terça-feira, 21 de outubro de 2008

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~ Dificil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer.
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WEB NOVELAS!!!
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NOME: “Prazer Proibido”
AUTORA: Carole Mortimer!!

CAPITULO II

Anahí: Tem certeza de que não quer vir? — insistiu Anahí. — Vai ser divertido.
Dulce: Não estou a fim de um passeio de barco — Dulce explicou, o nariz enfiado num ótimo livro de mistério.
Anahí riu.
Anahí: Não é exatamente um passeio de barco. Afinal de contas, ir até a França para passar o dia não é só um passeio de barco.
Dulce apoiou o queixo nos joelhos; estava de tênis já velhos e uma blusa aberta no pescoço, por causa do calor.
Dulce: Para mim, é. Mesmo porque, não quero ir para à Fran­ça; estou muito bem aqui.
Anahí: Mas você pode ler esse livro a qualquer hora!
Dulce: E também posso ir para a França a qualquer hora! Sabe que trabalho numa agência de turismo e consigo des­conto nas passagens.
Anahí: Mas esta viagem não custaria nada.
Dulce: Não quero ir — repetiu Dulce, firme. — Ainda não esqueci a última vez que você me convenceu a ir a um lugar onde eu não queria! — Ao dizer isso, Dulce passou a mão sobre o lábio, ainda machucado, mesmo depois de uma semana. — Todos no escritório acharam que alguém tinha me assaltado.
Anahí: Não foi minha culpa se Christopher Uckermann se encantou por você.
Dulce concordou com a cabeça,
Dulce: Ainda bem que agora parou de telefonar! — disse, lembrando-se que ele tinha telefonado durante cinco dias seguidos. Mas há dois dias Dulce não sabia mais dele.
Anahí: Ainda bem, por quê? Você já estava começando a amo­lecer. — Anahí caçoou dela.
Dulce: Claro que não. — Mas Dulce sabia que sua negação não parecia muito real. — Estou contente que ele tenha parado.
Anahí: Talvez não tenha e esteja tentando uma maneira di­ferente de se aproximar.
Dulce: Fazendo com que a distância me faça sentir falta? — Dulce perguntou, desconfiada.
Anahí: Alguma coisa no gênero.
Dulce: Se foi isso, não deu resultado.
Anahí: Tem certeza?
Dulce: Absoluta.
Anahí: E por que você não vem, hoje? — Anahí insistiu mais uma vez. — Tem o tempo exato para se arrumar. Rodrigo vai chegar daqui a uns dez minutos. Não quer mudar de idéia?
Dulce: Não, não quero. Tive uma semana dura e só quero deitar aqui e relaxar. — Dulce espreguiçou-se e bocejou, cansada.
Anahí: Poderia descansar no barco.
Dulce: Não, obrigada. Conheço aquela turma. A gente tem que lutar o tempo todo contra aqueles homens que só pen­sam em sexo. Por falar nisso, você tem visto bastante Rodrigo esta semana, não é?
Anahí ficou corada com a observação e comentou:
Anahí: Ele não pensa só em sexo...
Dulce: Quer dizer, então, que ele mudou?
Anahí: Não, sua boba — disse Anahí, sorrindo, — O que quero dizer é que ele não tem agido assim comigo. Ele até achou ruim que eu tivesse usado aquele vestido na festa de Christopher Uckermann.
Dulce: E eu gostaria que você não tivesse me convencido a usar o seu vestido. Christopher teve uma impressão errada a meu respeito. Acho que o vestido fica muito bem em você, mas em mim... como tenho muito mais busto que você, parecia provocante demais, um perfeito convite!
Anahí: É. Ele se sentiu convidado e atacou com força!
Dulce: Com força demais! Ele me assusta. Parece sempre tão... tão convencido, tão arrogante!
Anahí: Desde que ele consiga fazer você sentir alguma coisa, já considero isso um progresso.
Dulce: Como, um progresso?
Anahí: Você está sem emoção nenhuma, apática, desde que Michael morreu.
Dulce: Sei que não tem sido fácil conviver comigo, Anahí. E que depois de Michael, acho difícil viver com qualquer pessoa.
Anahí: Sei disso, minha querida — Anahí apertou a mão da prima. — Saiba que não é difícil viver com você, pelo con­trário. O que acontece é que parece que você perdeu a von­tade de viver; se fechou dentro de si mesma e não quer contato com ninguém. Gostaria tanto que você pusesse uma pedra sobre tudo isso e voltasse a ser o que era antes.
Dulce: Não se pode voltar para trás, Anahí. 0 que aconteceu, aconteceu, e não se pode mudar. Jamais serei a mesma pessoa novamente.
Anahí: Ainda gostaria que... — A campainha a interrompeu. — Deve ser Rodrigo e ainda não estou pronta. Seja um amor, atenda-o enquanto acabo de pentear o cabelo.
Dulce: Está bem.
Anahí: E trate de não seduzir o meu namorado...
Dulce: Até que não é má idéia.
Dulce abriu a porta e convidou Rodrigo para entrar. Foram até a sala. Ele estava muito bem, com calça e camisa bran­cas, parecendo saudável e atraente.
Rodrigo: Ainda não está pronta, Dulce?
Dulce: Não vou — disse ela, cruzando as pernas ao sentar.
Rodrigo: Não vai? Mas... — Ele se voltou para Anahí, que vinha entrando na sala. — Dulce acabou de me dizer que não vai!
Anahí: Já sabia — disse Anahí.
Seria imaginação de Dulce, ou realmente Anahí e Rodrigo trocaram olhares?
Dulce: Minha presença é assim tão importante? Tenho certeza de que preferem ficar sozinhos a ter a companhia de uma terceira pessoa.
Rodrigo: A verdade é que gostaríamos muito que viesse conosco — disse Rodrigo.
Anahí: Já disse tudo isso a ela, Rodrigo — falou Anahí, pegando a bolsa. — Ela consegue ser muito teimosa quando quer.
Rodrigo: Mas...
Anahí: Ela não quer ir, Rodrigo — Anahí disse, firme. — E nada vai mudar a opinião dela.
Desta vez não era impressão. Havia alguma coisa que eles sabiam e Dulce não. Anahí tinha enfatizado muito a palavra "nada". Que haveria por trás disso tudo?, pensou Dulce.
Dulce: Tem alguma coisa que ainda não me contaram? — Dulce perguntou.
Anahí: Por que pergunta isso? — quis saber Anahí.
Dulce: Pelo seu jeito. Há alguma coisa?
Rodrigo: Bem, na verdade... — Rodrigo começou, -
Anahí: Não. — Anahí o interrompeu. — Não há nada. Va­mos, Rodrigo?
Rodrigo: Mas...
Anahí: Vamos, Rodrigo? — Anahí insistiu. Rodrigo suspirou, concordando. Mas disse:
Rodrigo: Está certo, vamos. Mas ele não vai gostar nada disso.
Dulce: Ele? — Dulce perguntou, cheia de suspeita. — E quem é ele?
Anahí olhou para Rodrigo com raiva.
Anahí: Agora veja o que conseguiu, Rodrigo! Não tinha intenção nenhuma de contar que ele estava por trás do convite.
Dulce: Já vi que "ele" é Christopher Uckermann, não é?
Rodrigo: É ele mesmo — disse Rodrigo. E, virando-se para Anahí continuou: — Que adianta mentir, Anahí? Christopher quer que você vá, Dulce.
Dulce: Isso é o que você queria dizer com "uma maneira diferente de se aproximar"? — Dulce perguntou zangada à prima.
Anahí: Está vendo o que conseguiu fazer, Rodrigo? — Anahí estava furiosa com Rodrigo. — Por que não ficou quieto?
Dulce: Ainda bem que ele não ficou quieto, Anahí. Então, hoje eu deveria ir como companhia para Christopher Uckermann! Mi­nha nossa! Esse homem é petulante! Será que não consegue receber um não como resposta?
Anahí: Acho que há muitos anos ninguém lhe diz não. É uma experiência nova para ele — disse Anahí.
Dulce: Então essa nova experiência vai continuar. A resposta ainda é não.
Rodrigo: Seja razoável, Dulce — disse Rodrigo. — Christopher não é uma pessoa fácil de se lidar. Pode ser muito ruim, se quiser.
Dulce: Sei disso — Dulce respondeu, com amargura. — Mas não tenho que dizer sim. Outras mulheres talvez tenham sido obrigadas a fazer o que ele quis; sei muito bem como ele é influente no mundo dos artistas.
Rodrigo: Não vamos exagerar — disse Rodrigo. — Ele nunca pre­cisou usar de chantagem para conseguir mulher nenhuma. Quando disse que ele podia se tornar muito ruim, quis dizer no modo de agir, nas palavras que usa. Que eu saiba, nunca usou a própria influência contra ninguém.
Dulce: Com ninguém, a não ser comigo. Ele estava usando vocês para conseguirem me arrastar a esse passeio, hoje. Mas tudo que conseguiu foi aumentar a distancia entre nós. Diga-lhe que o plano falhou, que não gosto dele e não quero sair com ele.
Rodrigo: Mais uma nova experiência. A maioria das mulheres que conheço adorariam ter a oportunidade de estar com ele — disse Rodrigo, achando incrível aquela reação de Dulce.
Dulce: Então elas que fiquem com a oportunidade — con­cluiu Dulce.
Anahí: Vamos embora, Rodrigo — Anahí passou o braço no de Rodrigo —, vamos antes que você estrague mais a situação. Já se intrometeu bastante por um dia.
Rodrigo: Como podia saber que você não tinha contado a Dulce que o convite partiu de Christopher?
Anahí: Devia ter usado um pouco de intuição.
Dulce: Por favor, não discutam mais sobre isso. Não vale a pena — falou Dulce.
Anahí se inclinou e beijou o rosto da prima.
Anahí: Desculpe, querida. Fiz apenas o que achei que seria melhor para você.
Dulce: Tentando me envolver com Christopher Uckermann?
Anahí: Com qualquer homem, não importa qual.
Dulce: Obrigada! — E Dulce parecia mesmo aborrecida. Anahí suspirou.
Anahí: Sabe o que eu quis dizer. Estava apenas tentando ajudar.
Dulce: Posso muito bem passar sem essa espécie de ajuda — disse Dulce, ainda aborrecida.
Anahí: Está bem. Sei quando perdi a luta. Tenha um dia gostoso.
Dulce: Você também. E não se preocupem em voltar logo por minha causa. Fico muito bem sozinha.
Rodrigo: Não tinha mesmo intenção de voltar logo — disse Rodrigo.
Anahí: Não seja um mau perdedor — disse Anahí, caçoando de Rodrigo.
Rodrigo: E que vou dizer a Christopher? Ele vai ficar furioso! — queixou-se Rodrigo.
Anahí: Vamos pensar em alguma coisa para dizer — co­mentou Anahí.
Dulce: Digam a verdade: que não estou interessada. — Dulce voltou a ler o livro, fingindo um interesse que na verdade não sentia, até que os dois saíssem.
Aí, recostou-se no sofá e ficou pensando. Christopher Uckermann tinha sido muito petulante ao usar sua própria prima para obrigá-la a estar com ele. Tinha certeza de que a idéia de conservar a pre­sença dele em segredo tinha partido dele mesmo.
Ainda bem que ela havia resistido ã insistência de Anahí. Não queria tornar a encontrar Christopher Uckermann, de jeito ne­nhum. Ele era uma tentação e ela tinha medo de que sua decisão não fosse tão firme como parecia.
O livro, que até então parecera bom, não prendia mais a sua atenção; seus pensamentos vagavam, relembrando coisas que só lhe traziam dor e sofrimento. Por que era sempre Christopher Uckermann que a fazia voltar a pensar em tudo que queria es­quecer? Por que ele conseguia fazê-la ficar ao mesmo tempo zangada e à vontade? O que é que ele tinha que conseguia...
Seus pensamentos foram interrompidos pela campainha da porta que tocava insistentemente. Levantou-se e foi aten­der. Não estava esperando ninguém. Só se fosse alguém procurando por Anahí.
Ficou de boca aberta ao ver quem estava de pé, na porta.
Era Christopher Uckermann, muito atraente em sua roupa esporte, um raio de sol iluminando seus cabelos castanho-claros.
Dulce: O que quer? — ela perguntou, áspera.
Chris: Quero entrar.
Dulce: Por quê?
Chris: Porque não quero ficar falando com você aqui de pé — ele falou com delicadeza, não se impressionando com o tom dela.
Mesmo assim ela não o convidou para entrar.
Dulce: O que está fazendo aqui?
Christopher não esperou mais que ela o convidasse. Passou por ela e entrou na sala.
Chris: Lugar gostoso — disse e sentou-se.
Dulce: Gostamos muito daqui. — Olhando bem para ele, Dulce observou friamente: — Não me lembro de ter lhe dito para entrar.
Ele sorriu e recostou-se melhor no sofá, esticando bem as pernas para a frente.
Chris: Se esperasse pelo seu convite, ainda estaria de pé na porta. Sente-se, Dulce, e sossegue.
Dulce: Sossegar? Com você? Não posso estar sossegada perto de alguém em quem não confio.
Ele suspirou e com voz paciente disse:
Chris: Sei que sofreu muito, mas...
Dulce: Que quer dizer com isso?
Chris: Sei que perdeu o seu marido muito jovem. Mas não pode deixar que isso estrague o resto de sua vida.
Dulce deu um sorriso amargo.
Dulce: Você não sabe de nada, portanto não me venha com conselhos.
Chris: Você é jovem demais para ser enterrada junto com o seu marido. Precisa continuar a viver e não se afogar em memórias do passado.
Dulce: Cuide de sua própria vida! — Os olhos de Dulce soltavam fagulhas de ódio. — Ninguém convidou você para vir aqui, e nem pediu seu conselho; portanto, por que não vai embora?
Chris: Não — ele respondeu com calma. — Por que não foi para o passeio de barco, com Anahí e Rodrigo?
Dulce: Eles não lhe disseram?
Chris: Disseram uma porção de coisas: que você estava cansada e queria passar o dia descansando, que enjoava no mar e muitas outras desculpas. Mas o motivo real estava muito claro.
Dulce: Já tinha dito a Rodrigo que não iria, antes mesmo de saber que você estaria lá — disse Dulce, defendendo-se.
Chris: Sei disso. Não sou tão ruim assim. Não vou fazer nada contra Rodrigo porque ele deixou escapar que eu também estaria presente.
Dulce: Não me incomodo a mínima com o que você vai fazer. — Ela cruzou as pernas e sentou-se o mais longe possível de Christopher.
Chris: Achei mesmo que não ia ligar. — Inclinou-se para a frente. — Sabe, você parece uma garotinha sentada assim sobre as pernas cruzadas.
Dulce: Mas pode ficar certo de que não sou uma garotinha!
Chris: Graças a Deus. — Ele sorriu. — Mesmo com vinte e dois anos, você parece um pouco jovem demais para mim; mais jovem do que isso não daria nem para pensar.
Dulce: Pensar no quê?
Chris: Em seduzir você.
Dulce levantou-se no mesmo instante e ficou por trás da cadeira, como se esta pudesse protegê-la.
Dulce: É melhor ir embora — ela falou, bem seca. Ele nem se mexeu.
Chris: Já disse que não, Dulce. Vou conseguir você, por isso é melhor se render sem lutar.
Dulce: Luto com você ou com quem tente chegar perto de mim.
Chris: Amava tanto assim seu marido?
De repente ela se sentiu calma de novo, o rosto sem nenhuma expressão.
Dulce: Meus sentimentos por meu marido só interessam a mim mesma.
Chris: Essa sua máscara cai de vez em quando, não é, Dulce? De vez em quando minha Dulce muito fria se torna uma mulher ardente, tão ardente como já deve ter sido anterior­mente, não é, Dulce? Alguém mais a faz ficar assim em fogo? — ele continuou, ousado. — Algum outro homem a faz ficar tão ardente como eu consigo fazer?

CONTINUA...

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NOME: “Reino dos Sonhos”
AUTORA: Judith McNaght!!

CAPÍTULO 12

Godfrey: Temos visita - anunciou Godfrey ao entrar no salão, e a seguir mirou com gesto carrancudo os cavalheiros que sentados à mesa comiam. Doze pares de mãos se detiveram imediatamente, e os rostos se voltaram para ele com expressão de alerta. -Um grande grupo que trás o estandarte do rei se dirige para cá. São muitos para tratar-se de simples mensageiros. Lionel os viu no caminho. Diz que acredita ter reconhecido Graverley. - Olhou para a galeria e perguntou: - Onde está Christopher?
Eustace: Saiu para passear com nossa refém - respondeu Eustace com aspereza. - Não estou certo de saber para onde foram.
Arik: Eu sei. Irei avisar - interveio Arik, e depois de ficar de pé abandonou a estadia a grandes passadas, seguro de si mesmo. Mas a expressão pétrea e distante que o caracterizava se viu escurecida por um olhar de preocupação que tornou mais profundas as rugas que sulcavam seu bronzeado rosto.
A risada musical de Dul se espalhou como sinos agitados por uma repentina rajada de vento, e Christopher sorriu enquanto ela se apoiava contra o tronco situado junto a ele, com os ombros trêmulos pela risada e as bochechas ligeiramente afogueadas.
Dulce: Não…, não acredito - disse ao mesmo tempo em que enxugava algumas lágrimas de riso. - Isso não é mais que uma mentira que acaba de inventar.
Chris: É possível - admitiu ele.
Estendeu as pernas para frente e não pôde evitar sorrir diante do contagioso som da risada dela. Essa manhã quando os servos entraram no dormitório e descobriram Dul no leito de seu senhor, quase foi doloroso sentir a expressão de angústia da moça ao se ver descoberta daquele modo com ele. Transformou-se em sua amante, e tinha a certeza de que todo o castelo estaria falando disso. Ainda assim, naturalmente, era certo. Depois de considerar a alternativa de mentir ou de tentar seduzi-la para que esquecesse suas preocupações, Christopher decidiu que o melhor que podia fazer era afastá-la do castelo durante algumas horas a fim de que relaxasse um pouco. Tinha sido uma decisão prudente, decidiu ao observar agora os olhos cintilantes e a tez brilhante de seu rosto.
Dulce: Deve acreditar que sou estúpida se pensa em me enganar com uma mentira como essa - disse Dul, que tratou de o olhar-lho com severidade, sem conseguir.
Christopher sorriu, mas negou com a cabeça.
Chris: Não, está completamente enganada.
Dulce: Completamente? - repetiu Dul. - O que quer dizer?
Chris: Que o que quer que você pense não era mentira - explicou Christopher com um sorriso. - E tampouco acredito que alguém possa lhe enganar facilmente. - Fez uma pausa, à espera que ela respondesse. Ao sentir que não iria, acrescentou: - Isso foi um cumprimento.
Dulce: OH! - exclamou Dul, assombrada, e em tom vacilante, acrescentou: - Obrigada.
Chris: Além disso, longe de considerá-la estúpida, acredito que é uma mulher extraordinariamente inteligente.
Dulce: Obrigada de novo! - apressou-se a responder Dul.
Chris: Isso, por outro lado não foi um cumprimento - disse Christopher.
Dul lhe dirigiu um olhar de pretensa indignação, exigindo em silêncio uma explicação. Christopher a ofereceu ao mesmo tempo em que estendia a mão e lhe acariciava sua face.
Chris: Se fosse menos inteligente, não dedicaria tanto tempo em considerar todas as possíveis conseqüências de pertencer a mim e se limitaria a aceitar sua situação, assim como os benefícios de que ela lhe traria. - Christopher desviou significativamente o olhar para o colar de pérolas que nessa mesma manhã tinha insistido em lhe colocar ao redor do pescoço, depois de lhe entregar todo o estojo de jóias.
Dul não pôde reprimir um gesto de indignação, mas Christopher continuou com uma imperturbável lógica masculina.
Chris: Se fosse uma mulher de pouca inteligência, só se preocuparia com as questões que interessam a uma mulher, como moda, dirigir uma casa e o cuidado das crianças. Não se torturaria com temas como lealdade e patriotismo.
Dul o olhou fixamente.
Dulce: Aceitar minha situação? - disse em tom de incredulidade. - E eu não estou em uma situação, como tratou de insinuar tão agradavelmente. Vivo no pecado com um homem, desafiando assim os desejos de minha família, de meu país e de meu Deus todo-poderoso. E, além disso - acrescentou, deixando entrever seu temperamento, - me pareceu muito claro que me recomendou pensar somente em questões de mulheres, como dirigir uma casa e cuidar das crianças, mas foi precisamente você quem me roubou o direito dessas coisas. Será sua esposa quem irá dirigir seu lar, e não me resta a menor duvida de que fará todo o possível para transformar minha vida em um verdadeiro inferno, e…
Chris: Dulce - interrompeu-a ele contendo a risada, - como sabe muito bem, não sou casado.
Christopher compreendia que boa parte do que ela dizia era certo, mas oferecia um aspecto tão encantador, com aqueles chamejantes olhos de cor safira e aquela boca tão desejável, que ficava difícil se concentrar. A única coisa que desejava na realidade era tomá-la em seus braços e embalá-la como uma gatinha zangada.
Dulce: Ainda não está - argumentou Dul com amargura. - Mas algum dia escolherá uma esposa, provavelmente logo…, e será uma inglesa! Uma inglesa, com água gelada nas veias, com o cabelo da cor de um camundongo e um nariz pequeno e bicudo que com os anos ficará vermelho e começará a gotejar…
Christopher não pôde evitar soltar uma gargalhada. Levantou a mão em um gesto zombador de defesa e disse:
Chris: Cabelo da cor de um camundongo? Acha que isso é o melhor que posso conseguir? E eu que esperava ter uma esposa loira, com uns grandes olhos verdes e…!
Dulce: E grandes lábios rosados, e grandes… - Dul levou as mãos aos seios e quando caiu em si do que estava a ponto de dizer, deteve-se na metade da frase.
Chris: Sim - animou-a Christopher em tom zombador. - E grandes o que?
Dulce: Orelhas! - respondeu ela, enfurecida. - Mas seja qual for o aspecto que tenha, a questão é que transformará minha vida em um verdadeiro inferno.
Incapaz de conter-se por mais tempo, Christopher se inclinou para ela e lhe roçou o pescoço com os lábios.
Chris: Farei um trato com você - sussurrou, beijando-a na orelha. - Escolheremos uma esposa que agrade a nos dois.
E nesse mesmo instante, Christopher sentiu que sua obsessão por Dulce nublava seu pensamento. Não podia se casar e conservar ao mesmo tempo Dulce, e sabia. Apesar de suas brincadeiras, não era tão cruel para contrair matrimônio com Mary Hammel, ou com qualquer outra mulher, e depois obrigar Dulce a sofrer a indignidade de permanecer como sua amante. Na noite anterior provavelmente tivesse considerado essa possibilidade, mas não agora, não depois que se deu conta do quanto ela tinha tido que suportar em sua breve e jovem vida.
Christopher se perguntou com preocupação como a tratariam os “queridos” homens de seu clã quando retornasse para seu lado, depois de ter compartilhado a cama com seu inimigo.
A alternativa de permanecer solteiro, de não ter filhos e herdeiros, parecia-lhe pouco atraente e, de fato, inaceitável. De forma que só restava se casar, e isso também era impossível. Não podia contrair matrimônio com ela e ficar parentes dos seus inimigos jurados; inimigos, por outro lado, que sua esposa devia lealdade. Um matrimônio dessas características, só faria transformar em campo de batalha seu próprio salão quando ele tentasse procurar paz e harmonia. O simples feito de que a inocente paixão e a abnegada entrega de Dul na cama produziu nele um prazer tão delicioso, mas essa não era razão suficiente para submeter-se a uma vida de lutas contínuas. Por outro lado, ela era a única mulher que tinha feito amor com ele, não com a lenda em que ele se transformou. E o fazia rir como nenhuma outra mulher tinha feito; possuía coragem e sabedoria, e um rosto encantador. Finalmente, por último embora não por isso não menos importante, era uma mulher direta e honesta, e isso o desarmava completamente.
Christopher não podia esquecer a sensação que experimentou na noite anterior quando ela colocou a honestidade, por cima do orgulho, e admitiu que, uma vez na cama, não teve o desejo de abandoná-la. Uma honestidade assim era algo muito raro de encontrar, especialmente em uma mulher. Significava que podia confiar em sua palavra.
Naturalmente, todas essas coisas não eram razões suficientes para destruir os planos que tão cuidadosamente ele tinha esboçado para seu futuro.
Por outro lado, tampouco constituíam um incentivo para oferecer a ela.
Christopher levantou o olhar quando os guardas do castelo fizeram soar uma só vez seus trompetes, para indicar que visitantes não hostis se aproximavam.
Dulce: O que significa isso? - perguntou Dul, sobressaltada.
Chris: Suponho que é o correio do Henrique - respondeu Christopher ao mesmo tempo em que voltava o olhar para o caminho que conduzia ao castelo. Se fossem, estavam chegando muito antes do que tinha esperado. - De qualquer forma, são amigos.
Dulce: Seu rei sabe que sou sua refém?
Chris: Sim. - Embora não gostasse do rumo que tomava a conversa, o conde compreendeu a preocupação que ela devia sentir por seu próprio destino, e acrescentou: - Enviei-lhe uma mensagem faz uns dias, depois de terem chegado ao meu acampamento, junto com minhas mensais pessoais.
Dulce: Serei enviada para alguma parte, uma masmorra ou…? - perguntou com voz tremula.
Chris: Não - apressou-se a responder o Lobo. - Permanecerá sob meu amparo. Pelo menos no momento - acrescentou vagamente.
Dulce: Mas e se o rei ordenar outra coisa?
Christopher voltou à cabeça para ela e respondeu em tom determinante:
Chris: Não fará. Ao Henrique não importa como obtenho as vitórias para ele. Se o fato de que seja minha refém faça com que seu pai deponha as armas e se renda, a vitória seria ainda melhor, visto que não terá existido derramamento de sangue. - Ao sentir que o tema fazia com que Dul ficasse tensa, deixou-o de lado com uma pergunta que vinha rondado sua mente durante toda a manhã. - Quando seus meio-irmãos começaram a voltar para clã contra você, por que não expôs o problema a seu pai, em vez de tentar escapar imaginando um reino de sonho? Seu pai é poderoso e teria podido resolver o problema tal como eu teria feito.
Dulce: E como você teria feito? - perguntou Dul com o mesmo sorriso involuntariamente provocador que sempre o fazia experimentar a necessidade de tomá-la entre seus braços e beijá-la nos lábios.
Chris: Teria ordenado que desistissem de suas suspeitas - respondeu Christopher com maior veemência do que tivesse desejado.
Dulce: Não fala como um senhor, mas sim como um guerreiro - observou. - Não pode controlar os pensamentos das pessoas, porque dessa forma só conseguirá aterrorizá-la, mas nem por isso pode fazer com que mudem de opinião.
Chris: O que seu pai fez? - perguntou Christopher desafiando as observações de Dul.
Dulce: No momento em que Becky se afogou, lembro que meu pai estava fora, participando de alguma batalha.
Chris: E quando retornou da lutar contra mim - acrescentou Christopher com um sorriso irônico, - o que fez?
Dulce: Então já circulavam todo tipo de rumores sobre mim, mas meu pai acreditou que eu exagerava e que todo aquele falatório terminaria por desaparecer. Como ve - acrescentou diante da expressão de desaprovação de Christopher, - meu pai não dar muita importância ao que chama “questões de mulheres”. Gosta muito de mim – afirmou, mas para Christopher pareceu mais lealdade que sentimentos sobre tudo tendo em conta que tinha elegido ao Balder como marido para sua filha, - mas para ele as mulheres são…, bom, menos importantes que os homens. Casou-se com minha madrasta porque éramos parentes e porque ela tinha três filhos saudáveis.
Chris: E preferiu ver seu título nas mãos de parentes longínquos antes de oferecer a você e, provavelmente, a seus próprios netos? - disse Christopher com um tom de desaprovação que apenas se incomodou em esconder.
Dulce: O clã significa tudo para ele, e é assim como deve ser - replicou Dulce, cuja lealdade a impulsionava a falar com veemência. - Não acreditava que eu, como mulher, fosse capaz de ganhar sua lealdade e guiá-los…, embora o rei Jacob lhe tivesse permitido me passar o título, o que de qualquer forma teria constituído um problema.
Chris: Ele tomou a iniciativa de expor o problema ao Jacob?
Dulce: Não, não fez. Mas, como já lhe havia dito, meu pai não duvidava de mim como pessoa. Tratava-se, simplesmente, porque sou mulher e, como tal, estou destinada a outras coisas.
Ou a outros, pensou Christopher sem poder dissimular seu aborrecimento.
Dulce: Não compreende meu pai porque não o conhecem. É um grande homem e todos sentem por ele o mesmo eu. Nós…, todos daríamos a vida por ele se… - Por um instante, Dul acreditou ter se tornado louca ou cega, pois de pé no interior do bosque, olhando-a, com um dedo apertado sobre os lábios em sinal de que guardasse silêncio, viu seu meio-irmão Christian. - Se nos pedisse isso.
Christopher não sentiu a mudança repentina de seu tom de voz. Estava ocupado tentando reprimir uma irracional onda de ciúmes ao comprovar que o pai de Dul despertava nela essa devoção cega e absoluta.
Dul fechou os olhos com força e voltou a abri-los para olhar com maior atenção. Christian havia tornado a se esconder entre as sombras do bosque, mas ainda podia ver a beirada de seu casaco verde. Christian estava ali! Tinha vindo para libertá-la. Ao se dar conta disso, ficou feliz e uma alegria e um alívio imenso saiu de seu peito.
Chris: Dulce…
A voz serena e grave de Christopher Westmoreland fez com que Dul afastasse o olhar do lugar onde Christian já tinha desaparecido.
Dulce: Sim? - falou.
Quase esperava que o exército de seu pai surgisse a qualquer momento do bosque e algum de seus homens matasse Christopher ali mesmo. Matá-lo! A simples idéia fez com que se formasse um nó na garganta. Dul ficou de pé, obcecada pela necessidade de afastá-lo o do bosque ao mesmo tempo em que ela planejava se introduzir no bosque.
Christopher franziu o cenho ao observar que a moça empalidecia.
Chris: O que ocorre…? Parece…
Dulce: Inquieta! - interrompeu-o ela. - Sinto necessidade de caminhar um pouco. Eu…
Christopher se levantou e abriu a boca para perguntar qual era a razão de sua inquietação quando viu Arik subindo a colina.
Chris: Antes que Arik chegue ao nosso lado - disse-lhe, - quero que saiba algo.
Dul se voltou, e sentiu que o sangue gelava ao ver Arik, ao mesmo tempo em que uma insensata sensação de alívio se apoderava dela. A presença de Arik, significava que Christopher contaria com a ajuda de alguém para enfrentar seus atacantes. Mas nesse caso seu pai, ou Christian ou qualquer dos de seu clã podiam ser mortos.
Chris: Dulce… - disse Christopher, exigindo sua atenção.
Dul se voltou para ele e o olhou atentamente.
Dulce: Sim?
Se os homens de seu pai se dispunham a atacar Christopher, já deveriam estar avançando entre as árvores do bosque; ele nunca seria mais vulnerável que nesse momento. O que significava, pensou Dul precipitadamente, que Christian devia estar sozinho e tinha visto Arik. E se isso era certo, como ela esperava só teria que conservar a calma e encontrar uma maneira de retornar ao bosque assim que fosse possível.
Chris: Ninguém vai trancá-la em uma masmorra - disse Christopher com suave firmeza.
Ao contemplar aqueles olhos abrasadores, ocorreu a Dul pensar que logo, teria que se afastar dele, provavelmente ao término de uma hora, e uma dor inesperada pareceu rasgar seu peito. Certo que ele era o responsável por seu cativeiro, mas em nenhum momento a tinha submetido às atrocidades que qualquer outro teria lhe causado. Além disso, era o único homem que não a condenava por sua bravura e admirava sua coragem. Tendo em conta que ela tinha sido a causadora da morte de seu cavalo, tinha-lhe esfaqueado o rosto e o tinha ridicularizado ao escapar, teve que admitir, até para seu pesar, que a tinha tentado com algo mais que simples galanteria, embora fosse ao seu próprio estilo. De fato, se as coisas tivessem sido diferentes entre suas famílias e seus países respectivos, Christopher Westmoreland e ela teriam poderiam ter sido amigos. Amigos? Eram muito mais que isso. Eram amantes.
Dulce: Eu… sinto - disse Dul com voz sufocada. - Estava distraída. O que acaba de me dizer?
Chris: Eu disse que não quero que pense que corre perigo - respondeu ele, que não podia evitar se sentir preocupado diante da expressão de pânico de Dul. – E quanto chegar o momento de enviá-la de volta para casa, estará sob meu amparo.
Dul assentiu com um gesto e, emocionada, sussurrou:
Dulce: Sim. Obrigada.
Ao acreditar, incorretamente, que ela o agradecia, Christopher sorriu.
Chris: Se importaria de expressar sua gratidão com um beijo?
Para seu próprio assombro, Dul não necessitou que ele insistisse. Jogou os braços em seu pescoço e lhe deu um beijo nos lábios que era em parte de despedida e em parte de temor, enquanto deslizava as mãos pelos poderosos músculos de suas costas como se tentasse assim memorizar seus contornos.
Quando deixaram de se beija, Christopher a olhou, sem deixar de abraçá-la.
Chris: Meu Deus - sussurrou. Começava a inclinar de novo a cabeça, quando se deteve ao ver que Arik chegava. - Maldição, Arik já está aqui.
A tomou pelo braço e a conduziu para o gigante, mas quando chegaram ao seu lado, ele levou seu senhor à parte e falou com rapidez.
Christopher voltou o olhar para Dulce, preocupado pela desagradável noticia da chegada de Graverley.
Chris: Temos que retornar - disse-lhe, comovido pela expressão de angústia da moça. Essa mesma manhã, ela tinha se alegrado como uma menina quando lhe ofereceu sair do castelo para dar um passeio. “Estive confinada em uma tenda ou vigiada durante tanto tempo, havia dito ela, que a só idéia de passear pelo bosque faz que me sinta renascer”.
Evidentemente, pensou Christopher, o passeio ao ar livre tinha lhe feito muito bem. Lembrou o ardor de seu último beijo e se perguntou se não seria uma loucura lhe oferecer o direito de permanecer ali sem companhia de ninguém. Estava a pé, não tinha forma de conseguir um cavalo, e era bastante inteligente para saber que se tentasse escapar os cinco mil homens acampados ao redor do castelo a achariam em menos de uma hora. Além disso, podia ordenar aos guardas das torres do castelo que a vigiassem das ameia.
Com o sabor de seu último beijo ainda nos lábios e a lembrança da decisão de Dul de não tentar escapar do acampamento, tal como lhe assegurou várias noites antes, dirigiu-se para ela.
Chris: Dulce - disse-lhe em tom severo por causa de suas próprias reservas sobre a prudência do que se dispunha a lhe comunicar, - se lhe permitir ficar aqui posso confiar que não tentará escapar?
A expressão de incredulidade que apareceu em seu rosto foi à recompensa mais do que suficiente para sua generosidade.
Dulce: Sim! - exclamou Dul, incapaz de acreditar nesse golpe de sorte.
O indolente sorriso que se desenhou no bronzeado rosto de Christopher fez com que lhe parecesse elegante e quase juvenil.
Chris: Não demorarei muito - prometeu-lhe.
Viu-o se afastar em companhia de Arik e memorizou inconscientemente o aspecto que tinha: usava um casaco marrom que cobria seus largos ombros, um cinturão marrom solto ao redor da estreita cintura, usava grossas calças que destacavam os fortes músculos das coxas. A meio caminho, ele se deteve e se voltou para ela. Christopher levantou a cabeça e esquadrinhou o bosque, como se percebesse a ameaça que ali se escondia. Aterrorizada diante da perspectiva de que ele tivesse visto ou escutado algo e decidisse retornar, Dul fez a primeira coisa que lhe ocorreu: saudou-o com a mão para chamar sua atenção e sorriu para depois levar os dedos aos lábios. Foi um gesto não premeditado, um impulso imprevisto cuja única intenção era cobri a boca para evitar um grito de pânico. Christopher, entretanto, teve a impressão de que lhe lançava um beijo. Com um sorriso zombador que indicava sua complacência, levantou a mão e dirigiu a Dulce um gesto de despedida. A seu lado, Arik disse algo, e Christopher afastou sua atenção de Dulce e do bosque. Voltou-se e desceu rapidamente pela colina sem poder separar de seus pensamentos o ardente beijo que Dulce tinha lhe dado, e a resposta igualmente entusiasmada de seu próprio corpo.
- Dulce!

CONTINUA...

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ESPECIAL!!!
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NOME DO LIVRO: “Crepúsculo”
AUTORA: Stephenie Meyer!!

Eu usei a vantagem da distração pelo comentário da minha mãe pra evitar que assunto não fosse para o meu comportamento menos-cuidadoso.
"Onde está Phil?", eu perguntei rapidamente.
"Flórida - oh, Bella! Você nunca vai adivinhar! Quando estamos prestes a ir embora, as melhores notícias!"
"Phil conseguiu um contrato?", eu adivinhei.
"Sim! Como você adivinhou! Os Suns, dá pra acreditar?"
"Isso é ótimo, mãe", eu disse com todo o entusiasmo que pude, apesar de não ter a mínima idéia de quem ela estava falando.
"E você vai gostar tanto de Jacksonsville", ela esguichava enquanto eu olhava vagamente pra ela. "Eu fiquei um pouco preocupada quando Phil começou a falar de Akron, com toda aquela neve e tudo mais, porque você sabe que eu odeio o frio, mas Jacksonsville! É sempre ensolarado, e a umidade não é tão ruim assim. Nós achamos a casa mais fofa, amarela, com a ornamentação branca, e com uma entrada como a dos filmes antigos, e um enorme carvalho, e é só a alguns minutos do oceano, e você terá seu próprio banheiro..."
"Espere, mãe", eu interrompí. Edward ainda estava com os olhos fechados, mas estava tenso demais pra fingir que estava adormecido. "Do que é que você tá falando? Eu não vou para a Flórida. Eu vivo em Forks".
"Mas você não tem que viver mais, sua boba", ela riu. "Phil vai conseguir ficar mais parado agora... nós falamos muito sobre isso, e o que eu vou fazer é deixar de ir a alguns jogos, metade do tempo com ele, metade do tempo com você".
"Mãe", eu hesitei, imaginando o melhor jeito de ser diplomática sobre isso. "Eu quero viver em Forks. Eu já estou acostumada com a escola, eu tenho algumas amigas" - ela olhou pra Edward de novo quando eu falei das amigas, então eu tentei outra direção.
"Charlie precisa de mim. Ele fica sozinho lá, e ele não sabe cozinhar nem um pouco".
"Você quer ficar em Forks?", ela perguntou, desnorteada. Essa era uma idéia inconcebível para ela. E então os olhos dela Foram parar em Edward de novo. "Porque?"
"Eu te disse - escola, Charlie, ai!", eu levantei os ombros. Má idéia.
As mãos dela flutuaram por cima de mim sem poder fazer nada, tentando encontrar um lugar onde ela pudesse segurar em segurança. Ela encontrou minha testa; não haviam bandagens lá.
"Bella, querida, você odeia Forks", ela me lembrou.
"Não é tão ruim assim".
Ela fez uma careta olhando pra frente e pra trás entre Edward e eu, dessa vez muito deliberadamente.
"É esse garoto?", ela sussurrou.
Eu abri minha boca para mentir, mas os olhos dela estavam me analisando, e eu sabia que ela veria além da mentira.
"Ele é parte disso", eu admiti. Eu não precisava contar qual era o tamanho da parte. "Então, você teve uma chance de conversar com Edward?", eu perguntei.
"Sim", ela hesitou olhando para a sua forma perfeitamente imóvel. "E eu quero falar com você sobre isso".
Uh-oh.
"Sobre o que?", eu perguntei.
"Eu acho que esse garoto está apaixonado por você", ela acusou, mantendo a voz baixa.
"Eu também acho que sim", eu confiei.
"E como você se sente em relação a ele?" Ela escondeu muito mal a curiosidade na voz dela.
Eu suspirei, desviando o olhar. Não importava o quanto eu amasse minha mãe, essa não era uma conversa que eu queria ter com ela.
"Eu estou louca por ele". Aí - isso parece com algo que uma adolescente diria sobre o primeiro namorado dela.
"Bem, ele parece muito legal, e, minha nossa, ele é incrivelmente lindo, mas você é tão jovem, Bella...", a voz dela estava incerta; até onde eu podia lembrar, essa era a primeira vez desde que eu tinha oito anos que eu ouví alguma coisa aproximada de autoridade materna. Eu reconheci aquele tom razoável mas firme que nós tinhamos nas nossas conversas sobre homens.
"Eu sei, mãe. Não se preocupe. É só uma paixonite", eu acalmei ela.
"Isso mesmo", ela concordou, facilmente agradada.
Então ela suspirou e deu uma olhada cheia de culpa para o grande relógio redondo na parede.
"Você precisa ir?"
Ela mordeu o lábio.
"Phil deve ligar em pouco tempo... eu não sabia quando você acordaria..."
"Sem problemas, mãe", eu tentei não mostrar muito o alívio pra que ela se sentisse um pouco culpada. "Eu não vou ficar sozinha".
"Eu volto logo. Eu estive dormindo aqui, sabe", ela anunciou, orgulhosa de sí mesma.
"Oh, mãe, você não precisava fazer isso! Você pode dormir em casa - eu nunca iria reparar". A onda de medicamentos pra dor fazia a minha concentração dificil mesmo agora, apesar de, aparentemente, eu ter ficado dormindo durante dias.
"Eu estava nervosa demais", ela admitiu timidamente. "Aconteceu algum crime no bairro, e eu não gosto de ficar lá sozinha".
"Crime?", eu perguntei alarmada.
"Alguém invadiu aquele estúdio de dança na esquina da nossa casa e tocou fogo nele - não sobrou nada! E eles deixaram um carro roubado lá na frente. Você lembra de quando tinha aulas de dança lá, querida?"
"Eu me lembro", eu me arrepiei e estremecí.
"Eu posso ficar, bebê, se você precisar de mim".
"Não, mãe, eu vou ficar bem. Edward vai ficar comigo".
Pareceu que esse era o motivo pelo qual ela queria ficar. "Eu vou voltar á noite", isso pareceu tanto um aviso quanto uma promessa, e ela olhou para Edward de novo quando disse isso.
"Eu te amo, mãe".
"Eu te amo também, Bella. Tente ser mais cuidadosa quando anda, querida. Eu não quero perder você".
Os olhos de Edward continuaram fechados, mas um sorriso largo apareceu no rosto dele.
Uma enfermeira invadiu o quarto nessa hora pra checar meus tubos e fios. Minha mãe beijou minha testa, deu uma tapinha na minha mão com o curativo e foi embora.
A enfermeira estava checando o papel da minha avaliação e o monitor do meu coração.
"Você está se sentindo ansiosa, querida? O seu coração está parecendo um pouco rápido aqui".
"Eu estou bem", eu assegurei ela.
"Eu vou dizer á medica que está cuidando de você que você está acordada. Ela vai vir te ver em um minuto".
Assim que ela fechou a porta, Edward estava á meu lado.
"Você roubou um carro?", eu ergui minhas sobrancelhas.
Ele sorriu, sem arrependimento.
"Era um bom carro, muito rápido".
"Como foi a sua soneca?", eu perguntei.
"Interessante", os olhos dele estreitaram.
"O que?"
Ele olhou pra baixo enquanto falava.
"Eu estou surpreso. Eu pensei que a Flórida... e a sua mãe... bem, eu pensei que isso era tudo o que você podia querer".
Eu olhei pra ele sem compreender.
"Mas você ficaria preso o dia inteiro em casa na Flórida. E você só poderia sair durante a noite, como um vampiro de verdade".
Ela quase sorriu, mas não exatamente. E o rosto dele estava grave.
"Eu ficaria em Forks, Bella. Ou algum lugar assim", ele explicou. "Algum lugar onde eu não te machucasse mais".
No início eu não toquei. Eu continuei a olhar pra ele com o olhar vazio enquanto as palavras se encaixavam uma a uma na minha cabeça como um horrível quebra-cabeça. Eu mal tinha consciencia do som do meu coração acelerando, apesar de que, a minha respiração que estava hiperventilando, me deixou consciente da dor aguda das minhas costelas protestando.
Ele não disse nada; ele observou meu rosto cautelosamente enquanto uma dor que não tinha nada a ver com meus ossos quebrados, um dor que era muito pior, ameaçava me deixar aos pedaços.
E então outra enfermeira entrou propositalmente no quarto. Edward estava rígido como uma pedra enquanto ela olhava pra mim primeiro com um olho treinado e depois para o monitor.
"Está na hora dos remédios pra dor agora, querida?", ela perguntou carinhosamente, dando tapinhos no tubo de entrada.
"Não, não", eu murmurei, tentando esconder a agonia que havia na minha voz. "Eu não preciso de nada agora". Eu não podia me dar ao luxo de fechar os olhos agora.
"Não precisa ser corajosa, querida. É melhor se você não se estressar; você deve descansar".
Ela esperou, mas eu só balancei minha cabeça.
"Ok", ela suspirou. "Aperte o botão quando estiver pronta".
Ela deu uma olhada pra Edward e depois deu outra olhada ansiosa pra o monitor, antes de ir.
As mãos frias dele estavam no meu rosto; eu olhei pra ele com os olhos bem abertos.
"Shhh, Bella, acalme-se".
"Não me deixe", eu implorei com uma voz quebrada.
"Eu não vou", ele prometeu. "Agora relaxe antes que eu chame a enfermeira pra te sedar".
Mas meu coração não conseguia se aquietar.
"Bella", ele acariciou meu rosto ansiosamente. "Eu não vou a lugar nenhum. Eu vou ficar aqui até quando você precisar de mim".
"Você promete que não vai me deixar?", eu sussurrei. Eu tentei controlar a minha respiração, pelo menos. Minhas costelas estavam reclamando.
O cheiro do hálito dele era um calmante. Pareceu diminuir as dores da minha respiração. Ele continuou segurando o meu olhar enquanto meu corpo relaxava lentamente e o bipe voltava ao ritmo normal. Os olhos dele estavam escuros, mais próximos do preto do que do dourado hoje.
"Melhor?", ele perguntou.
"Sim", eu disse cautelosamente.
Ele balançou a cabeça e murmurou alguma coisa impossível de entender. Eu achei ter entendido a palavra "Reação".

CONTINUA...

Agradecimentos:

Amanda, Ana, Aninha, Bibinha, Clarinha, Dulce Amargo, Fe, Fernanda, Ila, Júlia, Leeh, Lia, Naty e todos presentes... Obrigada, Amo Vcs!

Fernanda, que bom amor que você está aqui comigo de novo, e pode dexar que eu não dexá-las sem web viu, mas agopra eu vou ter que me acostumar para poder postar 2 vezes por dia tá ok?!? Pq tbm tem provas e estas coisas ai já viu... e axo que ou ter que fazer sub sabe de algumas matérias! Bjo amor, e fico contente que você está aqui comigo!!!
Bom gente, quem tiver passando por aqui por favor tenta deixar um recadinho só para mim ver quem continua comigo, depois podem ficar de BBB só na espiadinha, é que eu só quero saber se está dando certo, tá ok?!? Beijão, amo vocês!!!

Um comentário:

Unknown disse...

miga, sou eu Bibinha....

olha eu to meio enrolada aki, mais axo q to entendendo... sabe?? kkkkk.. mais eu to onde vc tah, vc sabe disso.. pena q eu naum consegui lera web esperando por vc q tava no br... se vc puder me mandar ou postar aki denovo, seria otimo.. bjão no coração miga. adoro vc