. Por favor, não me beije — gritou, angustiada.
Ele afastou-a com brutalidade.
Chris: Não quero beijar você. Quero é sacudi-la tanto, até que fique toda tremend,o mas não quero beijá-la. Você devia era ter morrido junto com o seu marido, porque não existe mais um pingo de sentimento em você! — ele disse cruelmente.
Dulce: Queria mesmo ter morrido! Meu Deus, como queria ter morrido!
Ela ouviu a porta bater quando ele saiu. Depois atirou-se no sofá, chorando a soluçando. Embora afirmasse categori­camente que não tinha sentimento algum, Christopher Uckermann a estava fazendo viver novamente. Ele a arrancava aos poucos da concha e isso era muito mais doloroso do que o inferno em que vivera nos últimos dois anos.

Anahí: Mais café? — Anahí perguntou.
Era segunda-feira de manhã e as duas se preparavam para ir trabalhar. Dulce não tinha conseguido tomar nada do café.
Dulce: Não, obrigada. Preciso ir já embora. Não quero chegar tarde no serviço.
Anahí: Uma vez só não vai fazer diferença. Acho que outra xícara de café lhe faria bem.
Dulce concordou com a cabeça, mas disse:
Dulce: Acho que eu preciso de um bule inteiro de café, mas tenho que terminar de me arrumar.
Anahí: Não sabia que Christopher vinha para cá — Anahí disse depressa. — Pelo menos até que partimos e notei que ele não estava a bordo.
Dulce parecia muito interessada em pentear o cabelo.
Dulce: Foi tudo bem, Anahí. Ele não demorou muito.
Anahí: Demorou o suficiente para deixá-la transtornada de novo; e logo quando estava começando a se recuperar. Quan­do cheguei, você parecia um fantasma!
Dulce: Estava bem — Dulce mentiu. — Mas não acho que Christopher Uckermann vai me amolar de novo. Todo homem gosta de conquistar, mas comigo está sendo uma batalha e ele não vai querer perder mais tempo.
Anahí: Talvez ele não seja a pessoa certa para você — disse Anahí, pensativa. — Mas que você está precisando de al­guém em sua vida, isto é verdade. Precisa de alguém que se preocupe com você, Dulce.
Dulce: Por quê?
Anahí: Porque... bem, porque todo mundo precisa de amor.
Dulce: Eu não preciso. Pelo menos não dessa espécie de amor. E o que Christopher quer de mim não é amor. Ele apenas me deseja, entendeu, Anahí? É só desejo.
Anahí: Já é um começo.
Dulce: Não para mim.
Anahí: Talvez tenha razão.
Dulce: Não vai trabalhar hoje? — perguntou Dulce vendo a prima ainda de camisola.
Anahí: Poncho me deu o dia de folga por ter sido uma boa menina. — Vendo a expressão no rosto de Dulce, completou: — Não é nada do que está pensando. Já lhe disse que não há nada entre Poncho e eu. Como trabalhei até mais tarde na sexta-feira, tive folga hoje, Além disso, ele vai estar fora o dia todo.
Dulce: Bem, já vou indo. Any, sobre Poncho: se algum dia quiser conversar sobre ele, sabe que pode contar comigo.
Anahí: Sei que posso contar com você, Dulce. Está atrasada, é melhor ir, senão vai perder o emprego.
Dulce saiu correndo, pegou o metro, e mesmo assim chegou quinze minutos atrasada. Embora pedisse desculpas ao chefe, ele parecia um pouco aborrecido.
Começou a trabalhar, mas seus pensamentos escapavam, voltando para o último fim de semana. Depois que Christopher Uckermann foi embora ela se sentiu péssima, mas pensou muito sobre o que ele disse. De certo modo estava orgulhosa de si mesma. Afinal, Christopher Uckermann era um homem importante, uma celebridade... e estava atraído por ela.
— Está colocando essa carta no fichário errado, sra. Espinoza. — O chefe estava a seu lado. — Está se sentindo bem?
Dulce: Realmente me confundi, senhor; mas estou perfeita­mente bem, obrigada.
— Então concentre-se, sra. Espinoza, para evitar problemas.
Dulce: Sim, sr. Walters — disse Dulce e sorriu para Sally, que lhe piscava do outro lado da sala.
O sr. Walters era o único homem trabalhando naquela sala, onde havia seis moças. Talvez por isso fosse exibido e mandão; ou talvez realmente precisasse agir daquela ma­neira para controlar tantas moças juntas na mesma sala.
Sally aproximou-se de Dulce com a desculpa de arquivar algumas cartas.
Sally: Teve um bom fim de semana, Dulce?
Dulce: Não foi ruim.
Sally: Eu me diverti muito — disse Sally. — Steve me levou para conhecer a mãe dele. Ela me pareceu um pouco pos­sessiva, mas logo dou um jeito nisso.
Dulce: Não tenha muita certeza disso, Sally. Mães possessivas raramente mudam — Dulce dizia isso por experiência própria. Sabia que a mãe de Michael nunca vira defeito algum no filho.
Sally: Nem pretendo mudá-la. Steve e eu é que vamos mudar para a Austrália. A maior parte de minha família mora lá, agora que perdi meus pais.
Dulce: E como Steve se sente a respeito da mudança?
Sally: Ainda não sabe de nada, mas tenho certeza de que vai concordar. Minha irmã vai arranjar um bom emprego para ele, na firma que meu cunhado tem.
Dulce: Já resolveu tudo, não é, Sally?
Sally: Assim evito discussões.
Dulce: Que você tenha sorte! — Dulce respondeu, achando que as coisas não iam ser tão fáceis como Sally supunha.
— Sra. Espinoza — Dulce se virou e viu o chefe a sua frente —já chegou tarde hoje e perdeu a maior parte do tempo con­versando. Seria demais pedir-lhe que se dedique ao trabalho?
Dulce: Desculpe, sr. Walters.
Daí para a frente Dulce se concentrou no trabalho, pro­curando não pensar em mais nada.
De repente começou a ouvir conversas abafadas a seu lado. Pelo jeito como falavam, alguém muito importante devia estar na agência. Ouviu então Katy dizer:
Katy: Tenho certeza de que é ele. Vi um de seus filmes na semana passada e o reconheceria em qualquer lugar.
Olhou para o escritório a sua frente, para ver de quem estavam falando. Assim que reconheceu a figura de Christopher Uckermann, sentiu que o sangue fugia de sua cabeça. Ele estava tremendamente atraente com uma jaqueta de couro sobre calça e camisa bege.
Ficou ainda mais pálida quando notou que ele estava olhando para ela. O que estaria fazendo ali? Não podia ser coincidência. Mas como ele havia descoberto onde ela tra­balhava? O que ele queria? Começou a entrar em pânico. Estava certa de que ele a deixaria em paz depois da última cena que tiveram. Agora ele falava com o sr. Walters. O que ele poderia querer ali?
Levou um susto quando Katy chegou perto dela e perguntou:
Katy: Dulce, aquele não é Christopher Uckermann?
Dulce engoliu em seco e ia responder quando o sr. Walters a chamou.
— Sra. Espinoza, este senhor quer falar-lhe.
Pela expressão do sr. Walters, Dulce sabia que ele não tinha reconhecido Christopher Uckermann. Se tivesse, teria agido de modo diferente.
Dulce levantou-se, sentindo que as outras moças olhavam espantadas para ela.
Dulce: O que quer? — disse a Christopher num sussurro. — Não devemos receber visitas aqui.
Chris: Vim levá-la para almoçar — Christopher respondeu sem se perturbar.
Dulce: Mas, eu...
Chris: Não diga que já almoçou, porque sei que não é verdade, perguntei a seu chefe. Além disso, Anahí me disse que você nunca sai para almoçar antes de uma hora. — Olhou para o relógio de ouro que tinha no pulso. — É quase uma hora. Vamos?
Dulce: Anahí lhe disse onde eu trabalhava?
Chris: Fui até o seu apartamento; esqueci que estaria tra­balhando. Anahí me mandou aqui. Não fique zangada com ela porque lhe disse que queria ver você para me desculpar.
Dulce: Poderia ter se desculpado pelo telefone.
Chris: Achei que seria melhor junto com o almoço. Pegue seu casaco e vamos.
Dulce: Não vou a lugar nenhum. Eu...
Chris: É melhor vir, Dulce. Não quer fazer uma cena aqui, não é?
Dulce: Não vou fazer cena nenhuma.
Chris: Mas eu vou, Dulce.
Dulce: Fazer uma cena aqui, comigo? Uma pobre moça de escritório?
Chris: Uma moça linda, mas muito teimosa. A diferença é que não ligo para publicidade. E você?
Dulce sabia quando estava vencida. Pegou o casaco e, sem olhar para ninguém, saiu com ele.
Dulce: Por que tinha que fazer tudo isso? Quando voltar do almoço, as meninas vão ter mil perguntas para me fazer!
Chris: Deixe para se preocupar com isso depois. — Christopher se­gurou-a pelo braço e levou-a até o carro. Era um lindo Pors­che cor de ouro, parado em lugar proibido.
Dulce: Onde vai me levar?
Ele abriu a porta do carro para que ela entrasse.
Chris: Já disse. Vamos almoçar. Entre, Dulce, porque estou vendo um policial muito bravo vindo para cá.
Dulce: Tenho certeza de que, com o seu charme, você vai dar um jeito — disse ela com sarcasmo.
Chris: Talvez. — Depois de fechar a porta do lado deia, Christopher deu a volta no carro e se acomodou também. Manobrou rápido e entrou no tráfego. — Mas não pretendo perder tempo com o guarda.
Dulce: Que quis dizer quando falou em publicidade, no escritório?
Chris: Apenas que não ligo que saibam que me sinto atraído por uma jovem encantadora.
Dulce suspirou e tornou a explicar:
Dulce: Não me referia a você. O que quis dizer quando perguntou se eu aguentaria a publicidade?
Chris: Achei que não gostaria que eu lhe causasse problemas em seu local de trabalho.
Dulce: Foi só isso?
Estavam se dirigindo para fora da cidade e, por um ins­tante, Christopher virou-se para olhá-la.
Chris: O que mais eu poderia querer dizer?
Dulce: Não sei. Você é que deve me dizer.
Chris: Não faço idéia de outra coisa — ele confirmou, balan­çando a cabeça.
Dulce: Você realmente não sabe? — ela perguntou ansiosa.
Chris: Sabe o quê, Dulce? Não estou entendendo! Você tem algum segredo em seu passado? — Um sorriso iluminava o rosto dele.
Dulce: Não brinque sobre isso, Christopher.
Chris: Então você tem um segredo?
Dulce: Há alguns anos não era segredo nenhum. E não aguen­to, se começar tudo outra vez.
Chris: Dulce, não estou entendendo nada... É melhor me con­tar logo.
Dulce torcia as mãos, nervosa, com medo de falar.
Dulce: Meu... meu marido foi Michael Espinoza. — Olhou para ele, esperando ver aborrecimento em seu rosto.
Chris: E daí? O que tem... Michael Espinoza?
Dulce: Ele mesmo. — E abaixou a cabeça.
Chris: Aquele dos Hotéis Espinoza?
Dulce: Esse mesmo.
Chris: Foi casada com Michael Espinoza? — Ele parecia não acreditar no que estava ouvindo.
Dulce: Fui.
Chris: Então você deve ser...
Dulce: Sou a moça que casou com ele, viveu com ele dois dias apenas e depois deu o fora. Fui chamada de caça-dotes pela imprensa durante semanas, depois que tudo aconteceu.

CONTINUA...

~~
~~

NOME: “Reino dos Sonhos”
AUTORA: Judith McNaght!!

A voz de Christian, que surgiu da penumbra do bosque atrás dela, fez com que Dul se sentisse tensa diante da perspectiva da iminente fuga, mas cuidou de não se voltar instintivamente para as árvores, ao menos até que o conde tivesse atravessado a porta oculta que se abria no grosso muro de pedra que rodeava o castelo de Hardin. Depois girou sobre seus pés e percorreu com toda pressa à curta distância que a separava do bosque. Procurou ansiosamente seus libertadores.
Dulce: Christian, onde…? - começou a perguntar. Mas abafou um grito quando fortes braços a seguraram pela cintura, por trás, e a levaram para o mais profundo esconderijo de um pé de carvalho.
Christian: Dulce! - sussurrou Christian com um tom de voz que refletia a pena e a ansiedade que sentia por ela. - Minha pobre moça… - Olhou fixamente para Dul e em seguida, lembrando os beijos dos que acabava de ser testemunha, disse com expressão sombria: - Ele a obrigou a se transformar em sua amante, não é verdade?
Dulce: Eu…, explicarei mais tarde. Temos que ter pressa - implorou-lhe, obcecada em convencer os homens de seu clã para que partissem dali sem derramamento de sangue. - Anahí já empreendeu o caminho de volta para casa. Onde está nosso pai e seu povo? - perguntou.
Christian: Nosso pai está em Merrick, e aqui somos só seis.
Dulce: Seis! - exclamou Dul ao mesmo tempo em que começava a correr ao lado de seu meio-irmão.
Christian: Pensei que teríamos mais possibilidades de libertá-la, se em vez da força utilizássemos à astúcia.

Quando Christopher entrou no salão, Graverley já se encontrava lá, observando o interior do castelo de Hardin com expressão de ressentimento de mal dissimulada avidez. Como conselheiro particular do rei e membro mais influente da poderosa corte da Câmara da Estrela, Graverley desfrutava de uma tremenda influência, mas sua mesma posição o impedia de ter acesso a um título e às propriedades que sem dúvida cobiçava.
Desde que Henrique se apoderou do trono, tinha começado a tomar medidas necessárias para evitar o mesmo destino que seus predecessores: a derrotar os nobres poderosos que juravam fidelidade a seu rei, mas que logo depois, quando se sentiam descontentes, levantavam armas contra ele. Para impedir que isso voltasse a acontecer, reinstalou a corte da Câmara da Estrela, em que incluiu ministros e conselheiros que não tomavam parte da nobreza, homens como o próprio Graverley, que se dedicava a julgar os nobres e impor fortes multas por qualquer maldade que cometessem que, ao mesmo tempo em que engrossava as arcas do Henrique, privava os nobres da riqueza necessária para rebelar-se.
De todos os conselheiros particulares, Graverley era o mais influente e rancoroso; ao contar com a plena confiança de Henrique, tinha conseguido empobrecer ou levar a ruína todos os nobres poderosos da Inglaterra, com exceção do conde de Claymore que, diante de sua fúria mal dissimulada, continuou prosperando e fazendo-se mais poderoso e rico com cada nova batalha que ganhava para o rei.
O ódio que Graverley sentia por Christopher Westmoreland era conhecido por todos os membros da corte, da mesma forma que o conde desprezava o conselheiro.
Christopher se aproximou do recém-chegado sem dar amostra alguma de desprezo, mas nem por isso deixou de registrar todos os sinais sutis de que por algum motivo estava a ponto de ter um confronto extremamente desagradável. Em primeiro lugar, observou o zombador sorriso de satisfação no rosto de Graverley; a seguir viu que atrás dele havia trinta e cinco homens armados de Henrique, que permaneciam imóveis, em atitude militar. Os próprios homens de Christopher, dirigidos por Godfrey e Eustace, tinham formado duas fileiras no lado extremo do salão, perto do estrado, e permaneciam alerta, como se eles também percebessem algo grave nesta inesperada visita de Graverley, que não tinha precedente. Christopher passou diante dos últimos de seus homens, estes avançaram atrás dele, para formar um guarda de honra.
Chris: Bem, Graverley - disse Christopher, que se deteve diante de seu adversário, - o que o fez sair de trás do trono de Henrique, onde se escondia?
O conselheiro lhe dirigiu um olhar carregado de fúria, mas com voz suave e um pouco mais profunda que a do próprio Christopher, disse:
Graverley: Felizmente para a civilização, Claymore, a maioria de nós não compartilha do prazer que você experimenta a vista do sangue e do fedor dos cadáveres.
Chris: Bem, agora que já nos cumprimentamos - falou Christopher. - O que deseja?
Graverley: As suas reféns.
Assumido um gélido silêncio, Christopher escutou o resto do mordaz discurso de Graverley, mas, aturdido como estava, as palavras pareciam chegar a seus ouvidos de muito longe.
Graverley: O rei ouviu meu conselho - prosseguiu Graverley, - e que consertar a paz com o rei Jacob. Em meio dessas delicadas negociações, raptou às filhas de um dos senhores mais poderosos da Escócia e, com isso, fez com que a paz fosse impossível. - Sua voz adquiriu um tom de autoridade ao anunciar: - Caso não tenha esquartejado suas prisioneiras, um muito típico de um bárbaro como você, transmito-lhe a ordem de nosso soberano o rei de que ponha imediatamente sob minha custódia Lady Dulce Merrick e a sua meia-irmã, que depois serão devolvidas a sua família.
Chris: Não.
Christopher pronunciou aquela única palavra, que constituía uma traiçoeira negativa em obedecer uma ordem real, quase sem perceber, e pareceu sacudir o salão com a força explosiva de uma gigantesca rocha lançada por uma catapulta invisível. Automaticamente, os homens do rei levaram a mão ao punho de sua espada e olharam sombriamente para Christopher, cujos próprios homens, sobressaltados, também se voltaram para Christopher. Arik foi o único que não deixou transparecer nenhuma emoção, e seu olhar pétreo permaneceu fixo e sobre Graverley.
O próprio Graverley se sentiu muito surpreso para esconder. Olhou para Christopher com os olhos cerrados, e disse em um tom de voz que revelava incredulidade:
Graverley: Desafia a exatidão com que lhe transmito a mensagem do rei, ou por acaso ousam se negar a obedecer à ordem?
Chris: A única coisa que faço é desafiar sua acusação de que sou um bárbaro que esquarteja suas reféns - improvisou Christopher.
Graverley: Não achava que fossem tão sensível a respeito desse tema, Claymore - mentiu Graverley.
Chris: Como sem dúvida deve saber - disse Christopher, que tentava ganhar tempo, - os prisioneiros são levados diante dos ministros do rei, e é ali onde é decidido seu destino.
Graverley: Já basta de dissimulações - falou Graverley. - Cumprirá ou não com a ordem do rei?
Acuado pelo perverso destino e a atitude de um rei imprevisível, Christopher considerou rapidamente as inúmeras razões pelas quais seria uma loucura se casar com Dulce Merrick, e as diversas e impulsivas razões pelas quais se dispunha a fazê-lo.
Depois de tantas vitórias nos campos de batalha de todo o continente, era evidente que tinha sido derrotado em seu próprio leito por uma encantadora jovem de dezessete anos, com mais coragem e engenhosidade que as dezenas de mulheres que tinha conhecido. Por mais que tentasse, não se decidia a enviá-la de retorno a sua casa.
Dul o tinha enfrentado como uma leoa, apesar do que mais tarde se rendeu como um anjo. Tentou matá-lo, mas beijou suas cicatrizes; destroçou as mantas de seus homens e tornou suas roupas imprestáveis, mas fazia apenas alguns minutos o tinha beijado com um ardor doce e desesperado que fez com que a desejasse com desespero; possuía um sorriso que iluminava as escuras curvas de seu coração e uma risada tão contagiosa que o fazia sorrir. Também era honesta, e ele a valorizava acima de tudo.
Todas essas coisas surgiam agora no fundo de sua mente, apesar de que se negava a se concentrar nelas ou inclusive considerar a palavra “amor”. Pensar em algo assim teria significado que se sentia mais que atraído fisicamente por ela, e isso era algo que se negava a aceitar. Com a mesma lógica rápida e imparcial que empregava para tomar decisões na batalha, Christopher considerou que, tendo em conta a forma como seu pai e seu clã se comportaria com ela, quando retornasse ao castelo de Merrick não a tratariam como uma vítima, mas sim como uma traidora. Deitou-se com seu inimigo e, tanto faz se estivesse grávida ou não, passaria o resto de sua vida enterrada em um convento, sem outra coisa a fazer a não ser imaginar seu reino de sonho onde a aceitassem e quisessem reino esse, que nunca se transformariam em realidade.
Antes de tomar uma decisão, Christopher considerou todos os fatos, e ficou somente com a certeza de que nunca tinha feito nem faria amor com uma mulher como aquela. E uma vez tendo tomado sua decisão, agiu com sua típica resolução. Consciente que precisaria se encontrar alguns minutos a sós com Dulce, a fim de fazê-la compreender seu raciocínio antes que ela recusasse cegamente a oferta de Graverley, fez um esforço por esboçar um sorriso irônico.
Chris: Enquanto um de meus homens conduz Lady Dulce até o salão, podemos deixar de lado o antagonismo por um instante e desfrutar de uma cerveja?
Com um movimento de mão, assinalou para a mesa que os servos já se apressavam a encher com as bebidas e comidas que tinham podido reunir em tão pouco tempo.
Graverley arqueou as sobrancelhas com expressão de receio, e Christopher se voltou para os soldados do Henrique, alguns dos quais tinham combatido ao seu lado em batalhas passadas, ao mesmo tempo em que se perguntava se por acaso não demoraria em entrar em um combate mortal contra eles. Voltou-se novamente para o Graverley e disse:
Chris: E então? - Depois, consciente de que mesmo se Dulce se mostrasse de acordo em ficar com ele teria que convencer Graverley de que não tentasse levá-la dali pela força, Christopher imprimiu um tom agradável a sua voz ao acrescentar: - Lady Anahí já está a caminho de sua casa, com uma escolta dirigida por meu irmão. - Crédulo em despertar a inata debilidade de Graverley pelas fofocas, acrescentou quase com cordialidade: - Trata-se de uma história que indubitavelmente lhe agradará escutar enquanto comemos…
A curiosidade de Graverley foi com certeza maior que seus receios. Depois de um instante de vacilação, assentiu com um gesto e se dirigiu para a mesa. Christopher o acompanhou, mas no meio caminho se deteve e disse:
Chris: Me permita que envie alguém para procurar Lady Dulce. -Voltou-se para Arik e em voz baixa lhe ordenou: - Leve Godfrey com você e a procurem. Depois a traga aqui. - O gigante assentiu e Christopher acrescentou: - Diga que não aceite a oferta do Graverley até que tenha falado com ela a sós. Procure que fique bem claro.
Na opinião de Christopher, a possibilidade de que depois de escutar sua oferta Dul insistisse em partir, era impensável. Até desprezando a idéia de que sua decisão de se casar com ela pudesse estar motivada por algo mais que o prazer ou a compaixão, em cada batalha em que participava, sempre procurava não perder de vista às motivações de seu oponente. Neste caso, estava consciente de que os sentimentos de Dulce para com ele eram muito mais profundos dos que inclusive ela mesma se atrevia a reconhecer. Caso contrário não teria se entregado a ele como tinha feito, nem teria admitido tão honestamente que desejava permanecer no leito. E, certamente, não lhe teria dado aquele beijo na colina, há apenas alguns minutos. Era muito doce, sincera e inocente para fingir aquelas emoções.
Convencido de que a vitória estava ao alcance de sua mão, depois de uma pequena escaramuça, primeiro com Dulce e depois com Graverley, Christopher se dirigiu para a mesa em que o conselheiro do Henrique acabava de sentar-se.
Graverley: De forma que deixou partir a jovem mais linda e reteve a mais orgulhosa? - disse Graverley mais tarde, depois de Christopher ter lhe transmitido os pormenores da partida de Anahí e acrescentasse todos os detalhes possíveis por intranscendentes que fossem com o propósito de ganhar tempo. - Me desculpe se lhe disser que isso é algo que é difícil de imaginar - acrescentou Graverley enquanto mordiscava delicadamente um pedaço de pão.
Christopher apenas escutou o que ele lhe dizia. Considerava as alternativas que restavam no caso de Graverley se negar em aceitar a decisão de Dulce de permanecer com Christopher, exigiria-lhe o direito de escutar a ordem de Henrique dos próprios lábios de deste.
Negar-se a “acreditar” na palavra do Graverley não era exatamente uma traição, e embora não lhe restasse a menor duvida de que o rei se zangaria, não era provável que ordenasse enforcá-lo por isso. Uma vez que Henrique escutasse dos doces lábios da própria Dulce que desejava se casar com Christopher, certamente daria sua aprovação. Enfim, o rei gostava de arrumar situações políticas potencialmente perigosas mediante o matrimônio, incluindo o seu próprio.
A imagem agradável do Henrique que aceitava com atitude benigna que um de seus súditos lhe desobedecesse para depois se apressar em aprovar seu matrimônio, não contava com muitas possibilidades de se transforma em realidade, mas Christopher preferiu apegar-se a ela e não considerar as possibilidades restantes, como a forca, ser arrastado e esquartejado, ou se ver privado das terras e propriedades que tinha ganhado com o risco de sua vida.
Havia dúzias de outras possibilidades, igualmente desagradáveis, e de combinações iguais, e Christopher as considerou uma depois da outra enquanto permanecia sentado ao lado de seu inimigo. Mas nem por um instante pensou na possibilidade de que Dulce o tivesse beijado pondo nisso seu coração e seu corpo, ao mesmo tempo em que abrigava a intenção de escapar assim que lhe desse as costas.
Graverley: Por que a deixou partir se era uma jovem tão linda?
Chris: Como já lhe havia dito, estava doente - respondeu Christopher com brutalidade, e com intenção de evitar continuar falando com Graverley, fingiu ter muito apetite. Inclinou-se para aproximar a bandeja de pão e levou a boca uma grande parte do pato gordurento, o que o fez sentir náuseas.
Meia hora mais tarde, Christopher já tinha que fazer um verdadeiro esforço físico para dissimular seu nervosismo. Arik e Godfrey já deveriam ter transmitido a Dulce sua mensagem, e parecia evidente que ela o recusava; em conseqüência disso, provavelmente estivessem discutindo com ela e por isso demoravam tanto em trazê-la ao salão. Mas, ela o recusaria? E se o fizesse como reagiria Arik? Por um momento Christopher imaginou com horror seu leal cavalheiro empregando força física com Dulce para lhe obrigar a cumprir com seus desejos. Arik era capaz de partir em dois os braços de Dulce sem nenhum esforço, da mesma forma que qualquer outro homem necessitaria para quebrar um pequeno galho entre os dedos. Essa idéia fez com que a mão de Christopher, tremesse alarmado.
Enquanto isso, Graverley olhava ao redor e a cada minuto que passava seu receio ante um possível estratagema, aumentava. De repente, ficou de pé, olhou para Christopher com expressão de fúria e exclamou:
Graverley: Já basta de esperas! Por acaso me toma por estúpido, Westmoreland? É evidente que não enviou seus homens para procurá-la. Se ela estiver aqui, esconderam-na, e nesse caso devo lhe dizer que é mais estúpido do que imaginava. - Voltou-se para seu oficial assinalando para Christopher, e ordenou: - Capturem este homem e revistem o castelo até que encontrem a Merrick. Se for necessário, desmontem este lugar pedra a pedra, mas a encontrem. Ou muito me equivoco, ou as duas mulheres foram assassinadas há dias. Interroguem seus homens. Utilizem à força se for necessário. Obedeçam!
Dois dos soldados do Henrique se adiantaram convencidos de que, como homens do rei, capturariam Christopher sem encontrar oposição. Mas, no instante em que se moveram, os homens do Lobo fecharam filas imediatamente em torno de seu senhor, dispostos a lutar e desembainhar as espadas.
A última coisa que Christopher desejava nesse momento era um combate entre seus homens e os de Henrique.
Chris: Se contenham! - falou com voz brusca, consciente de que seus cavalheiros cometiam um ato de traição ao impedir o passo dos homens do rei.
Os noventa homens que havia no grande salão ficaram imóveis depois de ouvir a ordem e se voltaram para seus respectivos chefes à espera da ordem seguinte.
Christopher dirigiu um olhar de profundo desprezo a Graverley, e disse:
Chris: Estão agindo estupidamente, inclusive você, que tanto detesta parecer. A dama a quem acham que assassinei e que mantenho escondida saiu para dar um agradável passeio, sem segurança alguma, pela colina que se eleva atrás do castelo. Além disso, longe de ser uma prisioneira, Lady Dulce desfruta da mais completa liberdade, e lhe proporcionamos todo tipo de comodidades. De fato, quando a virem irão comprovar que usa as elegantes roupas que pertenceram à antiga senhora deste castelo, e que usa no pescoço o mais valioso colar de pérolas, propriedade também da mesma mulher.
Graverley: Deu de presente a ela jóias? -falou o conselheiro boquiaberto. - O desumano Lobo Negro, o Grande Guerreiro da Escócia, esbanjou suas propriedades tão mal obtidas com sua própria prisioneira?
Chris: Um cofre cheio - limitou-se a dizer Christopher.
A expressão de estranheza que apareceu no rosto de Graverley foi tão cômica que Christopher se sentiu apanhado entre a necessidade de sorrir e a que ele achava muito mais atraente de proporcionar um murro em seu inimigo. Nesse momento, entretanto, sua principal preocupação consistia em impedir que os dois lados opostos começassem uma briga e evitar assim as incalculáveis conseqüências que semelhante ato teria. E para conseguir tal objetivo estava disposto a dizer o que fosse e a confessar qualquer tolice até que Arik aparecesse seguido de Dulce.
Chris: Além disso - acrescentou ao mesmo tempo em que se apoiava sobre a mesa e fingia uma segurança absoluta em si mesmo, - se espera que Lady Dul caia a seus pés chorando de alegria porque foi em seu resgate, terá uma grande decepção, porque ela deseja ficar comigo…
Graverley: Por que iria querer ficar com você? - perguntou Graverley que, longe de se sentir encolerizado, no momento achava a situação muito divertida.
Igual a Christopher Westmoreland, Graverley conhecia bem o valor das alternativas e que resultariam de todas aquelas tolices sobre a vontade de Lady Dulce Merrick e a amabilidade e ternura com que Christopher a tinha tratado, e se ele conseguisse convencer Henrique para que não o considerasse culpado por isso, Westmoreland se transformaria no bobo da corte inglesa durante anos.
Graverley: Por sua atitude de posse, julgo que Lady Dulce esteve esquentando a sua cama. Evidentemente, agora pensa que devido a isso está disposta a trair a sua família e o seu país. Parece-me - acrescentou Graverley com certo regozijo - que começa a acreditar em todas as fofocas que contam na corte a respeito de sua suposta capacidade amorosa. Ou por acaso ela é tão boa que perdeu a cabeça? Em tal caso, terei que convidá-la para que se deite comigo. Não se importará, não é verdade?
Chris: Na medida em que tenho a intenção de me casar com ela - replicou Christopher entre dentes, - me dará uma boa desculpa para lhe cortar a língua, algo que farei encantado.
Christopher se dispunha a sair, mas o olhar de Graverley se deslocou de repente para um ponto situado a suas costas.
Graverley: Aqui está o fiel Arik - disse Graverley, - mas onde está a ávida noiva?
Christopher se voltou e se alarmou diante da expressão sombria do gigante.
Chris: Onde ela está? - perguntou.
Arik: Escapou.
Depois de um instante de gélido silêncio, Godfrey acrescentou:
Godfrey: A julgar pelos rastros encontrados no bosque, havia seis homens e sete cavalos. Ela partiu sem deixar o menor rastro de luta. Um dos homens deve ter permanecido escondido no bosque, a poucos metros de onde esteve hoje sentado com ela.
A poucos metros de onde ela o tinha beijado como se jamais quisesse se afastar de seu lado, pensou Christopher, furioso. A poucos metros de onde ela utilizou seus lábios, seu corpo e seu sorriso para enrolá-lo e convencê-lo de que a deixasse a sós…
Graverley, entretanto, não se deixou apanhar pela incredulidade. Começou a dar ordens imediatamente, a primeira delas dirigida a Godfrey.
Graverley: Mostre a meus soldados onde diz que isso aconteceu. - Voltou-se para um de seus próprios homens e acrescentou: - Acompanhe Sir Godfrey, e se tiverem a impressão de que a mulher fugiu que doze de vocês partam em busca do grupo do clã Merrick. Quando o avistarem, nada de armas; transmitam em troca as saudações do Henrique da Inglaterra e os acompanhem até a fronteira escocesa. Ficou claro?
Sem esperar resposta, Graverley se voltou para Christopher, e sua voz ressonou com retoques sinistros no cavernoso salão.
Graverley: Christopher Westmoreland, pela autoridade que me foi conferida pelo Henrique, rei da Inglaterra, ordeno-lhe que me acompanhe a Londres, onde respondera pelo seqüestro das mulheres Merrick. Também terá que responder ao fato de ter tentado obstruir deliberadamente minha missão de cumprir com as ordens de meu soberano em relação às mulheres do clã Merrick, algo que pode ser considerado como um ato de traição, como sem dúvida se determinará. Se coloque sob a custódia de meus homens, ou deve ser pela força?
Os homens de Christopher, que superavam em número os de Graverley, ficaram em alerta; compreensivelmente sua lealdade se achava dividida entre seus votos de fidelidade a Christopher, seu senhor, e seus votos de fidelidade ao rei. Apesar de que se sentia tremendamente confuso, Christopher se deu conta da complicada situação de seus homens e, com um brusco gesto de cabeça ordenou que depusessem as armas.
Ao compreender que os cavalheiros do conde já não oporiam resistência, um dos homens de Graverley tomou Christopher por ambos os braços, jogaram para trás e lhe amararam rapidamente os braços com tiras de couro. O prisioneiro apenas se precaveu disso, a pesar da dor que lhe produziam as fortes tiras de couro, estava consumido por tal estado de cólera que sua mente estava transformada em um feroz vulcão de raiva. Não podia separar de seus pensamentos aquela embromadora jovem escocesa: Dulce em seus braços…, Dulce rindo dele…, Dulce lhe enviando um beijo…
Agora, por ter cometido a estupidez de confiar nela, enfrentava uma acusação de traição. No melhor dos casos, perderia suas terras e seus títulos; no pior, perderia a vida.
Mas nesse momento estava muito furioso para que se importasse.

CONTINUA...

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ESPECIAL!!!
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NOME DO LIVRO: “Crepúsculo”
AUTORA: Stephenie Meyer!!

"Porque você disse isso?", eu sussurrei, tentando evitar que a minha voz tremesse. "Você se cansou de ter que ficar me salvando o tempo inteiro? Você quer que eu vá embora?"
"Não, eu não quero ficar sem você, Bella, é claro que não. Seja racional. E eu também não tenho problema nenhum em salvar você - isso se não fosse pelo fato de que sou eu que está te colocando em risco... que eu sou a razão pela qual você está aqui".
"Sim, você é a razão", eu fiz uma careta. "A razão pela qual eu estou aqui -viva".
"Por pouco", a voz dele era um sussurro. "Coberta de gaze e de gesso e quase impossibilitada de se mexer".
"Eu não estava me referindo á mais recente experiência de quase-morte", eu disse rugindo, irritada. "Eu estava falando das outras - você pode escolher uma. Se não fosse por você eu estaria dando um passeio pelo cemitério de Forks".
Ele estremeceu com as minhas palavras, mas o olhar de perseguição não deixou os olhos dele.
"No entanto, essa não é a pior parte", ele continuou a sussurrar. Ele agia como se eu não tivesse falado. "Não ver você lá no chão... amassada e quebrada". A voz dele estava chocada. "Não foi pensar que eu estava atrasado. Nem mesmo ouvir você gritando de dor - todas essas memórias insuportáveis que eu vou carregar comigo por toda a eternidade. Não, a pior parte foi sentir... saber que eu não podia parar. Acreditar que eu mesmo iria matar você".
"Mas você não matou".
"Podia ter matado. Com muita facilidade".
Eu precisava ficar calma... mas ele estava tentando se convencer a me deixar, e o pânico fluia nos meus pulmões, tentando sair.
"Me prometa", eu sussurrei.
"O que?"
"Você sabe o que", eu estava começando a ficar com raiva agora. Ele estava tão teimosamente determinado a continuar na negativa.
Ele ouviu a mudança na minha voz, seus olhos se estreitaram.
"Eu não pareço ser forte o suficiente pra ficar longe de você, então eu acho que você seguirá seu caminho... quer isso mate você ou não", ele acrescentou duramente.
"Bom", ele, porém, não prometeu - um fato que eu não deixei passar.
O pânico só estava meio controlado; eu não tinha mais controle para segurar a raiva.
"Você me disse como parou... agora eu quero saber porque", eu quis saber.
"Porque?", ele perguntou cautlosamente.
"Porque você fez isso? Porque você não deixou o veneno se espalhar? A essas horas eu seria como você".
Os olhos de Edward pareceram ficar completamente negros, e eu me lembrei que isso era uma coisa que eu nunca quis que eu soubesse. Alice deve ter estado preocupada com as coisas que descobriu sobre sí mesma... ou então foi muito cuidadosa com os pensamentos dela perto dele - claramente ele não sabia que ela tinha me enchido com todas as conversas sobre os mecanismos dos vampiros. Ele estava surpreso, e furioso.
As narinas dele inflaram e a boca dele parecia ter sudo esculpida numa pedra.
Ele não ia responder, isso estava claro.
"Eu serei a primeira a admitir que não tenho nenhuma experiência com relacionamentos", eu disse. "Mas me parece lógico... um homem e uma mulher tem que ser parecidos em algo... como, um deles não pode sempre estar sendo abatido e o outro salvando. Eles tem que salvar uma ao outro igualmente".
Ele dobrou os braço do lado da minha cama e descansou o queixo nos braços. Sua expressão era suave, a raiva havia abrandado. Evidentemente ele havia decidido que não estava com raiva de mim. Eu esperava ter uma chance de avisar Alice antes que ele se encontrasse com ela.
"Você me salvou". Ele disse baixinho.
"Eu não posso ser Lois Lane", eu insistí. "Eu quero ser o Superman também".
"Você não sabe o que está pedindo". A voz dele era suave; ele olhava intencionalmente para a pontinha do travesseiro.
"Eu acho que sei."
"Bella, eu não sei. Eu já tive quase noventa anos pra pensar nisso e ainda não tenho certeza".
"Você queria que Carlisle não tivesse salvado você?"
"Não, eu não desejo isso", ele parou antes de continuar. "Mas a minha vida estava acabada. Eu não estava desistindo de nada".
"Você é a minha vida. Você é a única coisa que eu me incomodaria em perder". Eu estava ficando melhor nisso. Era muito mais fácil admitir o quanto eu precisava dele.
No entanto, ele estava muito calmo. Decidido.
"Eu não posso fazer isso, Bella. Eu não vou fazer isso com você".
"Porque não?", minha garganta arranhou e as palavras não sairam tão altas como eu havia planejado. "Não me diga que é muito difícil! Depois de hoje, ou eu acho alguns dias atrás... de qualquer forma, depois daquilo, isso não devia ser nada".
Ele olhou pra mim.
"E a dor?", ele perguntou.
Eu embranquecí. Eu não pude evitar. Mas eu tentei evitar que a minha expressão mostrasse que eu lembrava da dor... do fogo nas minhas veias.
"Isso é problema meu", eu disse. "Eu posso aguentar".
"É impossível aguentar a coragem a partir do momento que ela se transforma em loucura".
"Isso não é problema. Três dias. Grande coisa".
Edward fez outra careta quando as minhas palavras relembraram ele de que eu estava mais bem informada do que deveria estar. Eu observei ele reprimir, observei os olhos dele ficarem especulativos.
"Charlie?", ele perguntou curtamente. "Renée?"
Os minutos se passaram em silêncio enquanto eu lutava pra responder a pergunta dele. Eu abri a minha boca, mas nenhum som saiu dela. Eu fechei ela de novo. Ele esperou, e a sua expressão se tornou triunfante porque ele sabia que eu não tinha nenhuma resposta de verdade.
"Olha, isso também não é nenhum problema", eu finalmente murmurei, minha voz não estava convincente, como sempre quando eu mentia. "Renée sempre fez as escolhas que funcionavam pra ela - e ela sempre quis que eu fizesse o mesmo. E a alegria de Charlie, ele está acostumado a ficar sozinho. Eu não posso tomar conta dele pra sempre. Eu tenho a minha própria vida pra viver".
"Exatamente", ele cortou. "E eu não vou acabar com ela pra você".
"Se você está esperando pra ficar comigo no meu leito de morte, eu tenho notícias pra você! Eu estava lá!"
"Você vai se recuperar", ele me lembrou.
Eu respirei fundo pra me acalmar, ignorando o espasmo de dor que isso causava. Eu encarei ele, ele me encarou de volta. Não havia compromisso no rosto dele.
"Não", eu disse lentamente. "Eu não vou".
A testa dele se enrrugou.
"É claro que vai. Você pode ficar com um cicatriz ou duas..."
"Você está errado", eu insistí. "Eu vou morrer".
"Sério, Bella", ele estava ansioso agora. "Você vai sair daqui em alguns dias. Duas semanas no máximo".
Eu olhei pra ele.
"Eu posso não morrer agora... mas eu vou morrer alguma hora. A cada minuto do dia, eu chego mais perto. Eu vou ficar velha".
Ele fez uma careta quando se tocou do que eu estava falando, pressionando seus longos dedos nas têmporas e fechando os olhos.
"Isso é o que supostamente acontece. É assim que deve acontecer. Aconteceria se eu não existisse - e eu não deveria existir".
Eu soprei. Ele abriu os olhos surpreso.
"Isso é estúpido. Isso é como alguém que acabou de ganhar na loteria, pegando o dinheiro, e dizendo, 'Olha, vamos voltar a ser como as coisas deviam ser. É melhor assim'. Eu não vou aceitar isso".
"Eu não sou bem um premio de loteria", ele rugiu.
"Isso mesmo. Você é muito melhor".
Ele rolou os olhos e ajeitou os lábios.
"Bella, nós não vamos mais continuar com essa discussão. Eu me recuso a te amaldiçoar á noite eterna e esse é o fim".
"Se você acha que acaba aqui, você não me conhece muito bem", eu avisei ele.
"Você não é o único vampiro que eu conheço".
Os olhos dele ficaram pretos de novo.
"Alice não ousaria".
E por um momento ele pareceu tão assustador que eu não pude deixar de acreditar. Eu não podia imaginar uma pessoa corajosa o suficiente pra passar por cima dele.
"Alice já viu isso, não foi?", eu adivinhei. "É por isso que as coisas que ela fala aborrecem você. Ela sabe que eu serei como vocês... um dia."
"Ela está errada. Ela também viu você morta, mas isso também não aconteceu".
"Você nunca vai me pegar apostando contra Alice".
Nós olhamos um para o outro por um longo tempo. Estava silencioso, exceto pelo barulho das máquinas, o bipe, as gotas, o tique do grande relógio na parede. Finalmente a expressão dele se suavisou.
"Então onde isso nos deixa?", eu imaginei.
Ele gargalhou sem humor.
"Eu acredito que se chama impasse".
Eu suspirei.
"Ouch", eu murmurei.
"Como você está se sentindo?", olhando para o botão da enfermeira.
"Eu estou bem", eu mentí.
"Eu não acredito em você", ele disse gentilmente.
"Eu não vou voltar a dormir".
"Você precisa descansar. Toda essa discussão não faz bem a você".
"Então desista", eu provoquei.
"Boa tentativa". Ele alcançou o botão.
"Não!"
Ele me ignorou.
"Sim?", o comunicador na parede respondeu.
"Eu acho que estamos prontos para mais remédios para a dor", ele disse calmamente, ignorando minha expressão furiosa.
"Eu vou mandar a enfermeira", a voz parecia muito entediada.
"Eu não vou tomar", eu prometi.
Ele olhou na direção do saco de flúidos ao pendurada do lado da minha cama.
"Eu acho que eles não vão te pedir pra engolir nada".
O meu coração começou a bater forte. Ele viu o medo nos meus olhos e suspirou frustrado.
"Bella, você está sentindo dor. Você precisa relaxar pra se curar. Por que você está sendo tão difícil? Eles não vão mais colocar agulhas em você".
"Eu não estou com medo das agulhas", eu murmurei. "Eu estou com medo de fechar meus olhos".
Então ele sorriu o seu sorriso torto, e pegou meu rosto entre as mãos dele.
"Eu disse que não vou pra lugar nenhum. Não tenha medo. Enquanto isso te fizer feliz, eu vou ficar aqui".
Eu sorrí de volta, ignorando a dor nas minhas bochechas.
"Você está falando de pra sempre, sabe".
"Oh, você vai superar isso - é só uma paixonite".
Eu balancei minha cabeça sem acreditar - isso me deixou tonta.
"Eu fiquei chocada quando Renée comprou essa. Eu sei que você sabe mais que isso".
"Isso é a beleza de ser humano", ele me disse. "As coisas mudam".
Meus olhos reviraram.
"Não segure o fôlego".
Ele estava sorrindo quando a enfermeira entrou, segurando uma seringa.
"Com licença", ela disse bruscamente pra Edward.
Ele se levantou e cruzou o pequeno quarto, se encostando na parede.
Ele cruzou os braços e esperou. Eu mantive meus olhos nele, ainda apreensiva. Ele encontrou meus olhos calmamente.
"Aí está, meu bem". A enferemeira sorriu enquanto enjetava o medicamento no tubo. "Você vai se sentir melhor agora".
"Obrigada", eu murmurei, sem entusiasmo. Não demorou muito. Eu pude sentir a sonolência invadir minha corrente sanguínea quase imediatamente.
"Eu acho que isso será suficiente", ela disse enquanto minhas pálpebras se fechavam.
Ela deve ter deixado o quarto, porque alguma coisa suave e gelada estava tocando o meu rosto.
"Fique", a palavra saiu mal articulada.
"Eu fico", ele prometeu. A voz dele era linda, como uma canção de ninar. "Como eu já disse, enquanto isso te fizer feliz... enquanto isso for o melhor pra você".
Eu tentei balançar a minha cabeça, mas ela estava pesada demais.
"Não é a mesma coisa", eu murmurei.
Ele riu.
"Não se preocupe com isso agora, Bella. Você pode discutir comigo quando acordar".
Eu acho que sorri.
"Tá".
Eu pude sentir os lábios dele no meu ouvido.
"Eu te amo", ele sussurrou.
"Eu também".
"Eu sei", ele sorriu baixinho.
Eu virei minha cabeça levemente... procurando. Ele sabia o que eu estava procurando. Seua lábios tocaram o meus gentilmente.
"Obrigada", eu suspirei.
"Á disposição".
Eu já não estava mais completamente lá. Mas eu lutei contra o torpor lentamente. Havia só mais uma coisa que eu queria dizer pra ele.
"Edward?", eu lutei pra pronunciar o nome dele claramente.
"Sim?"
"Eu aposto na Alice", eu murmurei.
E então a noite se fechou sobre mim.


CONTINUA... (Últimas Emoções)

Agradecimentos:

Amanda, Ana, Aninha, Bibinha, Clarinha, Dulce Amargo, Fe, Fernanda, Ila, Júlia, Leeh, Lia, Naty e todos presentes... Obrigada, Amo Vcs!

Bibinha, ain amiga eu sei que é você, num precisa ficar falando não, acho que não tem outra Debora sabe, huahuaa... pode dexar que eu sei quem é você, hihi... ain amiga eu te mandei, bom, qualquer coisa eu vo te mandar de novo tá ok?!? Mas olha o seu email para ver se eu ñ te mandei msm... bom tudo bem então, agora eu vo indo, bjaum pra ti, se cuida...

Bom povo, só postando mesmo, e será que o br num volta não?!? Pq ain mesmo assim eu estou com saudade de lá, hihi... bjoo, amo vcs!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

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~ Dificil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer.
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Comunidade das WebNovelas

NOME: “Prazer Proibido”
AUTORA: Carole Mortimer!!

CAPITULO II

Anahí: Tem certeza de que não quer vir? — insistiu Anahí. — Vai ser divertido.
Dulce: Não estou a fim de um passeio de barco — Dulce explicou, o nariz enfiado num ótimo livro de mistério.
Anahí riu.
Anahí: Não é exatamente um passeio de barco. Afinal de contas, ir até a França para passar o dia não é só um passeio de barco.
Dulce apoiou o queixo nos joelhos; estava de tênis já velhos e uma blusa aberta no pescoço, por causa do calor.
Dulce: Para mim, é. Mesmo porque, não quero ir para à Fran­ça; estou muito bem aqui.
Anahí: Mas você pode ler esse livro a qualquer hora!
Dulce: E também posso ir para a França a qualquer hora! Sabe que trabalho numa agência de turismo e consigo des­conto nas passagens.
Anahí: Mas esta viagem não custaria nada.
Dulce: Não quero ir — repetiu Dulce, firme. — Ainda não esqueci a última vez que você me convenceu a ir a um lugar onde eu não queria! — Ao dizer isso, Dulce passou a mão sobre o lábio, ainda machucado, mesmo depois de uma semana. — Todos no escritório acharam que alguém tinha me assaltado.
Anahí: Não foi minha culpa se Christopher Uckermann se encantou por você.
Dulce concordou com a cabeça,
Dulce: Ainda bem que agora parou de telefonar! — disse, lembrando-se que ele tinha telefonado durante cinco dias seguidos. Mas há dois dias Dulce não sabia mais dele.
Anahí: Ainda bem, por quê? Você já estava começando a amo­lecer. — Anahí caçoou dela.
Dulce: Claro que não. — Mas Dulce sabia que sua negação não parecia muito real. — Estou contente que ele tenha parado.
Anahí: Talvez não tenha e esteja tentando uma maneira di­ferente de se aproximar.
Dulce: Fazendo com que a distância me faça sentir falta? — Dulce perguntou, desconfiada.
Anahí: Alguma coisa no gênero.
Dulce: Se foi isso, não deu resultado.
Anahí: Tem certeza?
Dulce: Absoluta.
Anahí: E por que você não vem, hoje? — Anahí insistiu mais uma vez. — Tem o tempo exato para se arrumar. Rodrigo vai chegar daqui a uns dez minutos. Não quer mudar de idéia?
Dulce: Não, não quero. Tive uma semana dura e só quero deitar aqui e relaxar. — Dulce espreguiçou-se e bocejou, cansada.
Anahí: Poderia descansar no barco.
Dulce: Não, obrigada. Conheço aquela turma. A gente tem que lutar o tempo todo contra aqueles homens que só pen­sam em sexo. Por falar nisso, você tem visto bastante Rodrigo esta semana, não é?
Anahí ficou corada com a observação e comentou:
Anahí: Ele não pensa só em sexo...
Dulce: Quer dizer, então, que ele mudou?
Anahí: Não, sua boba — disse Anahí, sorrindo, — O que quero dizer é que ele não tem agido assim comigo. Ele até achou ruim que eu tivesse usado aquele vestido na festa de Christopher Uckermann.
Dulce: E eu gostaria que você não tivesse me convencido a usar o seu vestido. Christopher teve uma impressão errada a meu respeito. Acho que o vestido fica muito bem em você, mas em mim... como tenho muito mais busto que você, parecia provocante demais, um perfeito convite!
Anahí: É. Ele se sentiu convidado e atacou com força!
Dulce: Com força demais! Ele me assusta. Parece sempre tão... tão convencido, tão arrogante!
Anahí: Desde que ele consiga fazer você sentir alguma coisa, já considero isso um progresso.
Dulce: Como, um progresso?
Anahí: Você está sem emoção nenhuma, apática, desde que Michael morreu.
Dulce: Sei que não tem sido fácil conviver comigo, Anahí. E que depois de Michael, acho difícil viver com qualquer pessoa.
Anahí: Sei disso, minha querida — Anahí apertou a mão da prima. — Saiba que não é difícil viver com você, pelo con­trário. O que acontece é que parece que você perdeu a von­tade de viver; se fechou dentro de si mesma e não quer contato com ninguém. Gostaria tanto que você pusesse uma pedra sobre tudo isso e voltasse a ser o que era antes.
Dulce: Não se pode voltar para trás, Anahí. 0 que aconteceu, aconteceu, e não se pode mudar. Jamais serei a mesma pessoa novamente.
Anahí: Ainda gostaria que... — A campainha a interrompeu. — Deve ser Rodrigo e ainda não estou pronta. Seja um amor, atenda-o enquanto acabo de pentear o cabelo.
Dulce: Está bem.
Anahí: E trate de não seduzir o meu namorado...
Dulce: Até que não é má idéia.
Dulce abriu a porta e convidou Rodrigo para entrar. Foram até a sala. Ele estava muito bem, com calça e camisa bran­cas, parecendo saudável e atraente.
Rodrigo: Ainda não está pronta, Dulce?
Dulce: Não vou — disse ela, cruzando as pernas ao sentar.
Rodrigo: Não vai? Mas... — Ele se voltou para Anahí, que vinha entrando na sala. — Dulce acabou de me dizer que não vai!
Anahí: Já sabia — disse Anahí.
Seria imaginação de Dulce, ou realmente Anahí e Rodrigo trocaram olhares?
Dulce: Minha presença é assim tão importante? Tenho certeza de que preferem ficar sozinhos a ter a companhia de uma terceira pessoa.
Rodrigo: A verdade é que gostaríamos muito que viesse conosco — disse Rodrigo.
Anahí: Já disse tudo isso a ela, Rodrigo — falou Anahí, pegando a bolsa. — Ela consegue ser muito teimosa quando quer.
Rodrigo: Mas...
Anahí: Ela não quer ir, Rodrigo — Anahí disse, firme. — E nada vai mudar a opinião dela.
Desta vez não era impressão. Havia alguma coisa que eles sabiam e Dulce não. Anahí tinha enfatizado muito a palavra "nada". Que haveria por trás disso tudo?, pensou Dulce.
Dulce: Tem alguma coisa que ainda não me contaram? — Dulce perguntou.
Anahí: Por que pergunta isso? — quis saber Anahí.
Dulce: Pelo seu jeito. Há alguma coisa?
Rodrigo: Bem, na verdade... — Rodrigo começou, -
Anahí: Não. — Anahí o interrompeu. — Não há nada. Va­mos, Rodrigo?
Rodrigo: Mas...
Anahí: Vamos, Rodrigo? — Anahí insistiu. Rodrigo suspirou, concordando. Mas disse:
Rodrigo: Está certo, vamos. Mas ele não vai gostar nada disso.
Dulce: Ele? — Dulce perguntou, cheia de suspeita. — E quem é ele?
Anahí olhou para Rodrigo com raiva.
Anahí: Agora veja o que conseguiu, Rodrigo! Não tinha intenção nenhuma de contar que ele estava por trás do convite.
Dulce: Já vi que "ele" é Christopher Uckermann, não é?
Rodrigo: É ele mesmo — disse Rodrigo. E, virando-se para Anahí continuou: — Que adianta mentir, Anahí? Christopher quer que você vá, Dulce.
Dulce: Isso é o que você queria dizer com "uma maneira diferente de se aproximar"? — Dulce perguntou zangada à prima.
Anahí: Está vendo o que conseguiu fazer, Rodrigo? — Anahí estava furiosa com Rodrigo. — Por que não ficou quieto?
Dulce: Ainda bem que ele não ficou quieto, Anahí. Então, hoje eu deveria ir como companhia para Christopher Uckermann! Mi­nha nossa! Esse homem é petulante! Será que não consegue receber um não como resposta?
Anahí: Acho que há muitos anos ninguém lhe diz não. É uma experiência nova para ele — disse Anahí.
Dulce: Então essa nova experiência vai continuar. A resposta ainda é não.
Rodrigo: Seja razoável, Dulce — disse Rodrigo. — Christopher não é uma pessoa fácil de se lidar. Pode ser muito ruim, se quiser.
Dulce: Sei disso — Dulce respondeu, com amargura. — Mas não tenho que dizer sim. Outras mulheres talvez tenham sido obrigadas a fazer o que ele quis; sei muito bem como ele é influente no mundo dos artistas.
Rodrigo: Não vamos exagerar — disse Rodrigo. — Ele nunca pre­cisou usar de chantagem para conseguir mulher nenhuma. Quando disse que ele podia se tornar muito ruim, quis dizer no modo de agir, nas palavras que usa. Que eu saiba, nunca usou a própria influência contra ninguém.
Dulce: Com ninguém, a não ser comigo. Ele estava usando vocês para conseguirem me arrastar a esse passeio, hoje. Mas tudo que conseguiu foi aumentar a distancia entre nós. Diga-lhe que o plano falhou, que não gosto dele e não quero sair com ele.
Rodrigo: Mais uma nova experiência. A maioria das mulheres que conheço adorariam ter a oportunidade de estar com ele — disse Rodrigo, achando incrível aquela reação de Dulce.
Dulce: Então elas que fiquem com a oportunidade — con­cluiu Dulce.
Anahí: Vamos embora, Rodrigo — Anahí passou o braço no de Rodrigo —, vamos antes que você estrague mais a situação. Já se intrometeu bastante por um dia.
Rodrigo: Como podia saber que você não tinha contado a Dulce que o convite partiu de Christopher?
Anahí: Devia ter usado um pouco de intuição.
Dulce: Por favor, não discutam mais sobre isso. Não vale a pena — falou Dulce.
Anahí se inclinou e beijou o rosto da prima.
Anahí: Desculpe, querida. Fiz apenas o que achei que seria melhor para você.
Dulce: Tentando me envolver com Christopher Uckermann?
Anahí: Com qualquer homem, não importa qual.
Dulce: Obrigada! — E Dulce parecia mesmo aborrecida. Anahí suspirou.
Anahí: Sabe o que eu quis dizer. Estava apenas tentando ajudar.
Dulce: Posso muito bem passar sem essa espécie de ajuda — disse Dulce, ainda aborrecida.
Anahí: Está bem. Sei quando perdi a luta. Tenha um dia gostoso.
Dulce: Você também. E não se preocupem em voltar logo por minha causa. Fico muito bem sozinha.
Rodrigo: Não tinha mesmo intenção de voltar logo — disse Rodrigo.
Anahí: Não seja um mau perdedor — disse Anahí, caçoando de Rodrigo.
Rodrigo: E que vou dizer a Christopher? Ele vai ficar furioso! — queixou-se Rodrigo.
Anahí: Vamos pensar em alguma coisa para dizer — co­mentou Anahí.
Dulce: Digam a verdade: que não estou interessada. — Dulce voltou a ler o livro, fingindo um interesse que na verdade não sentia, até que os dois saíssem.
Aí, recostou-se no sofá e ficou pensando. Christopher Uckermann tinha sido muito petulante ao usar sua própria prima para obrigá-la a estar com ele. Tinha certeza de que a idéia de conservar a pre­sença dele em segredo tinha partido dele mesmo.
Ainda bem que ela havia resistido ã insistência de Anahí. Não queria tornar a encontrar Christopher Uckermann, de jeito ne­nhum. Ele era uma tentação e ela tinha medo de que sua decisão não fosse tão firme como parecia.
O livro, que até então parecera bom, não prendia mais a sua atenção; seus pensamentos vagavam, relembrando coisas que só lhe traziam dor e sofrimento. Por que era sempre Christopher Uckermann que a fazia voltar a pensar em tudo que queria es­quecer? Por que ele conseguia fazê-la ficar ao mesmo tempo zangada e à vontade? O que é que ele tinha que conseguia...
Seus pensamentos foram interrompidos pela campainha da porta que tocava insistentemente. Levantou-se e foi aten­der. Não estava esperando ninguém. Só se fosse alguém procurando por Anahí.
Ficou de boca aberta ao ver quem estava de pé, na porta.
Era Christopher Uckermann, muito atraente em sua roupa esporte, um raio de sol iluminando seus cabelos castanho-claros.
Dulce: O que quer? — ela perguntou, áspera.
Chris: Quero entrar.
Dulce: Por quê?
Chris: Porque não quero ficar falando com você aqui de pé — ele falou com delicadeza, não se impressionando com o tom dela.
Mesmo assim ela não o convidou para entrar.
Dulce: O que está fazendo aqui?
Christopher não esperou mais que ela o convidasse. Passou por ela e entrou na sala.
Chris: Lugar gostoso — disse e sentou-se.
Dulce: Gostamos muito daqui. — Olhando bem para ele, Dulce observou friamente: — Não me lembro de ter lhe dito para entrar.
Ele sorriu e recostou-se melhor no sofá, esticando bem as pernas para a frente.
Chris: Se esperasse pelo seu convite, ainda estaria de pé na porta. Sente-se, Dulce, e sossegue.
Dulce: Sossegar? Com você? Não posso estar sossegada perto de alguém em quem não confio.
Ele suspirou e com voz paciente disse:
Chris: Sei que sofreu muito, mas...
Dulce: Que quer dizer com isso?
Chris: Sei que perdeu o seu marido muito jovem. Mas não pode deixar que isso estrague o resto de sua vida.
Dulce deu um sorriso amargo.
Dulce: Você não sabe de nada, portanto não me venha com conselhos.
Chris: Você é jovem demais para ser enterrada junto com o seu marido. Precisa continuar a viver e não se afogar em memórias do passado.
Dulce: Cuide de sua própria vida! — Os olhos de Dulce soltavam fagulhas de ódio. — Ninguém convidou você para vir aqui, e nem pediu seu conselho; portanto, por que não vai embora?
Chris: Não — ele respondeu com calma. — Por que não foi para o passeio de barco, com Anahí e Rodrigo?
Dulce: Eles não lhe disseram?
Chris: Disseram uma porção de coisas: que você estava cansada e queria passar o dia descansando, que enjoava no mar e muitas outras desculpas. Mas o motivo real estava muito claro.
Dulce: Já tinha dito a Rodrigo que não iria, antes mesmo de saber que você estaria lá — disse Dulce, defendendo-se.
Chris: Sei disso. Não sou tão ruim assim. Não vou fazer nada contra Rodrigo porque ele deixou escapar que eu também estaria presente.
Dulce: Não me incomodo a mínima com o que você vai fazer. — Ela cruzou as pernas e sentou-se o mais longe possível de Christopher.
Chris: Achei mesmo que não ia ligar. — Inclinou-se para a frente. — Sabe, você parece uma garotinha sentada assim sobre as pernas cruzadas.
Dulce: Mas pode ficar certo de que não sou uma garotinha!
Chris: Graças a Deus. — Ele sorriu. — Mesmo com vinte e dois anos, você parece um pouco jovem demais para mim; mais jovem do que isso não daria nem para pensar.
Dulce: Pensar no quê?
Chris: Em seduzir você.
Dulce levantou-se no mesmo instante e ficou por trás da cadeira, como se esta pudesse protegê-la.
Dulce: É melhor ir embora — ela falou, bem seca. Ele nem se mexeu.
Chris: Já disse que não, Dulce. Vou conseguir você, por isso é melhor se render sem lutar.
Dulce: Luto com você ou com quem tente chegar perto de mim.
Chris: Amava tanto assim seu marido?
De repente ela se sentiu calma de novo, o rosto sem nenhuma expressão.
Dulce: Meus sentimentos por meu marido só interessam a mim mesma.
Chris: Essa sua máscara cai de vez em quando, não é, Dulce? De vez em quando minha Dulce muito fria se torna uma mulher ardente, tão ardente como já deve ter sido anterior­mente, não é, Dulce? Alguém mais a faz ficar assim em fogo? — ele continuou, ousado. — Algum outro homem a faz ficar tão ardente como eu consigo fazer?

CONTINUA...

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NOME: “Reino dos Sonhos”
AUTORA: Judith McNaght!!

CAPÍTULO 12

Godfrey: Temos visita - anunciou Godfrey ao entrar no salão, e a seguir mirou com gesto carrancudo os cavalheiros que sentados à mesa comiam. Doze pares de mãos se detiveram imediatamente, e os rostos se voltaram para ele com expressão de alerta. -Um grande grupo que trás o estandarte do rei se dirige para cá. São muitos para tratar-se de simples mensageiros. Lionel os viu no caminho. Diz que acredita ter reconhecido Graverley. - Olhou para a galeria e perguntou: - Onde está Christopher?
Eustace: Saiu para passear com nossa refém - respondeu Eustace com aspereza. - Não estou certo de saber para onde foram.
Arik: Eu sei. Irei avisar - interveio Arik, e depois de ficar de pé abandonou a estadia a grandes passadas, seguro de si mesmo. Mas a expressão pétrea e distante que o caracterizava se viu escurecida por um olhar de preocupação que tornou mais profundas as rugas que sulcavam seu bronzeado rosto.
A risada musical de Dul se espalhou como sinos agitados por uma repentina rajada de vento, e Christopher sorriu enquanto ela se apoiava contra o tronco situado junto a ele, com os ombros trêmulos pela risada e as bochechas ligeiramente afogueadas.
Dulce: Não…, não acredito - disse ao mesmo tempo em que enxugava algumas lágrimas de riso. - Isso não é mais que uma mentira que acaba de inventar.
Chris: É possível - admitiu ele.
Estendeu as pernas para frente e não pôde evitar sorrir diante do contagioso som da risada dela. Essa manhã quando os servos entraram no dormitório e descobriram Dul no leito de seu senhor, quase foi doloroso sentir a expressão de angústia da moça ao se ver descoberta daquele modo com ele. Transformou-se em sua amante, e tinha a certeza de que todo o castelo estaria falando disso. Ainda assim, naturalmente, era certo. Depois de considerar a alternativa de mentir ou de tentar seduzi-la para que esquecesse suas preocupações, Christopher decidiu que o melhor que podia fazer era afastá-la do castelo durante algumas horas a fim de que relaxasse um pouco. Tinha sido uma decisão prudente, decidiu ao observar agora os olhos cintilantes e a tez brilhante de seu rosto.
Dulce: Deve acreditar que sou estúpida se pensa em me enganar com uma mentira como essa - disse Dul, que tratou de o olhar-lho com severidade, sem conseguir.
Christopher sorriu, mas negou com a cabeça.
Chris: Não, está completamente enganada.
Dulce: Completamente? - repetiu Dul. - O que quer dizer?
Chris: Que o que quer que você pense não era mentira - explicou Christopher com um sorriso. - E tampouco acredito que alguém possa lhe enganar facilmente. - Fez uma pausa, à espera que ela respondesse. Ao sentir que não iria, acrescentou: - Isso foi um cumprimento.
Dulce: OH! - exclamou Dul, assombrada, e em tom vacilante, acrescentou: - Obrigada.
Chris: Além disso, longe de considerá-la estúpida, acredito que é uma mulher extraordinariamente inteligente.
Dulce: Obrigada de novo! - apressou-se a responder Dul.
Chris: Isso, por outro lado não foi um cumprimento - disse Christopher.
Dul lhe dirigiu um olhar de pretensa indignação, exigindo em silêncio uma explicação. Christopher a ofereceu ao mesmo tempo em que estendia a mão e lhe acariciava sua face.
Chris: Se fosse menos inteligente, não dedicaria tanto tempo em considerar todas as possíveis conseqüências de pertencer a mim e se limitaria a aceitar sua situação, assim como os benefícios de que ela lhe traria. - Christopher desviou significativamente o olhar para o colar de pérolas que nessa mesma manhã tinha insistido em lhe colocar ao redor do pescoço, depois de lhe entregar todo o estojo de jóias.
Dul não pôde reprimir um gesto de indignação, mas Christopher continuou com uma imperturbável lógica masculina.
Chris: Se fosse uma mulher de pouca inteligência, só se preocuparia com as questões que interessam a uma mulher, como moda, dirigir uma casa e o cuidado das crianças. Não se torturaria com temas como lealdade e patriotismo.
Dul o olhou fixamente.
Dulce: Aceitar minha situação? - disse em tom de incredulidade. - E eu não estou em uma situação, como tratou de insinuar tão agradavelmente. Vivo no pecado com um homem, desafiando assim os desejos de minha família, de meu país e de meu Deus todo-poderoso. E, além disso - acrescentou, deixando entrever seu temperamento, - me pareceu muito claro que me recomendou pensar somente em questões de mulheres, como dirigir uma casa e cuidar das crianças, mas foi precisamente você quem me roubou o direito dessas coisas. Será sua esposa quem irá dirigir seu lar, e não me resta a menor duvida de que fará todo o possível para transformar minha vida em um verdadeiro inferno, e…
Chris: Dulce - interrompeu-a ele contendo a risada, - como sabe muito bem, não sou casado.
Christopher compreendia que boa parte do que ela dizia era certo, mas oferecia um aspecto tão encantador, com aqueles chamejantes olhos de cor safira e aquela boca tão desejável, que ficava difícil se concentrar. A única coisa que desejava na realidade era tomá-la em seus braços e embalá-la como uma gatinha zangada.
Dulce: Ainda não está - argumentou Dul com amargura. - Mas algum dia escolherá uma esposa, provavelmente logo…, e será uma inglesa! Uma inglesa, com água gelada nas veias, com o cabelo da cor de um camundongo e um nariz pequeno e bicudo que com os anos ficará vermelho e começará a gotejar…
Christopher não pôde evitar soltar uma gargalhada. Levantou a mão em um gesto zombador de defesa e disse:
Chris: Cabelo da cor de um camundongo? Acha que isso é o melhor que posso conseguir? E eu que esperava ter uma esposa loira, com uns grandes olhos verdes e…!
Dulce: E grandes lábios rosados, e grandes… - Dul levou as mãos aos seios e quando caiu em si do que estava a ponto de dizer, deteve-se na metade da frase.
Chris: Sim - animou-a Christopher em tom zombador. - E grandes o que?
Dulce: Orelhas! - respondeu ela, enfurecida. - Mas seja qual for o aspecto que tenha, a questão é que transformará minha vida em um verdadeiro inferno.
Incapaz de conter-se por mais tempo, Christopher se inclinou para ela e lhe roçou o pescoço com os lábios.
Chris: Farei um trato com você - sussurrou, beijando-a na orelha. - Escolheremos uma esposa que agrade a nos dois.
E nesse mesmo instante, Christopher sentiu que sua obsessão por Dulce nublava seu pensamento. Não podia se casar e conservar ao mesmo tempo Dulce, e sabia. Apesar de suas brincadeiras, não era tão cruel para contrair matrimônio com Mary Hammel, ou com qualquer outra mulher, e depois obrigar Dulce a sofrer a indignidade de permanecer como sua amante. Na noite anterior provavelmente tivesse considerado essa possibilidade, mas não agora, não depois que se deu conta do quanto ela tinha tido que suportar em sua breve e jovem vida.
Christopher se perguntou com preocupação como a tratariam os “queridos” homens de seu clã quando retornasse para seu lado, depois de ter compartilhado a cama com seu inimigo.
A alternativa de permanecer solteiro, de não ter filhos e herdeiros, parecia-lhe pouco atraente e, de fato, inaceitável. De forma que só restava se casar, e isso também era impossível. Não podia contrair matrimônio com ela e ficar parentes dos seus inimigos jurados; inimigos, por outro lado, que sua esposa devia lealdade. Um matrimônio dessas características, só faria transformar em campo de batalha seu próprio salão quando ele tentasse procurar paz e harmonia. O simples feito de que a inocente paixão e a abnegada entrega de Dul na cama produziu nele um prazer tão delicioso, mas essa não era razão suficiente para submeter-se a uma vida de lutas contínuas. Por outro lado, ela era a única mulher que tinha feito amor com ele, não com a lenda em que ele se transformou. E o fazia rir como nenhuma outra mulher tinha feito; possuía coragem e sabedoria, e um rosto encantador. Finalmente, por último embora não por isso não menos importante, era uma mulher direta e honesta, e isso o desarmava completamente.
Christopher não podia esquecer a sensação que experimentou na noite anterior quando ela colocou a honestidade, por cima do orgulho, e admitiu que, uma vez na cama, não teve o desejo de abandoná-la. Uma honestidade assim era algo muito raro de encontrar, especialmente em uma mulher. Significava que podia confiar em sua palavra.
Naturalmente, todas essas coisas não eram razões suficientes para destruir os planos que tão cuidadosamente ele tinha esboçado para seu futuro.
Por outro lado, tampouco constituíam um incentivo para oferecer a ela.
Christopher levantou o olhar quando os guardas do castelo fizeram soar uma só vez seus trompetes, para indicar que visitantes não hostis se aproximavam.
Dulce: O que significa isso? - perguntou Dul, sobressaltada.
Chris: Suponho que é o correio do Henrique - respondeu Christopher ao mesmo tempo em que voltava o olhar para o caminho que conduzia ao castelo. Se fossem, estavam chegando muito antes do que tinha esperado. - De qualquer forma, são amigos.
Dulce: Seu rei sabe que sou sua refém?
Chris: Sim. - Embora não gostasse do rumo que tomava a conversa, o conde compreendeu a preocupação que ela devia sentir por seu próprio destino, e acrescentou: - Enviei-lhe uma mensagem faz uns dias, depois de terem chegado ao meu acampamento, junto com minhas mensais pessoais.
Dulce: Serei enviada para alguma parte, uma masmorra ou…? - perguntou com voz tremula.
Chris: Não - apressou-se a responder o Lobo. - Permanecerá sob meu amparo. Pelo menos no momento - acrescentou vagamente.
Dulce: Mas e se o rei ordenar outra coisa?
Christopher voltou à cabeça para ela e respondeu em tom determinante:
Chris: Não fará. Ao Henrique não importa como obtenho as vitórias para ele. Se o fato de que seja minha refém faça com que seu pai deponha as armas e se renda, a vitória seria ainda melhor, visto que não terá existido derramamento de sangue. - Ao sentir que o tema fazia com que Dul ficasse tensa, deixou-o de lado com uma pergunta que vinha rondado sua mente durante toda a manhã. - Quando seus meio-irmãos começaram a voltar para clã contra você, por que não expôs o problema a seu pai, em vez de tentar escapar imaginando um reino de sonho? Seu pai é poderoso e teria podido resolver o problema tal como eu teria feito.
Dulce: E como você teria feito? - perguntou Dul com o mesmo sorriso involuntariamente provocador que sempre o fazia experimentar a necessidade de tomá-la entre seus braços e beijá-la nos lábios.
Chris: Teria ordenado que desistissem de suas suspeitas - respondeu Christopher com maior veemência do que tivesse desejado.
Dulce: Não fala como um senhor, mas sim como um guerreiro - observou. - Não pode controlar os pensamentos das pessoas, porque dessa forma só conseguirá aterrorizá-la, mas nem por isso pode fazer com que mudem de opinião.
Chris: O que seu pai fez? - perguntou Christopher desafiando as observações de Dul.
Dulce: No momento em que Becky se afogou, lembro que meu pai estava fora, participando de alguma batalha.
Chris: E quando retornou da lutar contra mim - acrescentou Christopher com um sorriso irônico, - o que fez?
Dulce: Então já circulavam todo tipo de rumores sobre mim, mas meu pai acreditou que eu exagerava e que todo aquele falatório terminaria por desaparecer. Como ve - acrescentou diante da expressão de desaprovação de Christopher, - meu pai não dar muita importância ao que chama “questões de mulheres”. Gosta muito de mim – afirmou, mas para Christopher pareceu mais lealdade que sentimentos sobre tudo tendo em conta que tinha elegido ao Balder como marido para sua filha, - mas para ele as mulheres são…, bom, menos importantes que os homens. Casou-se com minha madrasta porque éramos parentes e porque ela tinha três filhos saudáveis.
Chris: E preferiu ver seu título nas mãos de parentes longínquos antes de oferecer a você e, provavelmente, a seus próprios netos? - disse Christopher com um tom de desaprovação que apenas se incomodou em esconder.
Dulce: O clã significa tudo para ele, e é assim como deve ser - replicou Dulce, cuja lealdade a impulsionava a falar com veemência. - Não acreditava que eu, como mulher, fosse capaz de ganhar sua lealdade e guiá-los…, embora o rei Jacob lhe tivesse permitido me passar o título, o que de qualquer forma teria constituído um problema.
Chris: Ele tomou a iniciativa de expor o problema ao Jacob?
Dulce: Não, não fez. Mas, como já lhe havia dito, meu pai não duvidava de mim como pessoa. Tratava-se, simplesmente, porque sou mulher e, como tal, estou destinada a outras coisas.
Ou a outros, pensou Christopher sem poder dissimular seu aborrecimento.
Dulce: Não compreende meu pai porque não o conhecem. É um grande homem e todos sentem por ele o mesmo eu. Nós…, todos daríamos a vida por ele se… - Por um instante, Dul acreditou ter se tornado louca ou cega, pois de pé no interior do bosque, olhando-a, com um dedo apertado sobre os lábios em sinal de que guardasse silêncio, viu seu meio-irmão Christian. - Se nos pedisse isso.
Christopher não sentiu a mudança repentina de seu tom de voz. Estava ocupado tentando reprimir uma irracional onda de ciúmes ao comprovar que o pai de Dul despertava nela essa devoção cega e absoluta.
Dul fechou os olhos com força e voltou a abri-los para olhar com maior atenção. Christian havia tornado a se esconder entre as sombras do bosque, mas ainda podia ver a beirada de seu casaco verde. Christian estava ali! Tinha vindo para libertá-la. Ao se dar conta disso, ficou feliz e uma alegria e um alívio imenso saiu de seu peito.
Chris: Dulce…
A voz serena e grave de Christopher Westmoreland fez com que Dul afastasse o olhar do lugar onde Christian já tinha desaparecido.
Dulce: Sim? - falou.
Quase esperava que o exército de seu pai surgisse a qualquer momento do bosque e algum de seus homens matasse Christopher ali mesmo. Matá-lo! A simples idéia fez com que se formasse um nó na garganta. Dul ficou de pé, obcecada pela necessidade de afastá-lo o do bosque ao mesmo tempo em que ela planejava se introduzir no bosque.
Christopher franziu o cenho ao observar que a moça empalidecia.
Chris: O que ocorre…? Parece…
Dulce: Inquieta! - interrompeu-o ela. - Sinto necessidade de caminhar um pouco. Eu…
Christopher se levantou e abriu a boca para perguntar qual era a razão de sua inquietação quando viu Arik subindo a colina.
Chris: Antes que Arik chegue ao nosso lado - disse-lhe, - quero que saiba algo.
Dul se voltou, e sentiu que o sangue gelava ao ver Arik, ao mesmo tempo em que uma insensata sensação de alívio se apoderava dela. A presença de Arik, significava que Christopher contaria com a ajuda de alguém para enfrentar seus atacantes. Mas nesse caso seu pai, ou Christian ou qualquer dos de seu clã podiam ser mortos.
Chris: Dulce… - disse Christopher, exigindo sua atenção.
Dul se voltou para ele e o olhou atentamente.
Dulce: Sim?
Se os homens de seu pai se dispunham a atacar Christopher, já deveriam estar avançando entre as árvores do bosque; ele nunca seria mais vulnerável que nesse momento. O que significava, pensou Dul precipitadamente, que Christian devia estar sozinho e tinha visto Arik. E se isso era certo, como ela esperava só teria que conservar a calma e encontrar uma maneira de retornar ao bosque assim que fosse possível.
Chris: Ninguém vai trancá-la em uma masmorra - disse Christopher com suave firmeza.
Ao contemplar aqueles olhos abrasadores, ocorreu a Dul pensar que logo, teria que se afastar dele, provavelmente ao término de uma hora, e uma dor inesperada pareceu rasgar seu peito. Certo que ele era o responsável por seu cativeiro, mas em nenhum momento a tinha submetido às atrocidades que qualquer outro teria lhe causado. Além disso, era o único homem que não a condenava por sua bravura e admirava sua coragem. Tendo em conta que ela tinha sido a causadora da morte de seu cavalo, tinha-lhe esfaqueado o rosto e o tinha ridicularizado ao escapar, teve que admitir, até para seu pesar, que a tinha tentado com algo mais que simples galanteria, embora fosse ao seu próprio estilo. De fato, se as coisas tivessem sido diferentes entre suas famílias e seus países respectivos, Christopher Westmoreland e ela teriam poderiam ter sido amigos. Amigos? Eram muito mais que isso. Eram amantes.
Dulce: Eu… sinto - disse Dul com voz sufocada. - Estava distraída. O que acaba de me dizer?
Chris: Eu disse que não quero que pense que corre perigo - respondeu ele, que não podia evitar se sentir preocupado diante da expressão de pânico de Dul. – E quanto chegar o momento de enviá-la de volta para casa, estará sob meu amparo.
Dul assentiu com um gesto e, emocionada, sussurrou:
Dulce: Sim. Obrigada.
Ao acreditar, incorretamente, que ela o agradecia, Christopher sorriu.
Chris: Se importaria de expressar sua gratidão com um beijo?
Para seu próprio assombro, Dul não necessitou que ele insistisse. Jogou os braços em seu pescoço e lhe deu um beijo nos lábios que era em parte de despedida e em parte de temor, enquanto deslizava as mãos pelos poderosos músculos de suas costas como se tentasse assim memorizar seus contornos.
Quando deixaram de se beija, Christopher a olhou, sem deixar de abraçá-la.
Chris: Meu Deus - sussurrou. Começava a inclinar de novo a cabeça, quando se deteve ao ver que Arik chegava. - Maldição, Arik já está aqui.
A tomou pelo braço e a conduziu para o gigante, mas quando chegaram ao seu lado, ele levou seu senhor à parte e falou com rapidez.
Christopher voltou o olhar para Dulce, preocupado pela desagradável noticia da chegada de Graverley.
Chris: Temos que retornar - disse-lhe, comovido pela expressão de angústia da moça. Essa mesma manhã, ela tinha se alegrado como uma menina quando lhe ofereceu sair do castelo para dar um passeio. “Estive confinada em uma tenda ou vigiada durante tanto tempo, havia dito ela, que a só idéia de passear pelo bosque faz que me sinta renascer”.
Evidentemente, pensou Christopher, o passeio ao ar livre tinha lhe feito muito bem. Lembrou o ardor de seu último beijo e se perguntou se não seria uma loucura lhe oferecer o direito de permanecer ali sem companhia de ninguém. Estava a pé, não tinha forma de conseguir um cavalo, e era bastante inteligente para saber que se tentasse escapar os cinco mil homens acampados ao redor do castelo a achariam em menos de uma hora. Além disso, podia ordenar aos guardas das torres do castelo que a vigiassem das ameia.
Com o sabor de seu último beijo ainda nos lábios e a lembrança da decisão de Dul de não tentar escapar do acampamento, tal como lhe assegurou várias noites antes, dirigiu-se para ela.
Chris: Dulce - disse-lhe em tom severo por causa de suas próprias reservas sobre a prudência do que se dispunha a lhe comunicar, - se lhe permitir ficar aqui posso confiar que não tentará escapar?
A expressão de incredulidade que apareceu em seu rosto foi à recompensa mais do que suficiente para sua generosidade.
Dulce: Sim! - exclamou Dul, incapaz de acreditar nesse golpe de sorte.
O indolente sorriso que se desenhou no bronzeado rosto de Christopher fez com que lhe parecesse elegante e quase juvenil.
Chris: Não demorarei muito - prometeu-lhe.
Viu-o se afastar em companhia de Arik e memorizou inconscientemente o aspecto que tinha: usava um casaco marrom que cobria seus largos ombros, um cinturão marrom solto ao redor da estreita cintura, usava grossas calças que destacavam os fortes músculos das coxas. A meio caminho, ele se deteve e se voltou para ela. Christopher levantou a cabeça e esquadrinhou o bosque, como se percebesse a ameaça que ali se escondia. Aterrorizada diante da perspectiva de que ele tivesse visto ou escutado algo e decidisse retornar, Dul fez a primeira coisa que lhe ocorreu: saudou-o com a mão para chamar sua atenção e sorriu para depois levar os dedos aos lábios. Foi um gesto não premeditado, um impulso imprevisto cuja única intenção era cobri a boca para evitar um grito de pânico. Christopher, entretanto, teve a impressão de que lhe lançava um beijo. Com um sorriso zombador que indicava sua complacência, levantou a mão e dirigiu a Dulce um gesto de despedida. A seu lado, Arik disse algo, e Christopher afastou sua atenção de Dulce e do bosque. Voltou-se e desceu rapidamente pela colina sem poder separar de seus pensamentos o ardente beijo que Dulce tinha lhe dado, e a resposta igualmente entusiasmada de seu próprio corpo.
- Dulce!

CONTINUA...

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ESPECIAL!!!
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NOME DO LIVRO: “Crepúsculo”
AUTORA: Stephenie Meyer!!

Eu usei a vantagem da distração pelo comentário da minha mãe pra evitar que assunto não fosse para o meu comportamento menos-cuidadoso.
"Onde está Phil?", eu perguntei rapidamente.
"Flórida - oh, Bella! Você nunca vai adivinhar! Quando estamos prestes a ir embora, as melhores notícias!"
"Phil conseguiu um contrato?", eu adivinhei.
"Sim! Como você adivinhou! Os Suns, dá pra acreditar?"
"Isso é ótimo, mãe", eu disse com todo o entusiasmo que pude, apesar de não ter a mínima idéia de quem ela estava falando.
"E você vai gostar tanto de Jacksonsville", ela esguichava enquanto eu olhava vagamente pra ela. "Eu fiquei um pouco preocupada quando Phil começou a falar de Akron, com toda aquela neve e tudo mais, porque você sabe que eu odeio o frio, mas Jacksonsville! É sempre ensolarado, e a umidade não é tão ruim assim. Nós achamos a casa mais fofa, amarela, com a ornamentação branca, e com uma entrada como a dos filmes antigos, e um enorme carvalho, e é só a alguns minutos do oceano, e você terá seu próprio banheiro..."
"Espere, mãe", eu interrompí. Edward ainda estava com os olhos fechados, mas estava tenso demais pra fingir que estava adormecido. "Do que é que você tá falando? Eu não vou para a Flórida. Eu vivo em Forks".
"Mas você não tem que viver mais, sua boba", ela riu. "Phil vai conseguir ficar mais parado agora... nós falamos muito sobre isso, e o que eu vou fazer é deixar de ir a alguns jogos, metade do tempo com ele, metade do tempo com você".
"Mãe", eu hesitei, imaginando o melhor jeito de ser diplomática sobre isso. "Eu quero viver em Forks. Eu já estou acostumada com a escola, eu tenho algumas amigas" - ela olhou pra Edward de novo quando eu falei das amigas, então eu tentei outra direção.
"Charlie precisa de mim. Ele fica sozinho lá, e ele não sabe cozinhar nem um pouco".
"Você quer ficar em Forks?", ela perguntou, desnorteada. Essa era uma idéia inconcebível para ela. E então os olhos dela Foram parar em Edward de novo. "Porque?"
"Eu te disse - escola, Charlie, ai!", eu levantei os ombros. Má idéia.
As mãos dela flutuaram por cima de mim sem poder fazer nada, tentando encontrar um lugar onde ela pudesse segurar em segurança. Ela encontrou minha testa; não haviam bandagens lá.
"Bella, querida, você odeia Forks", ela me lembrou.
"Não é tão ruim assim".
Ela fez uma careta olhando pra frente e pra trás entre Edward e eu, dessa vez muito deliberadamente.
"É esse garoto?", ela sussurrou.
Eu abri minha boca para mentir, mas os olhos dela estavam me analisando, e eu sabia que ela veria além da mentira.
"Ele é parte disso", eu admiti. Eu não precisava contar qual era o tamanho da parte. "Então, você teve uma chance de conversar com Edward?", eu perguntei.
"Sim", ela hesitou olhando para a sua forma perfeitamente imóvel. "E eu quero falar com você sobre isso".
Uh-oh.
"Sobre o que?", eu perguntei.
"Eu acho que esse garoto está apaixonado por você", ela acusou, mantendo a voz baixa.
"Eu também acho que sim", eu confiei.
"E como você se sente em relação a ele?" Ela escondeu muito mal a curiosidade na voz dela.
Eu suspirei, desviando o olhar. Não importava o quanto eu amasse minha mãe, essa não era uma conversa que eu queria ter com ela.
"Eu estou louca por ele". Aí - isso parece com algo que uma adolescente diria sobre o primeiro namorado dela.
"Bem, ele parece muito legal, e, minha nossa, ele é incrivelmente lindo, mas você é tão jovem, Bella...", a voz dela estava incerta; até onde eu podia lembrar, essa era a primeira vez desde que eu tinha oito anos que eu ouví alguma coisa aproximada de autoridade materna. Eu reconheci aquele tom razoável mas firme que nós tinhamos nas nossas conversas sobre homens.
"Eu sei, mãe. Não se preocupe. É só uma paixonite", eu acalmei ela.
"Isso mesmo", ela concordou, facilmente agradada.
Então ela suspirou e deu uma olhada cheia de culpa para o grande relógio redondo na parede.
"Você precisa ir?"
Ela mordeu o lábio.
"Phil deve ligar em pouco tempo... eu não sabia quando você acordaria..."
"Sem problemas, mãe", eu tentei não mostrar muito o alívio pra que ela se sentisse um pouco culpada. "Eu não vou ficar sozinha".
"Eu volto logo. Eu estive dormindo aqui, sabe", ela anunciou, orgulhosa de sí mesma.
"Oh, mãe, você não precisava fazer isso! Você pode dormir em casa - eu nunca iria reparar". A onda de medicamentos pra dor fazia a minha concentração dificil mesmo agora, apesar de, aparentemente, eu ter ficado dormindo durante dias.
"Eu estava nervosa demais", ela admitiu timidamente. "Aconteceu algum crime no bairro, e eu não gosto de ficar lá sozinha".
"Crime?", eu perguntei alarmada.
"Alguém invadiu aquele estúdio de dança na esquina da nossa casa e tocou fogo nele - não sobrou nada! E eles deixaram um carro roubado lá na frente. Você lembra de quando tinha aulas de dança lá, querida?"
"Eu me lembro", eu me arrepiei e estremecí.
"Eu posso ficar, bebê, se você precisar de mim".
"Não, mãe, eu vou ficar bem. Edward vai ficar comigo".
Pareceu que esse era o motivo pelo qual ela queria ficar. "Eu vou voltar á noite", isso pareceu tanto um aviso quanto uma promessa, e ela olhou para Edward de novo quando disse isso.
"Eu te amo, mãe".
"Eu te amo também, Bella. Tente ser mais cuidadosa quando anda, querida. Eu não quero perder você".
Os olhos de Edward continuaram fechados, mas um sorriso largo apareceu no rosto dele.
Uma enfermeira invadiu o quarto nessa hora pra checar meus tubos e fios. Minha mãe beijou minha testa, deu uma tapinha na minha mão com o curativo e foi embora.
A enfermeira estava checando o papel da minha avaliação e o monitor do meu coração.
"Você está se sentindo ansiosa, querida? O seu coração está parecendo um pouco rápido aqui".
"Eu estou bem", eu assegurei ela.
"Eu vou dizer á medica que está cuidando de você que você está acordada. Ela vai vir te ver em um minuto".
Assim que ela fechou a porta, Edward estava á meu lado.
"Você roubou um carro?", eu ergui minhas sobrancelhas.
Ele sorriu, sem arrependimento.
"Era um bom carro, muito rápido".
"Como foi a sua soneca?", eu perguntei.
"Interessante", os olhos dele estreitaram.
"O que?"
Ele olhou pra baixo enquanto falava.
"Eu estou surpreso. Eu pensei que a Flórida... e a sua mãe... bem, eu pensei que isso era tudo o que você podia querer".
Eu olhei pra ele sem compreender.
"Mas você ficaria preso o dia inteiro em casa na Flórida. E você só poderia sair durante a noite, como um vampiro de verdade".
Ela quase sorriu, mas não exatamente. E o rosto dele estava grave.
"Eu ficaria em Forks, Bella. Ou algum lugar assim", ele explicou. "Algum lugar onde eu não te machucasse mais".
No início eu não toquei. Eu continuei a olhar pra ele com o olhar vazio enquanto as palavras se encaixavam uma a uma na minha cabeça como um horrível quebra-cabeça. Eu mal tinha consciencia do som do meu coração acelerando, apesar de que, a minha respiração que estava hiperventilando, me deixou consciente da dor aguda das minhas costelas protestando.
Ele não disse nada; ele observou meu rosto cautelosamente enquanto uma dor que não tinha nada a ver com meus ossos quebrados, um dor que era muito pior, ameaçava me deixar aos pedaços.
E então outra enfermeira entrou propositalmente no quarto. Edward estava rígido como uma pedra enquanto ela olhava pra mim primeiro com um olho treinado e depois para o monitor.
"Está na hora dos remédios pra dor agora, querida?", ela perguntou carinhosamente, dando tapinhos no tubo de entrada.
"Não, não", eu murmurei, tentando esconder a agonia que havia na minha voz. "Eu não preciso de nada agora". Eu não podia me dar ao luxo de fechar os olhos agora.
"Não precisa ser corajosa, querida. É melhor se você não se estressar; você deve descansar".
Ela esperou, mas eu só balancei minha cabeça.
"Ok", ela suspirou. "Aperte o botão quando estiver pronta".
Ela deu uma olhada pra Edward e depois deu outra olhada ansiosa pra o monitor, antes de ir.
As mãos frias dele estavam no meu rosto; eu olhei pra ele com os olhos bem abertos.
"Shhh, Bella, acalme-se".
"Não me deixe", eu implorei com uma voz quebrada.
"Eu não vou", ele prometeu. "Agora relaxe antes que eu chame a enfermeira pra te sedar".
Mas meu coração não conseguia se aquietar.
"Bella", ele acariciou meu rosto ansiosamente. "Eu não vou a lugar nenhum. Eu vou ficar aqui até quando você precisar de mim".
"Você promete que não vai me deixar?", eu sussurrei. Eu tentei controlar a minha respiração, pelo menos. Minhas costelas estavam reclamando.
O cheiro do hálito dele era um calmante. Pareceu diminuir as dores da minha respiração. Ele continuou segurando o meu olhar enquanto meu corpo relaxava lentamente e o bipe voltava ao ritmo normal. Os olhos dele estavam escuros, mais próximos do preto do que do dourado hoje.
"Melhor?", ele perguntou.
"Sim", eu disse cautelosamente.
Ele balançou a cabeça e murmurou alguma coisa impossível de entender. Eu achei ter entendido a palavra "Reação".

CONTINUA...

Agradecimentos:

Amanda, Ana, Aninha, Bibinha, Clarinha, Dulce Amargo, Fe, Fernanda, Ila, Júlia, Leeh, Lia, Naty e todos presentes... Obrigada, Amo Vcs!

Fernanda, que bom amor que você está aqui comigo de novo, e pode dexar que eu não dexá-las sem web viu, mas agopra eu vou ter que me acostumar para poder postar 2 vezes por dia tá ok?!? Pq tbm tem provas e estas coisas ai já viu... e axo que ou ter que fazer sub sabe de algumas matérias! Bjo amor, e fico contente que você está aqui comigo!!!
Bom gente, quem tiver passando por aqui por favor tenta deixar um recadinho só para mim ver quem continua comigo, depois podem ficar de BBB só na espiadinha, é que eu só quero saber se está dando certo, tá ok?!? Beijão, amo vocês!!!