quarta-feira, 22 de outubro de 2008

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~ Dificil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer.

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WEB NOVELAS!!!
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NOME: “Prazer Proibido”
AUTORA: Carole Mortimer!!


Ela não o olhou e continuou se afastando.
Dulce: Está se elogiando demais, sr. Uckermann.
Chris: Por que não gosta que toquem em você, Dulce?
Dulce: Nossa, como odeio você! — Olhou bem firme para ele. — Quem lhe deu o direito de vir aqui para me fazer per­guntas tão pessoais? Quem você pensa que é que pode...
Chris: Vou ser seu amante, Dulce — ele a interrompeu com voz suave.
Dulce: Você o quê?
Chris: Seu amante. É isso o que vou ser.
Dulce: Mas... mas não quero um amante. — Ela estava pálida como cera. — Por favor, pare com isso. Pare com isso. — Intimamente ela se detestava por demonstrar fraqueza. — Deixe-me em paz. Oh! Christopher, por favor, deixe-me em paz. — Suas últimas palavras saíram quase como um soluço.
Ele se levantou e ficou na frente dela.
Chris: Não posso, minha Dulce tão fria. Você conseguiu me agarrar. Se é tempo o que quer, posso lhe dar; mas você tem que me deixar vê-la, estar com você, falar com você.
Ela o encarou, mostrando nos olhos todo o medo que sentia.
Dulce: Mas por que eu? Por que tem que ser eu? Há milhares de mulheres que...
A mão dele acariciando sua face interrompeu o que ela dizia; ela se afastou novamente.
Chris: Tem que ser você. Nem eu mesmo sei explicar por quê, por isso não me pergunte. Já tentei estar com outras mulheres, mas não consigo tirar você da cabeça.
Dulce: Mas... nem ao menos gosto de você — ela falou, desesperada.
Chris: Atualmente você não gosta de homem nenhum. Suas emoções estão mortas. Gostaria de estar próximo de você quando decidir começar a viver de novo. Acha que isso é pedir demais?
Dulce: Nunca mais quero me envolver com homem algum.
Chris: Mas precisa se envolver. Precisa deixar que algum tipo de relação aconteça com você.
Dulce: Mas não... não quero nenhuma relação. — Ela o olhava, pedindo com os olhos que a compreendesse — Você não entende? Não quero isso.
Chris: Está bem; esqueça isso agora. Apenas saia comigo hoje.
Dulce: Achei que tinha dito para eu esquecer tudo.
Chris: Sair para passar o dia fora não é relação nenhuma. Mandei meu cozinheiro preparar uma cesta de piquenique quando soube que não ia ao passeio de barco conosco.
Dulce: Seu cozinheiro?
Chris: Do meu barco.
Dulce: Quer dizer que de novo deixou os seus convidados? — Ela estava espantada.
Chris: Parece que deixar meus convidados se tornou um há­bito para mim — ele sorriu, os dentes muito brancos fazendo contraste com a pele queimada.
Dulce deu um sorriso tímido e, ao ver que ele assobiava, perguntou:
Dulce: Que aconteceu?
Chris: E a primeira vez que sorri para mim. — Ela corou.
Dulce: Na última vez em que estivemos juntos você não foi lá muito agradável comigo.
Chris: Não fui mesmo. Você é completamente diferente das mulheres que já conheci e não sei muito bem como lidar com você. Não estou acostumado com mulheres que não...
Dulce: Caem por você no mesmo instante — ela completou.
Chris: Não ia dizer isso. Você não caiu por mim, Dulce? Responda com sinceridade.
Dulce: Você é muito atraente, seguro de si, muito...
Chris: Você se sente atraída por mim?
Ela mordeu os lábios, sabendo que ia despertar raiva nele.
Dulce: Não — admitiu baixinho, incapaz de olhá-lo.
Chris: Você tem que se esforçar para ser cruel com as pessoas ou isso é uma atitude natural? — ele perguntou com voz tensa.
Dulce: Desculpe, mas achei que devia ser sincera.
Chris: Como eu fui com você?
Dulce: Você foi sincero quando disse que me desejava: estou sendo sincera também quando digo que comigo não é assim. Sinto muito se isso não é o que queria ouvir.
Chris: Diabos, Dulce! Você não sente coisa nenhuma. Mas está adorando isso tudo. Está adorando ver como pode judiar de mim. Bem, não estou sentido. Estou é com uma raiva dos diabos! Vim aqui...
Dulce: Porque quer ter um caso comigo — ela terminou por ele — Mas não há nada que eu possa fazer, se não quero você. Não pode me forçar a sentir alguma coisa.
Chris: O problema com você é que não tem sentimento de espécie alguma.
Dulce deu as costas para ele.
Dulce: Ainda bem que não tenho. Eu... — Ela parou de falar quando ele a virou, decidido. — Não me beije. Por favor, não me beije — gritou, angustiada.
Ele afastou-a com brutalidade.
Chris: Não quero beijar você. Quero é sacudi-la tanto, até que fique toda tremend,o mas não quero beijá-la. Você devia era ter morrido junto com o seu marido, porque não existe mais um pingo de sentimento em você! — ele disse cruelmente.
Dulce: Queria mesmo ter morrido! Meu Deus, como queria ter morrido!
Ela ouviu a porta bater quando ele saiu. Depois atirou-se no sofá, chorando a soluçando. Embora afirmasse categori­camente que não tinha sentimento algum, Christopher Uckermann a estava fazendo viver novamente. Ele a arrancava aos poucos da concha e isso era muito mais doloroso do que o inferno em que vivera nos últimos dois anos.

Anahí: Mais café? — Anahí perguntou.
Era segunda-feira de manhã e as duas se preparavam para ir trabalhar. Dulce não tinha conseguido tomar nada do café.
Dulce: Não, obrigada. Preciso ir já embora. Não quero chegar tarde no serviço.
Anahí: Uma vez só não vai fazer diferença. Acho que outra xícara de café lhe faria bem.
Dulce concordou com a cabeça, mas disse:
Dulce: Acho que eu preciso de um bule inteiro de café, mas tenho que terminar de me arrumar.
Anahí: Não sabia que Christopher vinha para cá — Anahí disse depressa. — Pelo menos até que partimos e notei que ele não estava a bordo.
Dulce parecia muito interessada em pentear o cabelo.
Dulce: Foi tudo bem, Anahí. Ele não demorou muito.
Anahí: Demorou o suficiente para deixá-la transtornada de novo; e logo quando estava começando a se recuperar. Quan­do cheguei, você parecia um fantasma!
Dulce: Estava bem — Dulce mentiu. — Mas não acho que Christopher Uckermann vai me amolar de novo. Todo homem gosta de conquistar, mas comigo está sendo uma batalha e ele não vai querer perder mais tempo.
Anahí: Talvez ele não seja a pessoa certa para você — disse Anahí, pensativa. — Mas que você está precisando de al­guém em sua vida, isto é verdade. Precisa de alguém que se preocupe com você, Dulce.
Dulce: Por quê?
Anahí: Porque... bem, porque todo mundo precisa de amor.
Dulce: Eu não preciso. Pelo menos não dessa espécie de amor. E o que Christopher quer de mim não é amor. Ele apenas me deseja, entendeu, Anahí? É só desejo.
Anahí: Já é um começo.
Dulce: Não para mim.
Anahí: Talvez tenha razão.
Dulce: Não vai trabalhar hoje? — perguntou Dulce vendo a prima ainda de camisola.
Anahí: Poncho me deu o dia de folga por ter sido uma boa menina. — Vendo a expressão no rosto de Dulce, completou: — Não é nada do que está pensando. Já lhe disse que não há nada entre Poncho e eu. Como trabalhei até mais tarde na sexta-feira, tive folga hoje, Além disso, ele vai estar fora o dia todo.
Dulce: Bem, já vou indo. Any, sobre Poncho: se algum dia quiser conversar sobre ele, sabe que pode contar comigo.
Anahí: Sei que posso contar com você, Dulce. Está atrasada, é melhor ir, senão vai perder o emprego.
Dulce saiu correndo, pegou o metro, e mesmo assim chegou quinze minutos atrasada. Embora pedisse desculpas ao chefe, ele parecia um pouco aborrecido.
Começou a trabalhar, mas seus pensamentos escapavam, voltando para o último fim de semana. Depois que Christopher Uckermann foi embora ela se sentiu péssima, mas pensou muito sobre o que ele disse. De certo modo estava orgulhosa de si mesma. Afinal, Christopher Uckermann era um homem importante, uma celebridade... e estava atraído por ela.
— Está colocando essa carta no fichário errado, sra. Espinoza. — O chefe estava a seu lado. — Está se sentindo bem?
Dulce: Realmente me confundi, senhor; mas estou perfeita­mente bem, obrigada.
— Então concentre-se, sra. Espinoza, para evitar problemas.
Dulce: Sim, sr. Walters — disse Dulce e sorriu para Sally, que lhe piscava do outro lado da sala.
O sr. Walters era o único homem trabalhando naquela sala, onde havia seis moças. Talvez por isso fosse exibido e mandão; ou talvez realmente precisasse agir daquela ma­neira para controlar tantas moças juntas na mesma sala.
Sally aproximou-se de Dulce com a desculpa de arquivar algumas cartas.
Sally: Teve um bom fim de semana, Dulce?
Dulce: Não foi ruim.
Sally: Eu me diverti muito — disse Sally. — Steve me levou para conhecer a mãe dele. Ela me pareceu um pouco pos­sessiva, mas logo dou um jeito nisso.
Dulce: Não tenha muita certeza disso, Sally. Mães possessivas raramente mudam — Dulce dizia isso por experiência própria. Sabia que a mãe de Michael nunca vira defeito algum no filho.
Sally: Nem pretendo mudá-la. Steve e eu é que vamos mudar para a Austrália. A maior parte de minha família mora lá, agora que perdi meus pais.
Dulce: E como Steve se sente a respeito da mudança?
Sally: Ainda não sabe de nada, mas tenho certeza de que vai concordar. Minha irmã vai arranjar um bom emprego para ele, na firma que meu cunhado tem.
Dulce: Já resolveu tudo, não é, Sally?
Sally: Assim evito discussões.
Dulce: Que você tenha sorte! — Dulce respondeu, achando que as coisas não iam ser tão fáceis como Sally supunha.
— Sra. Espinoza — Dulce se virou e viu o chefe a sua frente —já chegou tarde hoje e perdeu a maior parte do tempo con­versando. Seria demais pedir-lhe que se dedique ao trabalho?
Dulce: Desculpe, sr. Walters.
Daí para a frente Dulce se concentrou no trabalho, pro­curando não pensar em mais nada.
De repente começou a ouvir conversas abafadas a seu lado. Pelo jeito como falavam, alguém muito importante devia estar na agência. Ouviu então Katy dizer:
Katy: Tenho certeza de que é ele. Vi um de seus filmes na semana passada e o reconheceria em qualquer lugar.
Olhou para o escritório a sua frente, para ver de quem estavam falando. Assim que reconheceu a figura de Christopher Uckermann, sentiu que o sangue fugia de sua cabeça. Ele estava tremendamente atraente com uma jaqueta de couro sobre calça e camisa bege.
Ficou ainda mais pálida quando notou que ele estava olhando para ela. O que estaria fazendo ali? Não podia ser coincidência. Mas como ele havia descoberto onde ela tra­balhava? O que ele queria? Começou a entrar em pânico. Estava certa de que ele a deixaria em paz depois da última cena que tiveram. Agora ele falava com o sr. Walters. O que ele poderia querer ali?
Levou um susto quando Katy chegou perto dela e perguntou:
Katy: Dulce, aquele não é Christopher Uckermann?
Dulce engoliu em seco e ia responder quando o sr. Walters a chamou.
— Sra. Espinoza, este senhor quer falar-lhe.
Pela expressão do sr. Walters, Dulce sabia que ele não tinha reconhecido Christopher Uckermann. Se tivesse, teria agido de modo diferente.
Dulce levantou-se, sentindo que as outras moças olhavam espantadas para ela.
Dulce: O que quer? — disse a Christopher num sussurro. — Não devemos receber visitas aqui.
Chris: Vim levá-la para almoçar — Christopher respondeu sem se perturbar.
Dulce: Mas, eu...
Chris: Não diga que já almoçou, porque sei que não é verdade, perguntei a seu chefe. Além disso, Anahí me disse que você nunca sai para almoçar antes de uma hora. — Olhou para o relógio de ouro que tinha no pulso. — É quase uma hora. Vamos?
Dulce: Anahí lhe disse onde eu trabalhava?
Chris: Fui até o seu apartamento; esqueci que estaria tra­balhando. Anahí me mandou aqui. Não fique zangada com ela porque lhe disse que queria ver você para me desculpar.
Dulce: Poderia ter se desculpado pelo telefone.
Chris: Achei que seria melhor junto com o almoço. Pegue seu casaco e vamos.
Dulce: Não vou a lugar nenhum. Eu...
Chris: É melhor vir, Dulce. Não quer fazer uma cena aqui, não é?
Dulce: Não vou fazer cena nenhuma.
Chris: Mas eu vou, Dulce.
Dulce: Fazer uma cena aqui, comigo? Uma pobre moça de escritório?
Chris: Uma moça linda, mas muito teimosa. A diferença é que não ligo para publicidade. E você?
Dulce sabia quando estava vencida. Pegou o casaco e, sem olhar para ninguém, saiu com ele.
Dulce: Por que tinha que fazer tudo isso? Quando voltar do almoço, as meninas vão ter mil perguntas para me fazer!
Chris: Deixe para se preocupar com isso depois. — Christopher se­gurou-a pelo braço e levou-a até o carro. Era um lindo Pors­che cor de ouro, parado em lugar proibido.
Dulce: Onde vai me levar?
Ele abriu a porta do carro para que ela entrasse.
Chris: Já disse. Vamos almoçar. Entre, Dulce, porque estou vendo um policial muito bravo vindo para cá.
Dulce: Tenho certeza de que, com o seu charme, você vai dar um jeito — disse ela com sarcasmo.
Chris: Talvez. — Depois de fechar a porta do lado deia, Christopher deu a volta no carro e se acomodou também. Manobrou rápido e entrou no tráfego. — Mas não pretendo perder tempo com o guarda.
Dulce: Que quis dizer quando falou em publicidade, no escritório?
Chris: Apenas que não ligo que saibam que me sinto atraído por uma jovem encantadora.
Dulce suspirou e tornou a explicar:
Dulce: Não me referia a você. O que quis dizer quando perguntou se eu aguentaria a publicidade?
Chris: Achei que não gostaria que eu lhe causasse problemas em seu local de trabalho.
Dulce: Foi só isso?
Estavam se dirigindo para fora da cidade e, por um ins­tante, Christopher virou-se para olhá-la.
Chris: O que mais eu poderia querer dizer?
Dulce: Não sei. Você é que deve me dizer.
Chris: Não faço idéia de outra coisa — ele confirmou, balan­çando a cabeça.
Dulce: Você realmente não sabe? — ela perguntou ansiosa.
Chris: Sabe o quê, Dulce? Não estou entendendo! Você tem algum segredo em seu passado? — Um sorriso iluminava o rosto dele.
Dulce: Não brinque sobre isso, Christopher.
Chris: Então você tem um segredo?
Dulce: Há alguns anos não era segredo nenhum. E não aguen­to, se começar tudo outra vez.
Chris: Dulce, não estou entendendo nada... É melhor me con­tar logo.
Dulce torcia as mãos, nervosa, com medo de falar.
Dulce: Meu... meu marido foi Michael Espinoza. — Olhou para ele, esperando ver aborrecimento em seu rosto.
Chris: E daí? O que tem... Michael Espinoza?
Dulce: Ele mesmo. — E abaixou a cabeça.
Chris: Aquele dos Hotéis Espinoza?
Dulce: Esse mesmo.
Chris: Foi casada com Michael Espinoza? — Ele parecia não acreditar no que estava ouvindo.
Dulce: Fui.
Chris: Então você deve ser...
Dulce: Sou a moça que casou com ele, viveu com ele dois dias apenas e depois deu o fora. Fui chamada de caça-dotes pela imprensa durante semanas, depois que tudo aconteceu.

CONTINUA...

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NOME: “Reino dos Sonhos”
AUTORA: Judith McNaght!!

A voz de Christian, que surgiu da penumbra do bosque atrás dela, fez com que Dul se sentisse tensa diante da perspectiva da iminente fuga, mas cuidou de não se voltar instintivamente para as árvores, ao menos até que o conde tivesse atravessado a porta oculta que se abria no grosso muro de pedra que rodeava o castelo de Hardin. Depois girou sobre seus pés e percorreu com toda pressa à curta distância que a separava do bosque. Procurou ansiosamente seus libertadores.
Dulce: Christian, onde…? - começou a perguntar. Mas abafou um grito quando fortes braços a seguraram pela cintura, por trás, e a levaram para o mais profundo esconderijo de um pé de carvalho.
Christian: Dulce! - sussurrou Christian com um tom de voz que refletia a pena e a ansiedade que sentia por ela. - Minha pobre moça… - Olhou fixamente para Dul e em seguida, lembrando os beijos dos que acabava de ser testemunha, disse com expressão sombria: - Ele a obrigou a se transformar em sua amante, não é verdade?
Dulce: Eu…, explicarei mais tarde. Temos que ter pressa - implorou-lhe, obcecada em convencer os homens de seu clã para que partissem dali sem derramamento de sangue. - Anahí já empreendeu o caminho de volta para casa. Onde está nosso pai e seu povo? - perguntou.
Christian: Nosso pai está em Merrick, e aqui somos só seis.
Dulce: Seis! - exclamou Dul ao mesmo tempo em que começava a correr ao lado de seu meio-irmão.
Christian: Pensei que teríamos mais possibilidades de libertá-la, se em vez da força utilizássemos à astúcia.

Quando Christopher entrou no salão, Graverley já se encontrava lá, observando o interior do castelo de Hardin com expressão de ressentimento de mal dissimulada avidez. Como conselheiro particular do rei e membro mais influente da poderosa corte da Câmara da Estrela, Graverley desfrutava de uma tremenda influência, mas sua mesma posição o impedia de ter acesso a um título e às propriedades que sem dúvida cobiçava.
Desde que Henrique se apoderou do trono, tinha começado a tomar medidas necessárias para evitar o mesmo destino que seus predecessores: a derrotar os nobres poderosos que juravam fidelidade a seu rei, mas que logo depois, quando se sentiam descontentes, levantavam armas contra ele. Para impedir que isso voltasse a acontecer, reinstalou a corte da Câmara da Estrela, em que incluiu ministros e conselheiros que não tomavam parte da nobreza, homens como o próprio Graverley, que se dedicava a julgar os nobres e impor fortes multas por qualquer maldade que cometessem que, ao mesmo tempo em que engrossava as arcas do Henrique, privava os nobres da riqueza necessária para rebelar-se.
De todos os conselheiros particulares, Graverley era o mais influente e rancoroso; ao contar com a plena confiança de Henrique, tinha conseguido empobrecer ou levar a ruína todos os nobres poderosos da Inglaterra, com exceção do conde de Claymore que, diante de sua fúria mal dissimulada, continuou prosperando e fazendo-se mais poderoso e rico com cada nova batalha que ganhava para o rei.
O ódio que Graverley sentia por Christopher Westmoreland era conhecido por todos os membros da corte, da mesma forma que o conde desprezava o conselheiro.
Christopher se aproximou do recém-chegado sem dar amostra alguma de desprezo, mas nem por isso deixou de registrar todos os sinais sutis de que por algum motivo estava a ponto de ter um confronto extremamente desagradável. Em primeiro lugar, observou o zombador sorriso de satisfação no rosto de Graverley; a seguir viu que atrás dele havia trinta e cinco homens armados de Henrique, que permaneciam imóveis, em atitude militar. Os próprios homens de Christopher, dirigidos por Godfrey e Eustace, tinham formado duas fileiras no lado extremo do salão, perto do estrado, e permaneciam alerta, como se eles também percebessem algo grave nesta inesperada visita de Graverley, que não tinha precedente. Christopher passou diante dos últimos de seus homens, estes avançaram atrás dele, para formar um guarda de honra.
Chris: Bem, Graverley - disse Christopher, que se deteve diante de seu adversário, - o que o fez sair de trás do trono de Henrique, onde se escondia?
O conselheiro lhe dirigiu um olhar carregado de fúria, mas com voz suave e um pouco mais profunda que a do próprio Christopher, disse:
Graverley: Felizmente para a civilização, Claymore, a maioria de nós não compartilha do prazer que você experimenta a vista do sangue e do fedor dos cadáveres.
Chris: Bem, agora que já nos cumprimentamos - falou Christopher. - O que deseja?
Graverley: As suas reféns.
Assumido um gélido silêncio, Christopher escutou o resto do mordaz discurso de Graverley, mas, aturdido como estava, as palavras pareciam chegar a seus ouvidos de muito longe.
Graverley: O rei ouviu meu conselho - prosseguiu Graverley, - e que consertar a paz com o rei Jacob. Em meio dessas delicadas negociações, raptou às filhas de um dos senhores mais poderosos da Escócia e, com isso, fez com que a paz fosse impossível. - Sua voz adquiriu um tom de autoridade ao anunciar: - Caso não tenha esquartejado suas prisioneiras, um muito típico de um bárbaro como você, transmito-lhe a ordem de nosso soberano o rei de que ponha imediatamente sob minha custódia Lady Dulce Merrick e a sua meia-irmã, que depois serão devolvidas a sua família.
Chris: Não.
Christopher pronunciou aquela única palavra, que constituía uma traiçoeira negativa em obedecer uma ordem real, quase sem perceber, e pareceu sacudir o salão com a força explosiva de uma gigantesca rocha lançada por uma catapulta invisível. Automaticamente, os homens do rei levaram a mão ao punho de sua espada e olharam sombriamente para Christopher, cujos próprios homens, sobressaltados, também se voltaram para Christopher. Arik foi o único que não deixou transparecer nenhuma emoção, e seu olhar pétreo permaneceu fixo e sobre Graverley.
O próprio Graverley se sentiu muito surpreso para esconder. Olhou para Christopher com os olhos cerrados, e disse em um tom de voz que revelava incredulidade:
Graverley: Desafia a exatidão com que lhe transmito a mensagem do rei, ou por acaso ousam se negar a obedecer à ordem?
Chris: A única coisa que faço é desafiar sua acusação de que sou um bárbaro que esquarteja suas reféns - improvisou Christopher.
Graverley: Não achava que fossem tão sensível a respeito desse tema, Claymore - mentiu Graverley.
Chris: Como sem dúvida deve saber - disse Christopher, que tentava ganhar tempo, - os prisioneiros são levados diante dos ministros do rei, e é ali onde é decidido seu destino.
Graverley: Já basta de dissimulações - falou Graverley. - Cumprirá ou não com a ordem do rei?
Acuado pelo perverso destino e a atitude de um rei imprevisível, Christopher considerou rapidamente as inúmeras razões pelas quais seria uma loucura se casar com Dulce Merrick, e as diversas e impulsivas razões pelas quais se dispunha a fazê-lo.
Depois de tantas vitórias nos campos de batalha de todo o continente, era evidente que tinha sido derrotado em seu próprio leito por uma encantadora jovem de dezessete anos, com mais coragem e engenhosidade que as dezenas de mulheres que tinha conhecido. Por mais que tentasse, não se decidia a enviá-la de retorno a sua casa.
Dul o tinha enfrentado como uma leoa, apesar do que mais tarde se rendeu como um anjo. Tentou matá-lo, mas beijou suas cicatrizes; destroçou as mantas de seus homens e tornou suas roupas imprestáveis, mas fazia apenas alguns minutos o tinha beijado com um ardor doce e desesperado que fez com que a desejasse com desespero; possuía um sorriso que iluminava as escuras curvas de seu coração e uma risada tão contagiosa que o fazia sorrir. Também era honesta, e ele a valorizava acima de tudo.
Todas essas coisas surgiam agora no fundo de sua mente, apesar de que se negava a se concentrar nelas ou inclusive considerar a palavra “amor”. Pensar em algo assim teria significado que se sentia mais que atraído fisicamente por ela, e isso era algo que se negava a aceitar. Com a mesma lógica rápida e imparcial que empregava para tomar decisões na batalha, Christopher considerou que, tendo em conta a forma como seu pai e seu clã se comportaria com ela, quando retornasse ao castelo de Merrick não a tratariam como uma vítima, mas sim como uma traidora. Deitou-se com seu inimigo e, tanto faz se estivesse grávida ou não, passaria o resto de sua vida enterrada em um convento, sem outra coisa a fazer a não ser imaginar seu reino de sonho onde a aceitassem e quisessem reino esse, que nunca se transformariam em realidade.
Antes de tomar uma decisão, Christopher considerou todos os fatos, e ficou somente com a certeza de que nunca tinha feito nem faria amor com uma mulher como aquela. E uma vez tendo tomado sua decisão, agiu com sua típica resolução. Consciente que precisaria se encontrar alguns minutos a sós com Dulce, a fim de fazê-la compreender seu raciocínio antes que ela recusasse cegamente a oferta de Graverley, fez um esforço por esboçar um sorriso irônico.
Chris: Enquanto um de meus homens conduz Lady Dulce até o salão, podemos deixar de lado o antagonismo por um instante e desfrutar de uma cerveja?
Com um movimento de mão, assinalou para a mesa que os servos já se apressavam a encher com as bebidas e comidas que tinham podido reunir em tão pouco tempo.
Graverley arqueou as sobrancelhas com expressão de receio, e Christopher se voltou para os soldados do Henrique, alguns dos quais tinham combatido ao seu lado em batalhas passadas, ao mesmo tempo em que se perguntava se por acaso não demoraria em entrar em um combate mortal contra eles. Voltou-se novamente para o Graverley e disse:
Chris: E então? - Depois, consciente de que mesmo se Dulce se mostrasse de acordo em ficar com ele teria que convencer Graverley de que não tentasse levá-la dali pela força, Christopher imprimiu um tom agradável a sua voz ao acrescentar: - Lady Anahí já está a caminho de sua casa, com uma escolta dirigida por meu irmão. - Crédulo em despertar a inata debilidade de Graverley pelas fofocas, acrescentou quase com cordialidade: - Trata-se de uma história que indubitavelmente lhe agradará escutar enquanto comemos…
A curiosidade de Graverley foi com certeza maior que seus receios. Depois de um instante de vacilação, assentiu com um gesto e se dirigiu para a mesa. Christopher o acompanhou, mas no meio caminho se deteve e disse:
Chris: Me permita que envie alguém para procurar Lady Dulce. -Voltou-se para Arik e em voz baixa lhe ordenou: - Leve Godfrey com você e a procurem. Depois a traga aqui. - O gigante assentiu e Christopher acrescentou: - Diga que não aceite a oferta do Graverley até que tenha falado com ela a sós. Procure que fique bem claro.
Na opinião de Christopher, a possibilidade de que depois de escutar sua oferta Dul insistisse em partir, era impensável. Até desprezando a idéia de que sua decisão de se casar com ela pudesse estar motivada por algo mais que o prazer ou a compaixão, em cada batalha em que participava, sempre procurava não perder de vista às motivações de seu oponente. Neste caso, estava consciente de que os sentimentos de Dulce para com ele eram muito mais profundos dos que inclusive ela mesma se atrevia a reconhecer. Caso contrário não teria se entregado a ele como tinha feito, nem teria admitido tão honestamente que desejava permanecer no leito. E, certamente, não lhe teria dado aquele beijo na colina, há apenas alguns minutos. Era muito doce, sincera e inocente para fingir aquelas emoções.
Convencido de que a vitória estava ao alcance de sua mão, depois de uma pequena escaramuça, primeiro com Dulce e depois com Graverley, Christopher se dirigiu para a mesa em que o conselheiro do Henrique acabava de sentar-se.
Graverley: De forma que deixou partir a jovem mais linda e reteve a mais orgulhosa? - disse Graverley mais tarde, depois de Christopher ter lhe transmitido os pormenores da partida de Anahí e acrescentasse todos os detalhes possíveis por intranscendentes que fossem com o propósito de ganhar tempo. - Me desculpe se lhe disser que isso é algo que é difícil de imaginar - acrescentou Graverley enquanto mordiscava delicadamente um pedaço de pão.
Christopher apenas escutou o que ele lhe dizia. Considerava as alternativas que restavam no caso de Graverley se negar em aceitar a decisão de Dulce de permanecer com Christopher, exigiria-lhe o direito de escutar a ordem de Henrique dos próprios lábios de deste.
Negar-se a “acreditar” na palavra do Graverley não era exatamente uma traição, e embora não lhe restasse a menor duvida de que o rei se zangaria, não era provável que ordenasse enforcá-lo por isso. Uma vez que Henrique escutasse dos doces lábios da própria Dulce que desejava se casar com Christopher, certamente daria sua aprovação. Enfim, o rei gostava de arrumar situações políticas potencialmente perigosas mediante o matrimônio, incluindo o seu próprio.
A imagem agradável do Henrique que aceitava com atitude benigna que um de seus súditos lhe desobedecesse para depois se apressar em aprovar seu matrimônio, não contava com muitas possibilidades de se transforma em realidade, mas Christopher preferiu apegar-se a ela e não considerar as possibilidades restantes, como a forca, ser arrastado e esquartejado, ou se ver privado das terras e propriedades que tinha ganhado com o risco de sua vida.
Havia dúzias de outras possibilidades, igualmente desagradáveis, e de combinações iguais, e Christopher as considerou uma depois da outra enquanto permanecia sentado ao lado de seu inimigo. Mas nem por um instante pensou na possibilidade de que Dulce o tivesse beijado pondo nisso seu coração e seu corpo, ao mesmo tempo em que abrigava a intenção de escapar assim que lhe desse as costas.
Graverley: Por que a deixou partir se era uma jovem tão linda?
Chris: Como já lhe havia dito, estava doente - respondeu Christopher com brutalidade, e com intenção de evitar continuar falando com Graverley, fingiu ter muito apetite. Inclinou-se para aproximar a bandeja de pão e levou a boca uma grande parte do pato gordurento, o que o fez sentir náuseas.
Meia hora mais tarde, Christopher já tinha que fazer um verdadeiro esforço físico para dissimular seu nervosismo. Arik e Godfrey já deveriam ter transmitido a Dulce sua mensagem, e parecia evidente que ela o recusava; em conseqüência disso, provavelmente estivessem discutindo com ela e por isso demoravam tanto em trazê-la ao salão. Mas, ela o recusaria? E se o fizesse como reagiria Arik? Por um momento Christopher imaginou com horror seu leal cavalheiro empregando força física com Dulce para lhe obrigar a cumprir com seus desejos. Arik era capaz de partir em dois os braços de Dulce sem nenhum esforço, da mesma forma que qualquer outro homem necessitaria para quebrar um pequeno galho entre os dedos. Essa idéia fez com que a mão de Christopher, tremesse alarmado.
Enquanto isso, Graverley olhava ao redor e a cada minuto que passava seu receio ante um possível estratagema, aumentava. De repente, ficou de pé, olhou para Christopher com expressão de fúria e exclamou:
Graverley: Já basta de esperas! Por acaso me toma por estúpido, Westmoreland? É evidente que não enviou seus homens para procurá-la. Se ela estiver aqui, esconderam-na, e nesse caso devo lhe dizer que é mais estúpido do que imaginava. - Voltou-se para seu oficial assinalando para Christopher, e ordenou: - Capturem este homem e revistem o castelo até que encontrem a Merrick. Se for necessário, desmontem este lugar pedra a pedra, mas a encontrem. Ou muito me equivoco, ou as duas mulheres foram assassinadas há dias. Interroguem seus homens. Utilizem à força se for necessário. Obedeçam!
Dois dos soldados do Henrique se adiantaram convencidos de que, como homens do rei, capturariam Christopher sem encontrar oposição. Mas, no instante em que se moveram, os homens do Lobo fecharam filas imediatamente em torno de seu senhor, dispostos a lutar e desembainhar as espadas.
A última coisa que Christopher desejava nesse momento era um combate entre seus homens e os de Henrique.
Chris: Se contenham! - falou com voz brusca, consciente de que seus cavalheiros cometiam um ato de traição ao impedir o passo dos homens do rei.
Os noventa homens que havia no grande salão ficaram imóveis depois de ouvir a ordem e se voltaram para seus respectivos chefes à espera da ordem seguinte.
Christopher dirigiu um olhar de profundo desprezo a Graverley, e disse:
Chris: Estão agindo estupidamente, inclusive você, que tanto detesta parecer. A dama a quem acham que assassinei e que mantenho escondida saiu para dar um agradável passeio, sem segurança alguma, pela colina que se eleva atrás do castelo. Além disso, longe de ser uma prisioneira, Lady Dulce desfruta da mais completa liberdade, e lhe proporcionamos todo tipo de comodidades. De fato, quando a virem irão comprovar que usa as elegantes roupas que pertenceram à antiga senhora deste castelo, e que usa no pescoço o mais valioso colar de pérolas, propriedade também da mesma mulher.
Graverley: Deu de presente a ela jóias? -falou o conselheiro boquiaberto. - O desumano Lobo Negro, o Grande Guerreiro da Escócia, esbanjou suas propriedades tão mal obtidas com sua própria prisioneira?
Chris: Um cofre cheio - limitou-se a dizer Christopher.
A expressão de estranheza que apareceu no rosto de Graverley foi tão cômica que Christopher se sentiu apanhado entre a necessidade de sorrir e a que ele achava muito mais atraente de proporcionar um murro em seu inimigo. Nesse momento, entretanto, sua principal preocupação consistia em impedir que os dois lados opostos começassem uma briga e evitar assim as incalculáveis conseqüências que semelhante ato teria. E para conseguir tal objetivo estava disposto a dizer o que fosse e a confessar qualquer tolice até que Arik aparecesse seguido de Dulce.
Chris: Além disso - acrescentou ao mesmo tempo em que se apoiava sobre a mesa e fingia uma segurança absoluta em si mesmo, - se espera que Lady Dul caia a seus pés chorando de alegria porque foi em seu resgate, terá uma grande decepção, porque ela deseja ficar comigo…
Graverley: Por que iria querer ficar com você? - perguntou Graverley que, longe de se sentir encolerizado, no momento achava a situação muito divertida.
Igual a Christopher Westmoreland, Graverley conhecia bem o valor das alternativas e que resultariam de todas aquelas tolices sobre a vontade de Lady Dulce Merrick e a amabilidade e ternura com que Christopher a tinha tratado, e se ele conseguisse convencer Henrique para que não o considerasse culpado por isso, Westmoreland se transformaria no bobo da corte inglesa durante anos.
Graverley: Por sua atitude de posse, julgo que Lady Dulce esteve esquentando a sua cama. Evidentemente, agora pensa que devido a isso está disposta a trair a sua família e o seu país. Parece-me - acrescentou Graverley com certo regozijo - que começa a acreditar em todas as fofocas que contam na corte a respeito de sua suposta capacidade amorosa. Ou por acaso ela é tão boa que perdeu a cabeça? Em tal caso, terei que convidá-la para que se deite comigo. Não se importará, não é verdade?
Chris: Na medida em que tenho a intenção de me casar com ela - replicou Christopher entre dentes, - me dará uma boa desculpa para lhe cortar a língua, algo que farei encantado.
Christopher se dispunha a sair, mas o olhar de Graverley se deslocou de repente para um ponto situado a suas costas.
Graverley: Aqui está o fiel Arik - disse Graverley, - mas onde está a ávida noiva?
Christopher se voltou e se alarmou diante da expressão sombria do gigante.
Chris: Onde ela está? - perguntou.
Arik: Escapou.
Depois de um instante de gélido silêncio, Godfrey acrescentou:
Godfrey: A julgar pelos rastros encontrados no bosque, havia seis homens e sete cavalos. Ela partiu sem deixar o menor rastro de luta. Um dos homens deve ter permanecido escondido no bosque, a poucos metros de onde esteve hoje sentado com ela.
A poucos metros de onde ela o tinha beijado como se jamais quisesse se afastar de seu lado, pensou Christopher, furioso. A poucos metros de onde ela utilizou seus lábios, seu corpo e seu sorriso para enrolá-lo e convencê-lo de que a deixasse a sós…
Graverley, entretanto, não se deixou apanhar pela incredulidade. Começou a dar ordens imediatamente, a primeira delas dirigida a Godfrey.
Graverley: Mostre a meus soldados onde diz que isso aconteceu. - Voltou-se para um de seus próprios homens e acrescentou: - Acompanhe Sir Godfrey, e se tiverem a impressão de que a mulher fugiu que doze de vocês partam em busca do grupo do clã Merrick. Quando o avistarem, nada de armas; transmitam em troca as saudações do Henrique da Inglaterra e os acompanhem até a fronteira escocesa. Ficou claro?
Sem esperar resposta, Graverley se voltou para Christopher, e sua voz ressonou com retoques sinistros no cavernoso salão.
Graverley: Christopher Westmoreland, pela autoridade que me foi conferida pelo Henrique, rei da Inglaterra, ordeno-lhe que me acompanhe a Londres, onde respondera pelo seqüestro das mulheres Merrick. Também terá que responder ao fato de ter tentado obstruir deliberadamente minha missão de cumprir com as ordens de meu soberano em relação às mulheres do clã Merrick, algo que pode ser considerado como um ato de traição, como sem dúvida se determinará. Se coloque sob a custódia de meus homens, ou deve ser pela força?
Os homens de Christopher, que superavam em número os de Graverley, ficaram em alerta; compreensivelmente sua lealdade se achava dividida entre seus votos de fidelidade a Christopher, seu senhor, e seus votos de fidelidade ao rei. Apesar de que se sentia tremendamente confuso, Christopher se deu conta da complicada situação de seus homens e, com um brusco gesto de cabeça ordenou que depusessem as armas.
Ao compreender que os cavalheiros do conde já não oporiam resistência, um dos homens de Graverley tomou Christopher por ambos os braços, jogaram para trás e lhe amararam rapidamente os braços com tiras de couro. O prisioneiro apenas se precaveu disso, a pesar da dor que lhe produziam as fortes tiras de couro, estava consumido por tal estado de cólera que sua mente estava transformada em um feroz vulcão de raiva. Não podia separar de seus pensamentos aquela embromadora jovem escocesa: Dulce em seus braços…, Dulce rindo dele…, Dulce lhe enviando um beijo…
Agora, por ter cometido a estupidez de confiar nela, enfrentava uma acusação de traição. No melhor dos casos, perderia suas terras e seus títulos; no pior, perderia a vida.
Mas nesse momento estava muito furioso para que se importasse.

CONTINUA...

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ESPECIAL!!!
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NOME DO LIVRO: “Crepúsculo”
AUTORA: Stephenie Meyer!!

"Porque você disse isso?", eu sussurrei, tentando evitar que a minha voz tremesse. "Você se cansou de ter que ficar me salvando o tempo inteiro? Você quer que eu vá embora?"
"Não, eu não quero ficar sem você, Bella, é claro que não. Seja racional. E eu também não tenho problema nenhum em salvar você - isso se não fosse pelo fato de que sou eu que está te colocando em risco... que eu sou a razão pela qual você está aqui".
"Sim, você é a razão", eu fiz uma careta. "A razão pela qual eu estou aqui -viva".
"Por pouco", a voz dele era um sussurro. "Coberta de gaze e de gesso e quase impossibilitada de se mexer".
"Eu não estava me referindo á mais recente experiência de quase-morte", eu disse rugindo, irritada. "Eu estava falando das outras - você pode escolher uma. Se não fosse por você eu estaria dando um passeio pelo cemitério de Forks".
Ele estremeceu com as minhas palavras, mas o olhar de perseguição não deixou os olhos dele.
"No entanto, essa não é a pior parte", ele continuou a sussurrar. Ele agia como se eu não tivesse falado. "Não ver você lá no chão... amassada e quebrada". A voz dele estava chocada. "Não foi pensar que eu estava atrasado. Nem mesmo ouvir você gritando de dor - todas essas memórias insuportáveis que eu vou carregar comigo por toda a eternidade. Não, a pior parte foi sentir... saber que eu não podia parar. Acreditar que eu mesmo iria matar você".
"Mas você não matou".
"Podia ter matado. Com muita facilidade".
Eu precisava ficar calma... mas ele estava tentando se convencer a me deixar, e o pânico fluia nos meus pulmões, tentando sair.
"Me prometa", eu sussurrei.
"O que?"
"Você sabe o que", eu estava começando a ficar com raiva agora. Ele estava tão teimosamente determinado a continuar na negativa.
Ele ouviu a mudança na minha voz, seus olhos se estreitaram.
"Eu não pareço ser forte o suficiente pra ficar longe de você, então eu acho que você seguirá seu caminho... quer isso mate você ou não", ele acrescentou duramente.
"Bom", ele, porém, não prometeu - um fato que eu não deixei passar.
O pânico só estava meio controlado; eu não tinha mais controle para segurar a raiva.
"Você me disse como parou... agora eu quero saber porque", eu quis saber.
"Porque?", ele perguntou cautlosamente.
"Porque você fez isso? Porque você não deixou o veneno se espalhar? A essas horas eu seria como você".
Os olhos de Edward pareceram ficar completamente negros, e eu me lembrei que isso era uma coisa que eu nunca quis que eu soubesse. Alice deve ter estado preocupada com as coisas que descobriu sobre sí mesma... ou então foi muito cuidadosa com os pensamentos dela perto dele - claramente ele não sabia que ela tinha me enchido com todas as conversas sobre os mecanismos dos vampiros. Ele estava surpreso, e furioso.
As narinas dele inflaram e a boca dele parecia ter sudo esculpida numa pedra.
Ele não ia responder, isso estava claro.
"Eu serei a primeira a admitir que não tenho nenhuma experiência com relacionamentos", eu disse. "Mas me parece lógico... um homem e uma mulher tem que ser parecidos em algo... como, um deles não pode sempre estar sendo abatido e o outro salvando. Eles tem que salvar uma ao outro igualmente".
Ele dobrou os braço do lado da minha cama e descansou o queixo nos braços. Sua expressão era suave, a raiva havia abrandado. Evidentemente ele havia decidido que não estava com raiva de mim. Eu esperava ter uma chance de avisar Alice antes que ele se encontrasse com ela.
"Você me salvou". Ele disse baixinho.
"Eu não posso ser Lois Lane", eu insistí. "Eu quero ser o Superman também".
"Você não sabe o que está pedindo". A voz dele era suave; ele olhava intencionalmente para a pontinha do travesseiro.
"Eu acho que sei."
"Bella, eu não sei. Eu já tive quase noventa anos pra pensar nisso e ainda não tenho certeza".
"Você queria que Carlisle não tivesse salvado você?"
"Não, eu não desejo isso", ele parou antes de continuar. "Mas a minha vida estava acabada. Eu não estava desistindo de nada".
"Você é a minha vida. Você é a única coisa que eu me incomodaria em perder". Eu estava ficando melhor nisso. Era muito mais fácil admitir o quanto eu precisava dele.
No entanto, ele estava muito calmo. Decidido.
"Eu não posso fazer isso, Bella. Eu não vou fazer isso com você".
"Porque não?", minha garganta arranhou e as palavras não sairam tão altas como eu havia planejado. "Não me diga que é muito difícil! Depois de hoje, ou eu acho alguns dias atrás... de qualquer forma, depois daquilo, isso não devia ser nada".
Ele olhou pra mim.
"E a dor?", ele perguntou.
Eu embranquecí. Eu não pude evitar. Mas eu tentei evitar que a minha expressão mostrasse que eu lembrava da dor... do fogo nas minhas veias.
"Isso é problema meu", eu disse. "Eu posso aguentar".
"É impossível aguentar a coragem a partir do momento que ela se transforma em loucura".
"Isso não é problema. Três dias. Grande coisa".
Edward fez outra careta quando as minhas palavras relembraram ele de que eu estava mais bem informada do que deveria estar. Eu observei ele reprimir, observei os olhos dele ficarem especulativos.
"Charlie?", ele perguntou curtamente. "Renée?"
Os minutos se passaram em silêncio enquanto eu lutava pra responder a pergunta dele. Eu abri a minha boca, mas nenhum som saiu dela. Eu fechei ela de novo. Ele esperou, e a sua expressão se tornou triunfante porque ele sabia que eu não tinha nenhuma resposta de verdade.
"Olha, isso também não é nenhum problema", eu finalmente murmurei, minha voz não estava convincente, como sempre quando eu mentia. "Renée sempre fez as escolhas que funcionavam pra ela - e ela sempre quis que eu fizesse o mesmo. E a alegria de Charlie, ele está acostumado a ficar sozinho. Eu não posso tomar conta dele pra sempre. Eu tenho a minha própria vida pra viver".
"Exatamente", ele cortou. "E eu não vou acabar com ela pra você".
"Se você está esperando pra ficar comigo no meu leito de morte, eu tenho notícias pra você! Eu estava lá!"
"Você vai se recuperar", ele me lembrou.
Eu respirei fundo pra me acalmar, ignorando o espasmo de dor que isso causava. Eu encarei ele, ele me encarou de volta. Não havia compromisso no rosto dele.
"Não", eu disse lentamente. "Eu não vou".
A testa dele se enrrugou.
"É claro que vai. Você pode ficar com um cicatriz ou duas..."
"Você está errado", eu insistí. "Eu vou morrer".
"Sério, Bella", ele estava ansioso agora. "Você vai sair daqui em alguns dias. Duas semanas no máximo".
Eu olhei pra ele.
"Eu posso não morrer agora... mas eu vou morrer alguma hora. A cada minuto do dia, eu chego mais perto. Eu vou ficar velha".
Ele fez uma careta quando se tocou do que eu estava falando, pressionando seus longos dedos nas têmporas e fechando os olhos.
"Isso é o que supostamente acontece. É assim que deve acontecer. Aconteceria se eu não existisse - e eu não deveria existir".
Eu soprei. Ele abriu os olhos surpreso.
"Isso é estúpido. Isso é como alguém que acabou de ganhar na loteria, pegando o dinheiro, e dizendo, 'Olha, vamos voltar a ser como as coisas deviam ser. É melhor assim'. Eu não vou aceitar isso".
"Eu não sou bem um premio de loteria", ele rugiu.
"Isso mesmo. Você é muito melhor".
Ele rolou os olhos e ajeitou os lábios.
"Bella, nós não vamos mais continuar com essa discussão. Eu me recuso a te amaldiçoar á noite eterna e esse é o fim".
"Se você acha que acaba aqui, você não me conhece muito bem", eu avisei ele.
"Você não é o único vampiro que eu conheço".
Os olhos dele ficaram pretos de novo.
"Alice não ousaria".
E por um momento ele pareceu tão assustador que eu não pude deixar de acreditar. Eu não podia imaginar uma pessoa corajosa o suficiente pra passar por cima dele.
"Alice já viu isso, não foi?", eu adivinhei. "É por isso que as coisas que ela fala aborrecem você. Ela sabe que eu serei como vocês... um dia."
"Ela está errada. Ela também viu você morta, mas isso também não aconteceu".
"Você nunca vai me pegar apostando contra Alice".
Nós olhamos um para o outro por um longo tempo. Estava silencioso, exceto pelo barulho das máquinas, o bipe, as gotas, o tique do grande relógio na parede. Finalmente a expressão dele se suavisou.
"Então onde isso nos deixa?", eu imaginei.
Ele gargalhou sem humor.
"Eu acredito que se chama impasse".
Eu suspirei.
"Ouch", eu murmurei.
"Como você está se sentindo?", olhando para o botão da enfermeira.
"Eu estou bem", eu mentí.
"Eu não acredito em você", ele disse gentilmente.
"Eu não vou voltar a dormir".
"Você precisa descansar. Toda essa discussão não faz bem a você".
"Então desista", eu provoquei.
"Boa tentativa". Ele alcançou o botão.
"Não!"
Ele me ignorou.
"Sim?", o comunicador na parede respondeu.
"Eu acho que estamos prontos para mais remédios para a dor", ele disse calmamente, ignorando minha expressão furiosa.
"Eu vou mandar a enfermeira", a voz parecia muito entediada.
"Eu não vou tomar", eu prometi.
Ele olhou na direção do saco de flúidos ao pendurada do lado da minha cama.
"Eu acho que eles não vão te pedir pra engolir nada".
O meu coração começou a bater forte. Ele viu o medo nos meus olhos e suspirou frustrado.
"Bella, você está sentindo dor. Você precisa relaxar pra se curar. Por que você está sendo tão difícil? Eles não vão mais colocar agulhas em você".
"Eu não estou com medo das agulhas", eu murmurei. "Eu estou com medo de fechar meus olhos".
Então ele sorriu o seu sorriso torto, e pegou meu rosto entre as mãos dele.
"Eu disse que não vou pra lugar nenhum. Não tenha medo. Enquanto isso te fizer feliz, eu vou ficar aqui".
Eu sorrí de volta, ignorando a dor nas minhas bochechas.
"Você está falando de pra sempre, sabe".
"Oh, você vai superar isso - é só uma paixonite".
Eu balancei minha cabeça sem acreditar - isso me deixou tonta.
"Eu fiquei chocada quando Renée comprou essa. Eu sei que você sabe mais que isso".
"Isso é a beleza de ser humano", ele me disse. "As coisas mudam".
Meus olhos reviraram.
"Não segure o fôlego".
Ele estava sorrindo quando a enfermeira entrou, segurando uma seringa.
"Com licença", ela disse bruscamente pra Edward.
Ele se levantou e cruzou o pequeno quarto, se encostando na parede.
Ele cruzou os braços e esperou. Eu mantive meus olhos nele, ainda apreensiva. Ele encontrou meus olhos calmamente.
"Aí está, meu bem". A enferemeira sorriu enquanto enjetava o medicamento no tubo. "Você vai se sentir melhor agora".
"Obrigada", eu murmurei, sem entusiasmo. Não demorou muito. Eu pude sentir a sonolência invadir minha corrente sanguínea quase imediatamente.
"Eu acho que isso será suficiente", ela disse enquanto minhas pálpebras se fechavam.
Ela deve ter deixado o quarto, porque alguma coisa suave e gelada estava tocando o meu rosto.
"Fique", a palavra saiu mal articulada.
"Eu fico", ele prometeu. A voz dele era linda, como uma canção de ninar. "Como eu já disse, enquanto isso te fizer feliz... enquanto isso for o melhor pra você".
Eu tentei balançar a minha cabeça, mas ela estava pesada demais.
"Não é a mesma coisa", eu murmurei.
Ele riu.
"Não se preocupe com isso agora, Bella. Você pode discutir comigo quando acordar".
Eu acho que sorri.
"Tá".
Eu pude sentir os lábios dele no meu ouvido.
"Eu te amo", ele sussurrou.
"Eu também".
"Eu sei", ele sorriu baixinho.
Eu virei minha cabeça levemente... procurando. Ele sabia o que eu estava procurando. Seua lábios tocaram o meus gentilmente.
"Obrigada", eu suspirei.
"Á disposição".
Eu já não estava mais completamente lá. Mas eu lutei contra o torpor lentamente. Havia só mais uma coisa que eu queria dizer pra ele.
"Edward?", eu lutei pra pronunciar o nome dele claramente.
"Sim?"
"Eu aposto na Alice", eu murmurei.
E então a noite se fechou sobre mim.


CONTINUA... (Últimas Emoções)

Agradecimentos:

Amanda, Ana, Aninha, Bibinha, Clarinha, Dulce Amargo, Fe, Fernanda, Ila, Júlia, Leeh, Lia, Naty e todos presentes... Obrigada, Amo Vcs!

Bibinha, ain amiga eu sei que é você, num precisa ficar falando não, acho que não tem outra Debora sabe, huahuaa... pode dexar que eu sei quem é você, hihi... ain amiga eu te mandei, bom, qualquer coisa eu vo te mandar de novo tá ok?!? Mas olha o seu email para ver se eu ñ te mandei msm... bom tudo bem então, agora eu vo indo, bjaum pra ti, se cuida...

Bom povo, só postando mesmo, e será que o br num volta não?!? Pq ain mesmo assim eu estou com saudade de lá, hihi... bjoo, amo vcs!

4 comentários:

Unknown disse...

miga,muitoooooooooo obrigada, chegou a web, era aquela sim, viu??? muito obrigada!!! e desculpa tá te cobrando, kkkkkkkkkkk.. mais é q eu amo as webs q vc posta... bom, vo indo. to
sempre por aki tah.. bjinhoss

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

miga, no coment q aparece deborah com h sou eu tb tá, é q eu fiz outra conta no google pra ver se façço outra conta de orkut, pq eu to meio q abusada daquela, mais ainda num sei, eu postei assim q fiz o novo mail, kkkkkkkkkkk, dai pra vc num confuidir e se eu realmente fizer outro orkut eu te aviso pra colocar de novo as comunidades etc...eh q to meio chateada com o rbd e .. vc sabe, vai chegandoo final e eu quero esqueçer, deixar de lado tudo q me lembra eles... ainda vou pensar a respeito... to na deprê denovo!!adoro vc miga! um grande bj

Unknown disse...

miga.. sempre por aki tah. por enquanto eu ainda to com esse orkut.. to deixando o tempo passar um pouquinho pra ver né?? bjinhos miga, adoro vc